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A intolerância

O que move ou paralisa qualquer ação humana é a presença ou ausência do medo. A intolerância tem sua raiz no medo, mas há dois agravantes que a constitui: a ignorância e a incapacidade de lidar com as diferenças.

O que move ou paralisa qualquer ação humana é a presença ou ausência do medo. A intensidade e o tipo de ação vão depender da quantidade de medo da pessoa. Daí que surge a intolerância, ações e expressões de ódio.

Como uma ação humana, a intolerância tem sua raiz no medo, porém tem dois agravantes que a constitui: a ignorância e a incapacidade de lidar com as diferenças.

O propósito do texto não é falar para não sermos intolerantes, para termos que buscar pela paz mundial, construirmos o mundo de Alice. Onde não haja fome ou guerra. Um mundo que não existe e nunca vai existir. Ou obrigar a aceitar tudo aquilo que você não concorda. Aceitar é diferente de tolerar. O propósito é mostrar o porquê que a intolerância reduz o ser humano a um animal que não usa o seu maior bem evolutivo: a razão.

Como dito antes, tolerar é diferente de aceitar. Mas não tolerar mostra também uma grande criança mimada por trás do agressor. Pois ele não foi capaz de enfrentar o medo inicial que sentiu perante o choque com a determinada diferença, perdendo a razão e agindo instintivamente. O medo tem várias origens, uma delas é a ignorância. Todos nós tememos aquilo que não conhecemos. A ignorância perante a diferença aumenta consideravelmente a chance de agirmos guiados pelo medo, logo instintivamente, logo sendo intolerantes.

Portanto a primeira saída para deixarmos de ser intolerantes é o conhecimento, informação. Mas mesmo assim o instinto nos tenta, pois é uma resposta muito mais fácil e rápida à diferença apresentada. E quando estamos estressados e cansados da rotina do dia a dia, não temos forças ou paciência para analisarmos com calma uma situação caracterizada pelo choque de diferenças, então acabamos respondendo instintivamente de novo.

Por isso vejo que hoje o mundo inteiro está mais intolerante. Vivemos em uma aldeia global, onde temos qualquer informação disponível vinte e quatro horas por dia, aproximando culturas e costumes que antes não se tinha nem conhecimento da existência deles. O que resulta em uma cobrança, tanto interna, quanto externa. Nos causa estresse, cansaço e ansiedade. Logo agimos instintivamente até como uma forma de defesa.

Ou seja, está complicado. Mas temos que tentar manter um mínimo de calma para não instalarmos o caos. Quando se deparar com uma diferença que lhe cause medo, vá atrás de informações sobre essa diferença. Caso não tenha tempo para isso e diferente não lhe faltar com o respeito, faça o mesmo, apenas respeite.

Bruno Sales Author
Bruno Sales é Estudante esforçado, entusiasta intelectual e conversador. Estudante de Economia, escritor amador e apreciador de Filosofia e Matemática. Sonha publicar o livro que vem trabalhando faz anos; a médio prazo, adquirir independência financeira e reconhecimento intelectual; a longo prazo, mudar o mundo.
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