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Como um líder anula a competência dos seus liderados

Há inúmeras controvérsias sobre a Meritocracia. Aparentemente saudável, porém na organização as pessoas nem sempre são reconhecidas por sua competência e eficiência. Há colaboradores muitas vezes vistos como um perigo iminente a seus líderes.

Muitas empresas, principalmente as multinacionais já incorporam em sua estratégia a meritocracia, levando a organização a patamares muito mais elevados.

Meritocracia significa transparência, cooperação interna e ética na obtenção de resultados, além de atitude de donos do negócio.

Segundo o artigo da Endeavor Brasil:

“Ter funcionários reconhecidos pelo seu trabalho é item básico para uma empresa atingir um bom clima organizacional.”

Grande parte da responsabilidade e da motivação de um colaborador vem da própria organização, este é um dos critérios-chave no que diz respeito à motivação é à MERITOCRACIA.

Isso significa, identificar aqueles que apresentam melhor desempenho e reconhecê-los de forma que, possa impulsioná-los a alcançar resultados cada vez melhores”. (Meritocracia: 3 dicas para aplicá-la em sua empresa – Endeavor).

Ocorre que, na realidade, há inúmeras controvérsias neste incentivo que aparentemente é saudável, porém na organização empresarial as pessoas nem sempre são reconhecidas por sua competência e eficiência. Alguns colaboradores muitas vezes são vistos como um perigo iminente a seus líderes.

Pontuamos insistentemente que o principal problema nas organizações hoje está centrado unicamente nos profissionais, exigindo-se a sua capacitação constante e desenvolvimento das competências técnicas e comportamentais.

De fato, é “um” dos fatores de alta relevância, visto que profissões repetitivas tendem a desaparecer permanecendo somente os especialistas, tema já abordado em artigos anteriores.

O artigo de hoje entrará especialmente no mérito do “GAP” que as organizações possuem em sua gestão e o mal que podem causar aos seus profissionais, anulando suas capacidades, desmotivando qualquer ação, desenvolvendo o sentimento de frustração profissional.

Por mais contraditório que possa parecer pode estar acontecendo agora na sua organização, atenção:

Quanto mais competência e eficiência o colaborador possuir, menor será seu reconhecimento e atuação na sua área.

Incrível, mas isto acontece muitas vezes por estar subordinado a líderes sem competência comportamental, mas dotados de uma incrível eficiência na venda da sua imagem como líderes competentes e perfeitos.

Ressalte-se também que há a questão pessoal, a proteção por ser amigo, familiar ou simplesmente por se tratar de um profissional menos gabaritado que não representa perigo em demonstrar aos gestores a ineficiência do líder citado.

Nestes últimos meses tenho convivido com várias empresas e muitos casos de anulação de grandes profissionais que acreditam fielmente que o problema está em sua falta de competência, o levando a frustração e estagnação profissional.

Quando um profissional da área de vendas com extrema competência técnica, intelectual e comportamental, sendo ainda, um vendedor pró ativo na resolução de problemas, com análise de mercado e detecção da necessidade do cliente está subordinado a líderes ineficazes e sem competência, e ainda, que destes dependem as estratégias comerciais e recursos necessários para cumprir o objetivo final da organização. Estes vendedores estão sofrendo um processo de autoconhecimento e desenvolvimento inverso, levando-o a acreditar fielmente que não tem mais a capacidade para atuar na área comercial, tudo devido a várias ações de travamento em sua carreira ocasionada pelos seus lideres.

Por ser uma ameaça aos seus lideres estes profissionais de vendas são boicotados, suas imagens são denegridas. Estes líderes são extremamente desleais, pois para que os GAPS da sua liderança não sejam descobertos são capazes de quaisquer atitudes. E quando se deparam com profissionais menos qualificados, que não representam perigo fazem questão de enaltecê-lo, pois terão completo domínio e nenhum questionamento será levantado acerca de suas atitudes profissionais.

Líderes inseguros, quando se sentem ameaçados por profissionais que se destacam usam seus poderes para desvalorizá-los, para que ninguém dentro da organização reconheça sua capacidade, além de impedir sua ascensão na organização.

Chamarei de escala da insignificância o seguinte: quanto maior o seu valor, menor será a sua atuação dentro da organização. Colocar uma pessoa incapacitada em um cargo de liderança pode ser um erro fatal para o desempenho da sua equipe.

