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Agradecer pra quê?

Gratidão! Muito se vê, nos últimos tempos, essa palavra sobrevoando os meios de comunicação e pairando em tudo que é lugar. Será que ela está na moda? Há alguma razão para isso? Agradecer pra quê?

Gratidão. Nos últimos meses, tenho notado essa palavra sobrevoando os meios de comunicação. Reparou? Está em tudo que é lugar: seja em posts no Facebook de páginas de autoconhecimento ou de Gurus de diversas origens, passando pelas bem dispostas capas de livros de auto-ajuda nos aeroportos, me parece que essa palavra está na moda.

Não fui criada para agradecer, nem para reconhecer, confesso. Sou filha de sobreviventes da 2a guerra, e fui a primeira a nascer em solo brasileiro. Meus pais conseguiram chegar aqui depois de vários percalços e muitas perdas duras no caminho. E eles tornaram descrentes nessa jornada. Descrentes da humanidade, da conexão espiritual, da abundância do universo, da fartura que é a vida. Ou seja… agradecer? Pelo quê, mesmo? Imagino que essa era uma pergunta que eles devem ter se feito muitas vezes.

Eu não os julgo. Eu não faço ideia do que seja perder toda sua família, sua casa, sua identidade, sua dignidade. Eu só sei que fomos criados nesse modo: sobreviver. E o modo de sobrevivência é aquele em que estamos constantemente desconfiados e de olho no que falta. Não percebemos o que JÁ temos. Não nos damos conta do que já conseguimos, da abundância que já nos cerca.

Então, até muito recentemente, eu me conservava nessa deriva, mais de olho no que não tinha, realçando mais minhas falhas do que minhas conquistas. Não me dando o direito de desfrutar o que eu mesma já tinha conseguido. Até por que, cá entre nós, parecia que meus feitos não tinham efeito – tamanho o buraco sempre presente do que AINDA faltava por fazer ou mesmo me tornar.

Uma hora, porém, algo aconteceu. Alguém muito próximo me disse recentemente (muito recentemente, aliás): “Você já É. Relaxa. Aceita. Assente-se em você mesma. Perceba-se com imperfeições, com falhas, com tudo. Você já é, e eu amo e admiro você por isso.”

Acho que meu chão se abriu logo abaixo dos meus pés, por que foi silêncio puro depois. Então me dei conta do TUDO o que eu sou, tenho, fiz, conquistei, errei, falhei… e agradeci. Agradeci por aquela pessoa ter me permitido ver que tudo eu sou não só para mim, mas para ela também. E para meus filhos, para meus pais, meus amigos… não sou uma falha apenas. Não. Sou mais que isso. Sou um ser legítimo, válido, digno de amor. Tipo incrível 🙂

Me restou deixar estarrecer pela chuva de coisas que eu tinha que agradecer. Era muita coisa. Tanta coisa, que eu resolvi escrever num caderno. Escrevi horas a fio, feliz, aliviada. E todos os dias eu agradeço, em sinal de celebração e reconhecimento pelo que já fiz. Ou pelo que está para acontecer.

Volto, portanto, ao começo do texto: para quê agradecer? Para consolidar o seu caminho, para você por um degrau sobre o qual você põe seu pé, antes de dar o próximo passo. Para reconhecer o quanto você já É. O quanto tem de coisa boa em você. Para se dar conta da abundância em que está imerso. Para parar de reclamar. Para mudar a energia. Para você se dar conta das suas conexões com os outros, de o quanto você é parte desse emaranhado de 7 bilhões de pessoas, de o quanto você é importante.

Então, sugiro uma Atividade singela: reconheça e agradeça. Todo dia, ao menos 3 coisas, das mais simples às grandes conquistas. Você pode ter um caderninho onde anota isso, ou fazer como vi outro dia no Facebook e fazer o pote dos agradecimentos. Escreva em papeis pequenos o que você quer reconhecer/agradecer e coloque num potinho, desses com tampa. Se quiser, ponha data. Ao final do mês ou da semana, abra o pote ou caderno. Leia.

Você vai se dar conta de TUDO que já fez e perceber o quanto você é. Já é.

Vai lá! Depois me conta nos comentários:

– E você, agradece? Ao quê?
– Ao que gostaria de agradecer?
– O que você já é?

Compartilhe com as outras pessoas suas respostas nos comentários abaixo neste post.

E não esqueça: qualquer coisa, estou por aqui!

Com amor e com alma,

Karinna Forlenza é Coach e Advisor Bilingue, aprendiz de artes plásticas e mãe presente. Adora ajudar as pessoas a se realizarem profissionalmente e potencializarem o seu melhor por meio do empreender com sentido. Além de atendimento individual, facilita workshops para empresas como Braskem e GoOn Risk e co-conduz o curso Transformação Empreendedora, na HSM. Com quase 20 anos de carreira como executiva em instituições de diferentes portes como Rogatis Family, Vivo, Instituto Vivo, Instituto Ethos e Lloyds Bank, especializou-se em lidar com gestão estratégica aplicada à complexidade dos aspectos humanos e sociais. Graduada em Administração de Empresas pela FAAP, possui extensões e cursos pela IEDE Business School – Universidade Européia de Madrid, Fundação Dom Cabral, FGV e Universidade de São Paulo, além de certificação em Biologia Cultural pela Escuela Matríztica do Chile e em Coaching Ontológico.
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