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Medo, Ansiedade e Pânico

Nossas emoções são o “combustível” de nossas ações. Conhecer esse mecanismo pode ser uma vantagem para quem quer mais qualidade de vida, saúde, melhoria nos relacionamentos e, produtividade profissional.

Hoje vamos Aprender a Jogar com as emoções de Medo, Ansiedade e Pânico.

Nossas emoções podem ser consideradas o “combustível” de nossas ações. A palavra “Emoção”, do latim movere, “mover”, significa nossa tendência para agir ou “e-movere” para nos afastar e, é expressa por sentimentos e pensamentos específicos. Conhecer esse mecanismo emocional pode ser uma vantagem para quem quer mais saúde, qualidade de vida, melhoria nos relacionamentos e, produtividade profissional.

Em primeiro lugar é preciso compreender que nossas emoções se manifestam em função da interpretação que damos ao que acontece (estímulos internos e externos). Por exemplo, se vamos tomar uma decisão importante e pensamos: “E se não der certo? E se me arrepender mais tarde?”. Essa forma especifica de pensar será a responsável por produzir estados de medo e ansiedade. Ao passo que se pensar: “Essa é minha melhor alternativa, já avaliei as vantagens e desvantagens, prós e contras, riscos e oportunidades, portanto, vamos em frente”. O sentimento de convicção nos acompanhará nesse momento. Portanto, é preciso compreender que nossa forma de pensar tem um papel definitivo em nossos estados emocionais e assumir a parte que nos cabe sobre as emoções que sentimos. Todo trabalho de ajustar estados emocionais, tem origem em nossa forma de pensar.

Nossas emoções básicas – medo, alegria, raiva, tristeza, amor, surpresa e repugnância – são como as notas musicais e cores primárias que combinadas, são capazes de gerar centenas de outras emoções. Compreender esse mecanismo emocional é uma vantagem para todos nós.

O MEDO é uma emoção familiar, que nos coloca em estado de alerta através de um “alarme” interno gerado por reações químicas, descargas de hormônios do estresse (adrenalina e cortisol) capazes de causar sensações físicas como aceleração cardíaca, alteração respiratória, tremor e, nos prepara para “lutar ou fugir”. Resumidamente, a função do medo é nos alertar sobre uma possível ameaça ou perigo (real ou imaginário), por isso merece nossa atenção e respeito. O problema é que, nem sempre interpretamos corretamente o que está acontecendo, distorcemos a realidade e criamos assim, preocupações infundadas que podem nos levar aos momentos de ansiedade até o pânico.

A ANSIEDADE é um estado emocional caracterizado por agitação física e sensação de tensão, apreensão e preocupação, cuja tarefa principal é despertar para soluções positivas frente os perigos da vida, prevendo-os antes que surjam. Entretanto, as preocupações crônicas (repetidas) jamais se aproximam da solução, ao contrário, elas fazem com que os pensamentos girem em ciclos progressivos que só aumentam a intensidade da preocupação. É como se o alarme do carro disparasse e não fosse possível desligar e outros alarmes disparassem em sequência.

Três características distinguem a ansiedade normal da patológica – a ansiedade patológica tende a ser:

  1. Irracional – percepção de ameaças que são exageradas ou inexistentes onde a ansiedade se manifesta de forma desproporcional;
  2. Incontrolável – a pessoa não consegue desligar o alarme interno, mesmo quando sabe que o nível de preocupação é desproporcional;
  3. Limitadora – interferindo nos relacionamentos, desempenho profissional/acadêmico ou nas atividades do cotidiano.

Em resumo, a ansiedade patológica é irracionalmente intensa, frequente, persistente e limitadora.

Os TRANSTORNOS DE ANSIEDADE GENERALIZADA E FLUTUANTE caracterizam-se por sintomas de ansiedade excessiva, global e persistente, preocupação com qualquer coisa. Em geral, esse tipo de ansiedade se dissipa rapidamente quando uma situação ameaçadora é solucionada. Entretanto, quando uma fonte de preocupação é removida, outra logo toma o seu lugar.

