fbpx

A Formação Acadêmica e a Visão de Mundo para Formação em Coaching e Mentoring

O meio acadêmico, onde se formam os profissionais nas mais diferentes áreas do saber humano, até que ponto é humanizado? Qual é o foco de atenção e preocupação dos programas educacionais?

Prezado leitor, quero trazer aqui um artigo para refletirmos sobre humanização nas formações de Coaching e Mentoring.

O meio acadêmico, onde se formam os profissionais nas mais diferentes áreas do saber humano, até que ponto é humanizado? Qual é o foco de atenção e preocupação dos programas nas escolas? Não predomina, com raríssimas exceções, a mentalidade mecanicista e cartesiana da fragmentação dos estudos em disciplinas autônomas, com professores preparados, em sua grande maioria, em áreas independentes, autônomas, que mal se tocam? Matemática é matemática, história é história, ciências é ciências, biologia e é biologia, e assim por diante.

Está errado? De jeito nenhum. Como é que um engenheiro planeja um edifício ou uma ponte sem cálculos exatos de tamanho, resistência, pressão, etc.? Como é que um químico planeja e experimenta suas composições sem pesos e medidas exatas para obter controle de suas reações? Benditos Descartes, Leibniz, Newton e Comte que nos deram as bases para o pensamento científico.

E a maioria das escolas de formação de Coaching segue a mesma linha predominantemente cartesiana e mecanicista. Linha esta focada na eficiência operacional em busca dos melhores resultados. Nada mais correto e necessário no mundo em que vivemos, principalmente no universo empresarial. É a dinâmica deste movimento que trouxe ao mundo um ritmo cada vez mais frenético de desenvolvimento tecnológico e, até certo ponto, melhores condições de bem-estar e conforto para grande parte da população em todos os recantos do planeta.

Este modelo nos trouxe a locomotiva, o automóvel, o avião, o rádio, a TV, a Internet, o fogão a gás, a geladeira, a máquina de lavar roupa, a produção agrícola em larga escala, etc.

Mas é humanizado este sistema dominante no pensamento mecanicista e cartesiano, predominante no chamado pensamento científico? Qual o objetivo primordial deste sistema? Não é tornar mais eficientes as locomotivas deste desenvolvimento? E não é justo isto?

A pergunta maior que me vem é: é justo para quem? Quem realmente sai ganhando com isto?

Eu me arrisco a dizer, sem medo de errar: não é justo para ninguém. À custa de quê tornar esta grande máquina e suas redes interligadas? O que as pessoas saem ganhando com isso? Um enganoso bem-estar de uns quantos, montado em cima da miséria e condições precárias de vida da maioria dos habitantes do planeta? E um planeta às vésperas de total exaustão de recursos?

Será que o objetivo maior dos cursos de formação de coaches é tornar mais eficiente esta máquina de exploração dos seres humanos, treinados como robôs de produção e consumo, e tornar mais produtiva a tecnologia de agressão sem limites à natureza, da qual somos parte e, portanto, somos conjuntamente agredidos?

O Sistema ISOR®

Desde há duas décadas e meia, quando lançamos o Sistema ISOR®, como conjunto instrumental, e criamos o Instituto Holos, como sustentáculo institucional, nossa intenção maior era promover o ser humano. Já tínhamos claro, então, que nosso objetivo maior não seria jamais promover nosso sucesso às custas de tornar mais eficiente o esgotamento humano e planetário.

Havia em nós, os mentores do Sistema ISOR®, um propósito muito claro de nos colocarmos a serviço da vida e de um desenvolvimento humano mais ético e harmonioso na convivência entre os pares e no respeito ao equilíbrio planetário. Queríamos nos articular aos esforços de alguns pensadores e homens de ciência que estavam buscando caminhos novos para modelos mais isomórficos (condizentes, coerentes) com as necessidades reais do ser humano e de utilização dos recursos naturais. E a Agenda 21 da Eco Rio 92 nos deu o impulso para irmos em frente. Estávamos afinados.

Estivemos entre os primeiros institutos a organizar cursos de formação de Coaching no Brasil, ainda na década de 90. A partir de um núcleo muito consistente, desde o início, viemos agregando a nossos instrumentais e à nossa metodologia tudo que ampliasse nossa missão pedagógica humanizadora. A partir do novo século, adicionamos a metodologia do Mentoring, convencidos de que o foco de nosso trabalho era a ampliação da mente e a instrumentação de nossos alunos para uma visão mais abrangente, aberta, isomórfica e integradora. Trabalhar a mente era a questão. Por isso: Mentoring. Assim passamos a formar conjuntamente Coaches e Mentores com visão humanizada e que atuam junto a seus clientes com mentalidade holística e sistêmica.

Marcos Wunderlich
Formador de Profissionais em Mentoring, Coaching e Advice Humanizado ISOR®

Marcos Wunderlich é Empresário e Presidente Executivo do Instituto Holos. Pioneiro do Coaching e Mentoring no Brasil, é referência nacional em Formação e Instrumentação de Mentores e Coaches no Brasil com abordagem holossistêmica e complexa, tem mais de 30 anos de experiência profissional. Consultor, palestrante, Master Coach e Mentor de Executivos. Mentalizador do Sistema ISOR® um conjunto instrumental científico-pedagógico de Desenvolvimento de Pessoas e Organizações com base na moderna ciência e neurociência, na milenar sabedoria humana e nas inovações da administração. Filiado ao ICF – International Coach Federation. Consultor CMC – Certified Management Consultant credenciado pelo IBCO – Instituto Brasileiro de Consultores de Organização em convênio com o ICMCI – International Council of Management Consulting Institutes. Formado e pós-graduado na área tecnológica, tem várias formações no campo da Gestão e Humanidades,
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa