Este é o terceiro artigo de um total de quatro versando sobre As Três Inteligências Básicas.
No primeiro artigo, apresentei as Três Inteligências, no segundo, aprofundamos a Inteligência Operacional, e neste, vamos explorar um pouco mais do hemisfério direito, nosso lado límbico, a Inteligência Emocional.
Na linha do processo evolutivo das espécies, um novo campo foi emergindo progressivamente, sobretudo a partir dos mamíferos. Aqui aparecem claramente os vínculos afetivos, as formações tribais, o sentir-se ligado a um grupo, o sentimento de pertencer e à disposição de defender seu grupo até mesmo com a vida.
Animais como os cães, os gatos, os cavalos, os macacos são ávidos por dar e receber carinho, dão a vida pelos seus, se buscam, se abraçam ou se lambem.
No ser humano é isto mesmo que acontece, só que vai se tornando mais complexo. É a chamada inteligência do coração. Aqui estão a emoção, os sentimentos, a afetividade.
É aqui também que está o lado mais criativo, o lado da imaginação, dos sonhos. Este é o lado da inspiração, da motivação, da coragem de quebrar paradigmas, da coragem de tomar decisões, sobretudo aquelas que “dão um frio na barriga”.
É o lado direito também que comanda a arte, a sensibilidade qualitativa. É ali que fica o êxtase, o achar lindo, maravilhoso. É pelo lado emocional que nós desfrutamos da vida, que gostamos das pessoas e dos outros seres, é por aqui que sentimos aqueles momentos de “vale a pena viver!”
Mas, este é também o lado do sofrimento, do “não gostei”, da “dor de viver”, do sentir a falta, das mágoas, das tristezas, do sentir-se abandonado, da depressão.
É pelo campo emocional que nós confiamos ou não confiamos nas pessoas, nas instituições. É por aqui que nos apegamos a uma religião, a uma fé, a uma ideologia, a uma filosofia.
Este é também o lado dos relacionamentos humanos, do sentimento de pertença, das ligações entre as pessoas, É aqui que se apresenta e se desenvolve a liderança, a capacidade de impulsionar e motivar as pessoas, de fazer com que as pessoas acreditem ou não nas pessoas.
A emoção é imediatista, age de rompante, é impulsiva. Se estiver fora de comando, vai com tudo. E o comando não é característica do emocional, como vamos ver daqui a pouco.
Por outro lado, é aqui que se fundamenta a motivação. Quando a motivação é positiva, as pessoas e os grupos “vão que vão”! Mas, quando ela é negativa, ou as pessoas e os grupos perdem o elan, perdem rendimento ou podem mesmo ter reações violentas contrárias, como quebrar coisas, partir para a briga. Aqui está um dos maiores desafios para as lideranças.
Nos níveis de maior cultivo e refinamento, é aqui a área da intuição, da percepção do clima ou tensor, do sentir à distância, de antecipar e prever o que pode acontecer.
E é por aqui que, através do cultivo pessoal interior, a pessoa se sente ligada ao Todo, sente a vibração do universo em si mesma. É o lado místico, da iluminação.
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