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A melhor mudança é a de comportamento!

Seja por auto iniciativa ou por imposições da vida, a mudança acontece em nós. Mas, por vezes, quando mais desejamos e necessitamos mudar algo, somos invadidos por um conjunto de obstáculos e autossabotagem que nos retiram a capacidade para efetivarmos a mudança desejada.

Aprender é mudar. Mudar para melhor é sinónimo de desenvolvimento pessoal. E inevitavelmente por auto iniciativa ou por imposições da vida, a mudança acontece em nós. Mas, por vezes, quando mais desejamos e necessitamos mudar algo, somos invadidos por um conjunto de obstáculos e autossabotagem que nos retiram capacidade para efetivarmos a mudança desejada. As dificuldades de mudança fazem sentir-se porque queremos defender a nossa imagem, ter uma noção positiva de nós mesmos, sermos amados e apreciados. Ter a noção que temos de mudar, é uma questão generalista, pode mexer com todo o nosso ser, retira-nos capacidade, responsabilidade, respeito a nós mesmos, e como tal, coloca-nos no alvo da autossabotagem, da vitimização e do sentimento de culpa. É paradoxal, como podemos mudar algo que não tem os valores suficientes para se mudar a si mesmo? De que serve um pobre pedir a um pedinte.

O que estou a abordar, pode parecer paradoxal dado que muitos autores e personalidades apontam para a mudança de nós mesmos como o primeiro passo a ser dado para a melhoria. Eu concordo com grande parte dessas frases, afirmações e ideias. O que temos que mudar é a interpretação taxativa do que esse conceito nos transmite e igualmente o impacto que essa leitura tem no nosso eu. O nosso eu é muito avesso e altamente resistente a qualquer tentativa que se oponha a si mesmo. O nosso eu dificilmente é penetrável ao desdém, à renúncia, ao afastamento daquilo que somos, à humilhação, à crítica. Perante este cenário, cada vez que conscientemente ou subconscientemente recebemos a ideia de mudança de nós mesmos, tendencialmente é lido como uma afronta à nossa pessoa, ao amor, à estima, à consideração, orgulho e admiração que temos de nós próprios. E desafiar-nos a nós mesmos de forma perniciosa, certamente o resultado será de insucesso. O mais forte, o seu eu como um todo, vencerá a sua vontade de mudança de você mesmo. É como um sistema de proteção que corre automaticamente perante a ameaça de invasão do seu eu.

Certamente isso não acontece. Por quê? Porque fomos feitos para o amor, afeto e aceitação. Basta ligar o rádio e a televisão por dez minutos para descobrir que o coração humano está na fila da frente. Os filmes são centrados em torno dele, a nossa realidade mostra que as pessoas procuram serem aceites e amadas. Podemos confirmar isso no enorme impulso que as estrelas pop têm para cantar sobre o amor. O coração humano quer ser amado. Isso verifica-se desde a nascença, todos nós necessitamos de carinho, afeto, aceitação e amor para que possamos desenvolver-nos de forma saudável e emocionalmente equilibrado.

A ciência tem vindo a provar que os nossos cérebros funcionam melhor quando sabemos que somos amados. Estou segura em dizer que, por causa de pessoas magoadas e ressentidas ferirem outras pessoas, provavelmente algumas não conseguirão sentir o amor e carinho que necessitam, independentemente do quão incrível os seus pais sejam ou possam ter sido. Nós somos seres imperfeitos num mundo imperfeito, e passamos aos outros o que foi passado para nós. Quando não recebemos o amor necessário a um bom desenvolvimento, ou quando ele é pervertido e cruel, o nosso coração pode sofrer traumas emocionais catastróficos. Um trauma pode instalar-se quando alguma coisa ou algo que já lhe aconteceu, afeta a sua capacidade para lidar com a dor, e a mágoa sentida é superior à sua capacidade de gerar alegria.

Partindo da ideia anterior, não pretendo ser radical ao ponto de transmitir que nós não mudamos enquanto pessoas, ou que não podemos ou não devemos mudar a nós mesmos. Nada disso, o que pretendo transmitir é que para mudarmos a nós mesmos deveremos seguir uma abordagem de sucesso e que possa ser pacificamente aceite, sem que acione o nosso mecanismo de defesa e vá contra o impulso inato que todos temos para defender a nossa imagem e nossa forma de ser. Por esta razão é mais sensato e auto aceite comprometermo-nos em mudar alguns comportamentos em nós, do que usarmos a frase generalista: mudar a si mesmo.  No final, é isso que se pretende: mudar algo em nós mesmos para melhor.

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