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Como podemos melhorar a nossa liderança se não compreendermos o que fazemos sem saber?

Se crescer como líder for uma prioridade em sua vida, há duas coisas que você pode fazer em relação ao seu desenvolvimento. Quer saber como?

Já explorei em artigos anteriores talentos e áreas de melhoria na liderança consoante os 9 perfis de personalidade do Eneagrama.

O Eneagrama descreve 9 perfis de personalidade, as suas formas de pensar, sentir e de agir, nos mais diferentes ambientes e condições.

Hoje trago uma descrição de como esses 9 perfis de personalidade deixam escapar, fruto da sua paixão e exagero nos seus talentos, aquilo que na gíria denominamos de “blind Spots”, ou seja, áreas que não são tão facilmente identificadas pelos líderes no seu dia a dia, e que condicionem muito o seu sucesso sustentado.

No perfil tipo 1, segundo o Eneagrama, o perfeccionista, um dos “pontos cegos” pouco evidentes e que condiciona a sua prestação como líder é a pouca atenção que dá às pessoas, focando a sua atenção nos processos e metodologias. Isso impede muitas vezes de se empenhar em criar visões cativantes para as suas equipas, tendo como consequência uma menor motivação e entrega por parte das equipes.

Pessoas que se identificam mais com um perfil mais prestativo (tipo 2 do Eneagrama, um dos seus pontos cegos é a dificuldade que tem de dizer o que tem de ser dito em momentos menos fáceis.

Ainda que pouco consciente no dia a dia, e por norma justificado com o equilíbrio da relação, o prestativo sofre sérias dificuldades em dar feedback ou criticar alguns comportamentos às pessoas com quem se relaciona no dia a dia. É essencial que se “policie” e, ainda que de uma forma amável, não hesite em dar feedbak de melhoria.

Já no que diz respeito ao nosso perfil tipo 3, o seu foco no sucesso e concretização fazem muitas vezes esquecer a necessidade das pessoas com quem colabora possam necessitar de falar de mais coisas para além de aspectos profissionais. A sua necessidade de concretizar e monitorizar as suas metas impede muitas vezes de ver a parte humana da relação. Disponibilize-se a saber mais sobre as pessoas e os seus sentimentos, para além das suas concretizações.

Em relação ao nosso líder romântico, tipo 4, é essencial que possa equilibrar o seu potencial emocional com o analítico. Nem sempre é fácil para as equipas compreender momentos emocionais mais intensos e emotivos do líder, podendo quebrar o espirito de grupo e compromisso e assim gerar falta de objetividade por parte das equipas.

Em relação ao perfil tipo 5, o analítico, o seu excesso de foco nos processos e o seu raciocínio extremamente analítico, fazem muitas vezes manter os seus diálogos internos ficarem intensos, não exteriorizando as suas dúvidas e planos, gerando falta de informação nas equipes e dúvida nas ações concretas a tomar e que caminho seguir. Prejudicando a autonomia, algo que o perfil tipo 5 tanto valoriza.

O tipo 6, precavido, tende a ser extremamente cauteloso, um dos pontos que fica claro na sua liderança e a apresentação dos piores cenários às suas equipes para que se sintam preparados é algo que surge muito naturalmente. Esta tendência gera, no entanto, recorrentemente, menor empenho e envolvimento por parte das equipes. Assim, uma boa alternativa é apresentar igualmente opções de cenários positivos para que as equipas continuem confiantes nas suas ações.

No caso do perfil tipo 7, o seu entusiasmo e otimismo, que levam, regra geral, ao planeamento menos detalhado e menos preparado, junta-se à sua tendência de participação simultânea de vários projetos, pode trazer muita confusão às suas equipes, dificultando a decisão do nível de energia a entregar em cada projeto. É essencial procurar equilibrar as suas ideias com o ritmo individual e da equipe.

Já no caso do nosso líder confrontador (tipo 8), a sua necessidade de controlo acaba muitas vezes por condicionar a autonomia e a capacitação da sua equipa decidir e agir por conta própria. Um dos trabalhos que pode ser efetuado não só para testar o seu excesso de influência como permitir que a equipe se desenvolva é desenvolver o exercício de não ser o primeiro a expressar a sua opinião.

E por último, o Pacificador, é essencial que “policie” a sua tendência em procurar harmonizar todos os pontos de vista. As equipes vão necessitar de sentir a sua ideia afirmada e que assuma o compromisso dos seus pontos de vista assim como que lhes seja solicitado o que é necessário concretizar diretamente e sem rodeios.

Assim compreendemos que muitos dos nossos pontos fortes são “blind spots” de outros e que se nos policiarmos e contarmos com a ajuda das diferenças de cada membro da equipe conseguimos organizações mais completas e concretizadoras.

No entanto estes comportamentos são “blind spots”, ou seja, não são visíveis no nosso comportamento do dia a dia.

Por isso, e se crescer como líder for uma prioridade, há duas coisas que pode fazer em relação ao seu desenvolvimento. Estar disponível para se “apanhar em flagrante” desses “blind spots” (pontos cegos) e compreender que devem ser a sua oportunidade de crescimento. Assim como, pedir a alguém que confie na sua liderança que o ajude a identificar os momentos em que entender que esses comportamentos, ainda que não intencionalmente, estão se evidenciando.

Se não conhece a sua personalidade e quer entender um pouco melhor sobre si e sobre quais pontos cegos podem estar a escapar, então faça o nosso teste gratuito de personalidade.

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⚙️ Eneacoaching
Eduardo Reis Torgal atua como Business Coach desde 2004 em programas de transformação com Eneagrama para executivos e liderança empresarial de alta performance em grandes multinacionais. É palestrante em Portugal e em outros países da Europa. É mentor e fundador do Instituto Eneacoaching em Portugal e no Brasil onde treina outros profissionais na metodologia Eneacoaching com 9 Passos. Especialista em Psicologia Social e Influência com Neurolinguística; é professor convidado para áreas de Coaching, Liderança e Mudança Organizacional em várias pós-graduações em ensinos Portugueses assim como na Academia Força Aérea Portuguesa. Professor supervisor pela escola tradição narrativa – Helen Palmer e David Daniels para Portugal e Brasil. É autor de 3 livros: “Descubra a sua personalidade com o Eneagrama” (2013, Topbooks), “40 dias e um segundo para mudar a sua Vida” (2014, Topbooks) e “A arte da guerra na transformação pessoal” (2014, Topbooks).
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