O líder pode potencializar ou acabar com um profissional.

Destacam-se abaixo alguns dos pontos que se observa na liderança ineficaz e que desmotiva seus profissionais:

A falta de visão, atualização, ética, de competência comportamental (acha que sabe de tudo e é dono da razão), falhas na comunicação (seja na transmissão como recepção de mensagens), falta de foco, permanece na zona de conforto, vaidade extrema e a pior característica de um líder que é a transferência de culpa (como é possível trabalhar e confiar em alguém que se esquiva de qualquer situação, transferindo suas responsabilidades, além de não assumir sua culpa).

É importante que o profissional que está sendo prejudicado por conta da liderança acima citada procure alternativas para solucionar o seu problema.

Você poderá pedir ajuda ao seu gestor ou ao RH para que saibam que este líder tem este comportamento.

Muitos profissionais têm medo de tomar esta atitude por medo de perder o emprego, mas afirmo que hoje não há mais espaço no mercado para este modelo de Liderança.

Se bem embasado, a organização saberá que está perdendo muito mais mantendo este líder no seu quadro de funcionários, pois além de perder grandes profissionais aumentando seu turnover, perderá clientes que serão afetados, mercado e consequentemente a organização virará pó em pouco tempo.

Tenha certeza de que toda a empresa saberá identificá-lo, é necessário assumir a responsabilidade de demitir aqueles que contaminam a empresa.

Devemos nos cercar de pessoas capacitadas, hoje as empresas conseguem entender que pessoas capacitadas não se resumem apenas na apresentação de diploma, mas também nas competências comportamentais.

Não existe mais o “eu”, o chefe autoritário, inescrupuloso e ditador, hoje somos “nós”, compartilhamos, cocriamos e crescemos juntos.

A segunda alternativa é saber quais são as falhas do seu líder, aborde o problema de forma indireta, não o aponte diretamente, dê o poder a quem deseja o poder e depois com toda sutileza, não deixe transparecer que a incompetência é de quem está na liderança, consiga fazer com que ele reflita sobre suas falhas, e encontre soluções diferenciadas. Lembre-se, você tem a competência comportamental e saberá como conduzir.

Se você está passando por uma situação de estagnação devido às atitudes do seu líder ineficaz, primeiramente aceite e encare que a culpa não é sua, depois procure ajuda para destravar as suas competências adormecidas e volte à sua essência original. Não permita que reescrevam ou conduzam a sua história.

E você que é um líder, mas antes é um ser humano que se esconde atrás da sua própria ineficiência procurando apagar o brilho do seu liderado, lembre-se: ele também é um ser humano, procure tê-lo como um aliado, aproveite para aprender com ele, principalmente as suas virtudes.

Com certeza este profissional não irá te virar as costas e vocês irão crescer juntos e muito mais fortes, tornando-se seres humanos melhores.

Já dizia Paulo Cesar Santana: “Líderes amantes de si mesmos morrem secos”.

Este tema é de grande relevância, complexidade e dificilmente debatido, sendo assim irei tratá-lo em vários artigos.

Com o olhar apurado você entrará na perspectiva do ser humano, como ele é e reage quando se sente ameaçado, deixando reinar em absoluto toda a sua maldade, vaidade, inveja e insegurança.

“Inove seu presente e surpreenda o seu futuro” (Adriane Yared)

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Adriane Yared tem mais de 23 anos de experiência na área comercial, Mastercoach Vendas e Liderança, Palestrante, Design Thinker e Mentora Comercial. Graduada em Propaganda e Marketing, MBA Trends & Innovation, Pós MBA em Design Thinking e Master em Design Thinking. Coach certificada pela Sociedade Brasileira de Coaching, membro da Companhia do Coaching, Talk Coaching e Busca Coach. Com artigos publicados na Revista Coaching e Administradores.com. Co-autora no Manual do Relacionamento com o Cliente, capítulo: “Arrumando a Casa” – Rumo ao sucesso no relacionamento com seu cliente. Co-autora do livro “Fator.E o empreendedorismo como forma de transformar pessoas e empresas.” (projeto DUNA WRITERS). Seu principal propósito esta em Desenvolver o potencial dos profissionais de vendas, atendimento e liderança, todos centrados no 5º P “pessoas”, tudo integrado as diversas áreas estudadas somadas a expertise e experiências.
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