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Dicas avançadas para seu projeto, seja ele qual for!

No português, a palavra projeto significava, originalmente, “algo que existe antes de uma determinada ação”. Ou seja, antes de fazer algo é necessário organizar as ideias para traduzí-las em resultado.

Chegou a 6a feira e, daqui uma semana, muita gente estará se deliciando com o Carnaval, a Festa de Momo que, em 2015, começa mais cedo. Depois, as férias e as festas terminam, iniciando a batalha por fazer acontecer os projetos que cada um tem para concretizar. E abusado como estou hoje, vou me arvorar a dar conselhos, coisa que um Coach jamais deveria fazer. Mas saibam todos os que me lerem, os conselhos nasceram de uma sessão de Coaching, o que então pode ser visto como “contação de história”.

Qual é a base de uma intervenção em Coaching? Vamos, junto com o cliente, identificar a meta, objetivo, expectativa, resultado, ou seja lá o nome que se possa dar para aquilo que será medido ao final de certo número de sessões. Neste caso, o cliente coloca como seu grande desafio implantar um projeto, até certa data. No idioma português, a palavra projeto significava, originalmente, “algo que existe antes de uma determinada ação”. Ou seja, é uma forma de entender que, antes de fazer algo é necessário organizar as ideias para traduzí-las em resultado.

Minha cliente tem um “projeto” que deseja apresentar para potenciais investidores/parceiros. Mas quando pergunto questões básicas e simples sobre o “projeto”, o que ela consegue descrever é uma ideia abstrata que, pior, não depende só dela para acontecer. Na minha vida executiva, eu perdi a conta de quantas vezes eu rejeitei propostas de “projetos” como esse. Eram mal definidos, pobres na sua concepção, frágeis na sua operacionalização, com erros de português e, pior, sem que o proponente tenha indicadores para saber se o resultado atendeu ou não as expectativas.

É provável que algum leitor esteja pensando em como isto que descrevi é absurdo, mas acredite: é muito mais frequente do que você pode imaginar e, além disso, não preserva nem mesmo pessoas com currículo universitário. Ao pé da letra, a pessoa interessada e “dona do projeto” pensa em uma ideia ainda no nível abstrato e, antes de fazer o exercício de detalhar cada etapa necessária à sua concretização (incluindo objetivo, os públicos de interesse, os recursos materiais, financeiros e de pessoas, entre outros), já chama de projeto.

Muita gente sai em busca de patrocínio para um projeto que, na verdade, nada mais é do que uma pálida ideia ou sonho de uma situação desejada. Nessa viagem, o “dono do projeto” vibra em, mentalmente, estar tudo funcionando muito bem. É fundamental fugir dessa armadilha, pois imagine que você vai procurar apoio, patrocínio ou financiamento e, depois de grande esforço, conseguiu ser atendido por em executivo com poder de decisão. Ele olha para você e diz, direto ao ponto: eu lhe dou cinco minutos para você me explicar o que eu ganho com seu projeto, ou então, o que eu perco,  se não investir nele.

O proponente sério de um projeto deve construir seu mapa conceitual, sabendo como os atores envolvidos no projeto, em cada uma das etapas, deverão se comportar até o dia da implementação. É como a peça de teatro ou o filme, em que o enredo acontece e gera surpresas, mas o herói consegue perceber a tempo e superar os desafios. Você não pode chamar de projeto algo que não tenha, na sua cabeça, um efeito de pensar à frente e até de adaptar, se necessário.

Nunca fique acreditando que vai descobrir soluções à medida em que os desafios acontecem. O patrocinador (ou investidor) faz a pergunta básica que citei. A resposta não pode ser “uma história bem contada”, mas sim ir direto ao final interessante, realizável e viável. Final esse que você sabe bem como entregar. Se o outro gostar desse final, transformará os cinco minutos em duas horas.

Um fato que pode bem acontecer é de esse candidato a patrocinador (investidor) não gostar do final que ouviu para sua resposta e declinar, mas perceberá consistência no seu projeto e profissionalismo em você. Sem consistência e profissionalismo, ele pode oferecer água e cafezinho, dizer que os cinco minutos passaram e lhe desejar boa sorte. Aliás, sorte sua se ele for uma pessoa com boa educação pois, do contrário, talvez nem a água sirva. E aí, tem resposta para a pergunta-chave sobre o seu projeto?

Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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