Os TRANSTORNOS DE PÂNICO apresentam sintomas de ansiedade extrema que rapidamente aumenta de intensidade e a pessoa experimenta ataques inesperados causando desconforto, sofrimento e limitações. Nesses momentos, a percepção de perigo de sensações internas (corporais) e externas (ambientais) passa a ser o centro da atenção, gerando sintomas como taquicardia, palpitações, formigamento, náusea, tontura, visão embaçada e falta de ar – por isso a hiperventilação (aumento de ventilação respiratória quando sob estresse) exerce papel tão importante. Sentimentos de terror acompanham o intenso desconforto físico e a pessoa passa a pensar e acreditar que vai passar mal, perder o controle e que vai morrer. Algumas vezes, o primeiro ataque ocorre após uma experiência estressante, como uma doença, mudança de emprego ou conflito de relacionamento. Outros casos podem vir do “nada” – 40% não conseguem identificar o evento estressante que disparou o processo.

Como avaliar se o que estamos sentindo é medo-ansiedade-pânico?

Observe a lista onde apresentamos 21 diferentes sintomas que, dependendo da intensidade, podemos levantar hipóteses sobre a gravidade da ansiedade. Para um breve momento de reflexão, considere essa lista de sintomas e faça uma reflexão sobre o quanto você foi afetado por cada sintoma nessas últimas duas semanas, pontuando de:

0-nada, 1-pouco, 2-médio, 3-bastante,
4-extremamente.

O Resultado = representa a soma dos pontos assinalados:

  • 0 a 7: ansiedade baixa;
  • 8 a 15: ansiedade média;
  • 16 a 25: ansiedade alta;
  • 26 a 63: ansiedade severa.
  1. Adomercimento ou formigamento
  2. Calor
  3. Moleza nas pernas
  4. Incapaz de relaxar
  5. Merdo de que o pior aconteça
  6. Tortura
  7. Taquicardia
  8. Inquieto
  9. Aterrorizado
  10. Nervoso
  11. Sensação de sufocamento
  12. Mãos tremular
  13. Todo trêmulo
  14. Medo de perder o controle
  15. Dificuldade de respirar
  16. Medo de morrer
  17. Assustado
  18. Indigestão/desconforto no abdome
  19. Sensação de desmaio
  20. Face enrubescida
  21. Suor (não devido ao calor)

Esse rápido exercício serve apenas como uma tomada de consciência, por isso é importante procurar um profissional como Psicólogo para realizar um diagnóstico mais preciso e orientações de como proceder.

O tratamento dos Transtornos de Pânico pode ser resumido, compreendido e tratado a partir da tomada de consciência sobre o Ciclo da Ansiedade/Pânico:


Copyright © 1996 by Aaron T. Beck, MD | Tradução: 1997 por Dra. Ana M.Serra, PhD

  1. Ensinar a reconhecer a relação entre sintomas e respostas catastróficas às sensações corporais e o ciclo que é estabelecido entre o pensar-sentir-agir-interagir;
  2. Aprender a evitar a hiperventilação sob estresse, por meio do treinamento da respiração;
  3. Aprender a fazer a exposição imaginada;
  4. Aprender a enfrentar e como lidar com episódios futuros;
  5. Encorajar a exposição a situações reais de vida.

Em nosso Programa Coaching de Excelência é possível desenvolver estratégias para lidar com as incertezas que caracterizam os nossos dias e viver emocionalmente de forma mais inteligente.

Pense nisso e até nosso próximo encontro!!!

Suzy Fleury Author
Suzy Fleury é Psicóloga (CRP 06/24888-4 – IUP/1985), Pós Graduada em Marketing (Escola Superior de Propaganda e Marketing – 1989), Fundadora da Academia Emocional (1991), Ministra Palestras, workshops e Cursos (desde 1991), Trabalha com as melhores Equipes esportivas do Brasil (1993), Membro da Comissão Técnica da Seleção Brasileira de Futebol (1998 – 2000), Autora do Livro Competência Emocional (Ed. Gente, 1998), Mestre Psi Esporte (U. Autônoma Madri e Comitê Olímpico Espanhol, Reg.27472 – 2005), Especializada em Psicologia Cognitiva (Instituto de Terapia Cognitiva, CFP 013/07 – 2008), ICC – International Coaching Certification Training (Lambent, Reg.4289 – 2008), Profa. Miami Ad School/ESPM SP e RJ – Liderança e Inteligência Emocional (2013), e Membro da ICF – International Coaching Federation (2014).
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