Quando nos defrontamos com uma situação de tensão, como nos comportamos?
Muitas vezes nos descontrolamos, ou, como se diz, “perdemos a cabeça”, “isso nos tira do sério” e falamos ou fazemos coisas de que nos arrependemos ou, até mesmo, criamos atritos difíceis de reparar depois.
O que acontece nesses casos? Acontece que perdemos o comando da situação, perdemos nosso centro. Mas, podemos saber atuar em meio a um clima de tensão?
Vou primeiramente apresentar o conceito de tensor pessoal, que na realidade é o que percebemos como sendo clima pessoal, que é formado pelas energias de seu corpo, mais as energias de seu campo mental – seus pensamentos, suas crenças, suas emoções, os costumes adquiridos – e de seu campo de relacionamentos – família, escola, empresa, comunidade.
O Tensor pessoal na realidade é uma frequência energética, ou seja, é um campo vibracional que vai além do corpo físico. Este tensor tem um centro energético para onde converge toda a energia que entra em seu campo e de onde ele emite energia para sua área de influência.
É este centro energético que nos impulsiona, nos movimenta, nos comanda – é a ele que nós seguimos, é este centro que determina nossas ações, sentimentos e pensamentos. Precisamos entender que o que nos comanda é a energia. Por exemplo, ao vermos uma sobremesa da qual gostamos, imediatamente surgirá uma energia que impulsionará uma ação para nos servirmos dela.
Se estivermos atentos poderemos ter comando sobre o impulso, mas se estivermos desatentos fatalmente iremos nos servir da sobremesa sem nenhum controle, uma espécie de automatismo sem condução.
O estado atento chamamos de centramento e nos leva a uma ação conduzida. O estado desatento nos leva a uma reatividade que denominamos de descentramento, ou seja, é como se o nosso centro de comando partisse da própria sobremesa.
O centramento é essencial para quem quer se autoconduzir. Sem centramento não há autocondução. Você é simplesmente levado pela energia externa a você e que você nem percebe. O centramento permite a você conduzir-se e, se necessário, assumir a condução do evento.
É importante entender bem este assunto, devido às implicações que tem em nossa vida diária.
O que é o centramento pessoal? Como se centrar? Como estar no comando?
Centramento pessoal é estar no seu centro, é você estar enraizado em si mesmo de tal forma que nenhuma situação ou pessoa seja capaz de desviá-lo. Mas, não se deve confundir centramento com concentração. Concentrar-se está mais ligado ao lado racional da mente e exige que você faça algum esforço para focar em algo de seu interesse. Estar centrado acontece quando nenhum esforço é exigido de sua parte. Você pode permanecer relaxado, fluido o tempo todo. Você está aberto para tudo à sua volta e ainda assim tão profundamente envolvido quanto o próprio firmamento.
O centramento pessoal acontece, pois, quando você faz uma ligação energética interna do centro de percepção (centro Yin, ligado à energia da terra, que os orientais localizam 4 dedos abaixo do umbigo) com o centro de comando (centro Yang, na área central da cabeça, junto à glândula pineal, por onde captamos a energia do céu). Um nos liga ao campo energético proveniente do planeta terra. O outro nos liga ao campo energético do sistema solar. O processo de centramento se dá quando conseguimos ligar os dois pontos energéticos, ligando-nos a um campo energético maior, ao Espaço-Tempo universal.
O centramento pode ser exercitado muitas e muitas vezes por dia, até estarmos no estado centrado a maior parte do tempo, conduzindo nossas ações.
O Centro, então, se torna um fio de simultaneidade, ligando os centros Yin e Yang, o que viabiliza a função intuitiva, elevando a sensibilidade interna e as captações sensoriais externas. A gente percebe muito melhor tudo que se passa tanto dentro quanto fora de nós. E nos dá o tempo necessário para decidirmos o que fazer de forma mais condizente com o que a realidade está pedindo de nós. Só então é que podemos dizer que temos uma postura prestadia, isto é, de liderança, de serviço ao nosso bem-estar e ao bem-estar das pessoas e outros seres com quem convivemos.
Marcos Wunderlich e Renato Klein
Participe da Conversa