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Inteligência Profissional: Você já conhece a sua?

Você se considera uma pessoa inteligente? Muitas pessoas tem dificuldade para responder a esta pergunta, pois associam inteligência com cultura. Na verdade, inteligência e cultura são coisas bem diferentes.

Olá!

Você se considera uma pessoa inteligente?

Antes que você se ofenda, muitas pessoas apresentam dificuldade para responder a esta pergunta pois associam inteligência com cultura e, o contrário de inteligente, geralmente são palavras que não gostamos muito, como burro, ignorante e outras do gênero.

Na verdade, inteligência e cultura são coisas bem diferentes. A inteligência é formada por um conjunto de habilidades, a segunda é formada por conteúdos, experiência e vivência. Existem diversas inteligências que podemos desenvolver em nossa vida, sendo que algumas são mais evoluídas e outras nem tanto. Dependendo da escola que você consulta elas podem ser sete ou nove. Eu particularmente prefiro a definição com sete tipos:

  • Intrapessoal – perceber a si mesmo;
  • Interpessoal – perceber aos outros;
  • Espacial – perceber o seu entorno;
  • Linguística – comunicar-se de maneira clara e eficiente;
  • Lógica – compreender relações numéricas, hipóteses e encadeamento lógico;
  • Musical – percepção e compreensão da sonoridade;
  • Corporal – percepção dos limites e possibilidades físicas.

A palavra inteligência tem origem latina combinando duas palavras Intus e Legere, respectivamente, entre e escolher. Logo, quando o termo foi criado envolvia a capacidade de seres humanos tomarem decisões acertadas e escolhendo entre suas opções.

Uma pessoa inteligente é, antes de tudo, uma pessoa consciente. Ou seja, ela tem a habilidade de observar o seu entorno, reconhecer-se inserida no ambiente, sendo capaz de tomar decisões coerentes com sua vontade e seus objetivos. Literalmente, escolhendo entre as opções que lhe são apresentadas.

Para simplificar, uma pessoa inteligente toma decisões de forma consciente.

Quando elevamos este conceito às diferentes formas de inteligência, é possível perceber um local comum entre toda elas, que nos trabalhos de Coaching, PNL, Mentoria e similares, definimos como a habilidade de recursar. Um termo genérico que representa a capacidade que temos de acessar nossos recursos internos, utilizando-os de maneira consciente para agir sobe o ambiente onde estamos inseridos.

Um tanto complexo, mas quando colocamos no contexto profissional, a visão fica bastante simplificada:

Nosso ambiente profissional é um ambiente majoritariamente controlado por um sofisticado sistema de trocas.

Quem somos e o que pensamos somente é percebido pelos outros quando exercemos um papel ou função. Esta percepção, de acordo com as expectativas destes “outros” pode gerar uma valorização da nossa atuação, uma desvalorização da mesma ou ainda passar despercebida, nas três formas clássicas de reconhecimento.

O reconhecimento positivo se transforma em recompensa ou remuneração (daí o nome atividade remunerada). Logo, toda a remuneração que recebemos está diretamente associada à visão que nossos interlocutores possuem sobre o papel que executamos (o que fazemos) e não sobre a pessoa que o executa (quem somos).

Inteligência profissional, portanto, é a capacidade de o ser humano compreender o ambiente onde está inserido, reconhecer seus recursos internos e compor o personagem mais adequado ao momento, visando obter o reconhecimento esperado. Este reconhecimento invariavelmente está contido em uma das quatro classes de ativos conhecidas:

  • Ativos financeiros – Dinheiro e crédito;
  • Ativos humanos – Pessoas e equipes;
  • Ativos físicos – Itens materiais para posse ou somente uso;
  • Ativos Intelectuais – Aprendizado.

Quando nos tornamos mais inteligentes profissionalmente, entendemos que as relações entre pessoas e empresas são relações comerciais, baseadas nas atividades que são desempenhadas de acordo com o momento e com a necessidade da empresa e cujo reconhecimento depende da percepção de valor dos representantes desta empresa (clientes, colegas, superiores).

Outro ponto fundamental da inteligência profissional é a compreensão dos limites deste reconhecimento, na forma dos quatro grupos de ativos descritos. Somente os quatro e nada mais que os quatro. Um profissional com baixo quociente de inteligência profissional tende a contaminar este modelo comercial, gerando expectativas de reconhecimento emocionais ou ainda, expectativas de valorização do indivíduo pelo que ele é (pessoa) e não pelo que faz (personagem).

Falarmos de inteligência profissional demandaria muito mais que este querido, mas pequeno espaço de reflexão, assim, fica a dica de como aumentar sua inteligência profissional:

Utilize sua inteligência intrapessoal para identificar qual o seu conceito de sucesso e felicidade. Pergunte a você mesmo o que te faz feliz e o que precisa acontecer ou conquistar para reconhecer que o sucesso chegou.

O segundo passo é utilizar sua inteligência lógica para avaliar sua rede de relacionamentos, identificando pessoas que possam auxiliar no seu caminho para o sucesso, assim como as pessoas que eventualmente possam bloquear sua jornada. Além de identificar as pessoas e grupos será preciso mapear a relação de troca existente. O que cada pessoa ou grupo ganharia com o seu sucesso de forma a criar estratégias de conquista.

O terceiro passo é o uso da inteligência interpessoal para atuar com estas pessoas e grupos, visando conquistar os recursos e apoio necessários ao seu plano de desenvolvimento profissional.

Por fim, utilizar a inteligência espacial para perceber os movimentos que ocorrem no mundo corporativo e gerenciar efetivamente este movimento.

Percebeu?

A inteligência profissional é um novo conceito que responde de maneira efetiva o porquê de muitas pessoas, apesar de serem cultas e inteligentes ainda não haverem decolado em suas carreiras. Me encontre nas redes sociais e vamos conversar mais.

É sempre muito bom conversar com pessoas inteligentes.

Edson Carli Author
Edson Carli é especialista em comportamento humano, com extensa formação em diferentes áreas que abrangem ciências econômicas, marketing, finanças internacionais, antropologia e teologia. Com mais de quarenta anos de vida profissional, atuou como diretor executivo em grandes empresas do Brasil e do mundo, como IBM, KPMG e Grupo Cemex. Desde 2003 está à frente do Grupo Domo Participações onde comanda diferentes negócios nas áreas de consultoria, mídia e educação. Edson ainda atua como conselheiro na gestão de capital humano para diferentes fundos de investimentos em suas investidas. Autor de sete livros, sendo dois deles best sellers internacionais: “Autogestão de Carreira – Você no comando da sua vida”, “Coaching de Carreira – Criando o melhor profissional que se pode ser”, “CARMA – Career And Relationship Management”, “Nut’s Camp – Profissão, caminhos e outras escolhas”, “Inteligência comportamental – A nova fronteira da inteligência emocional”, “Gestão de mudanças aplicada a projetos” (principal literatura sobre o tema nos MBAs do Brasil) e “Shé-Su – Para não esquecer”. Atual CEO da Academia Brasileira de Inteligência comportamental e membro do conselho de administração do Grupo DOMOPAR. No mundo acadêmico coordenou programas de pós-graduação na Universidade Mackenzie, desenvolveu metodologias de behaviorismo junto ao MIT e atuou como professor convidado nas pós-graduações da PUC-RS, FGV, Descomplica e SENAC. Atual patrono do programa de desenvolvimento de carreiras da UNG.
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