fbpx

É preciso dizer não

Saber dizer não é importante para manter a produtividade dentro das organizações.

Existe um personagem de história em quadrinhos, o Horácio, que é um pequeno dinossauro que, apenas por uma de suas características, os braços curtos, assemelha-se a muitos profissionais. Explico: aquela pessoa que está sempre pedindo ajuda para tudo, mas nunca está disponível para ajudar os outros, o “braço curto”.

É o tipo do profissional que, em uma equipe, acaba sobrecarregando os colegas, estressa o ambiente de trabalho e compromete a produtividade. Os colegas precisam fazer a parte dele, o que gera gargalos e coloca em risco o resultado final. Já identificou alguém com esse perfil na sua empresa? Como lidar com uma pessoa assim? Primeiramente, alguns padrões de atitude persistem porque o meio os favorece.

Esses “horácios” encontram à sua volta pessoas que não sabem dizer não. Estas, por sua vez, reclamam para os colegas, se sentem usadas, mas não conseguem se posicionar diante da situação, gerando clima desconfortável no ambiente de trabalho. Sinto desapontar quem pensou que eu fosse dar lição de moral no “mãos curtas”, mas o maior responsável pela situação não é ele. Sei o quanto é difícil dizer “não” para algumas pessoas e situações profissionais, mas é importante. O “não” é poderoso para a manutenção da saúde, para evitar sobrecarga e para ter mais tempo. É resposta fundamental para impor limites, definir prioridades e sinalizar desagrado.

Tenha critérios para dizer “não” e avalie a situação: é preciso entender, naquele momento, o que é importante e urgente para você. O urgente não pode esperar. Peça uma contrapartida, por exemplo: “Se eu fizer isso para você, então você pode fazer aquilo para mim?”. É uma maneira de pedir comprometimento do outro.

Não é preciso, entretanto, ser agressivo. É a isso que se chama assertividade: quando a pessoa consegue expressar com segurança os próprios pensamentos, opiniões, ideias ou emoções, sem que para isso seja ameaçador ou autoritário para o outro. Pratique o “não” e veja que os “horácios” tenderão a desaparecer da sua frente.

Adriana Gomes é Mestre em Psicologia – UNIMARCO, pós-graduada em Psicologia Clínica, Psicóloga, (CRP 30.133), Coach certificada pela Lambent do Brasil e reconhecida pela ICC – International Coaching Community. Carreira de 25 anos nas áreas organizacional e clínica (Psicoterapia, Orientação de Carreira). Ex-vice-presidente do Grupo Catho, empresa onde atuou como Headhunter, Executive Search e Outplacement atendendo empresas nacionais e multinacionais de grande porte. Coordenadora Acadêmica da área de Pessoas dos Cursos de Pós Graduação da ESPM, Coordenadora do Centro de Carreiras da ESPM – Centro de Orientação de carreira para alunos dos cursos Master e MBA, Coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM, Professora no curso de pós-graduação da ESPM na Cadeira de Pessoas. Atuou como Professora do Instituto Pieron de Psicologia Aplicada no curso de Especialização em Orientação Profissional. Membro da ABOP – Associação Brasileira de Orientadores Profissionais. Autora dos Livros: Tô Perdido! Mudança e Gestão da Carreira editora Qualitymark – 2014 e Mudança de Carreira e Transformação da Identidade LCTE 2008. Atualmente colunista do Jornal folha de S.Paulo na seção Negócios e Carreiras, Colunista de Carreira da Rádio Bandeirantes – Coluna Carreira em Foco, foi colunista e colaboradora no portal EXAME.com, Blogueira dos sites HSM e Click Carreira, palestrante e Diretora do site www.vidaecarreira.com.br.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa