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Nova liderança – Mais que um líder

No início da era industrial, o “chefe” tinha como função “passar serviço, supervisionar e cobrar resultados”. Atividades mecânicas na sua maioria, pessoas se especializavam e repetiam operações. Seguiam orientações e nem pensavam em discutir processos. Há muito esse modelo não atende mais!

No início da era industrial, o “chefe” tinha como função “passar serviço, supervisionar e cobrar resultados”. As atividades eram mecânicas na sua maioria, as pessoas nelas se especializavam e repetiam as operações. Seguiam as orientações e nem pensavam em discutir processos.

Há muito esse modelo não atende mais, nem organizações, nem funcionários.

As novas gerações, ou seja, os nascidos após a década de 80, com o advento da tecnologia, principalmente, mudaram e inseriram no mercado de trabalho um novo modelo de comportamento.

O chefe passou a ser um líder, um gestor. Qualquer posição de liderança na hierarquia da empresa, apresentaria melhores resultados, adotando modelos de gestão focados em pessoas, motivação, inteligência emocional, meritocracia, avaliação por competência, e demais técnicas, agora estudadas por psicólogos, administradores e grande profissionais da área da administração.

Novos e antigos “chefes” retornaram aos bancos escolares, em cursos de Graduação, Pós graduação, MBA, etc, na expectativa de acompanhar a mudança e entender melhor a “Era da Informação.”

Enquanto os líderes se prepararam e  entenderam a nova proposta, formando times de trabalho de alta performance, criando espaço para criatividade, avaliação pelos funcionários sobre melhorias de processo, desenvolvimento de  novos líderes, etc., o mercado ampliou essa função – Líderes agora são Sistêmicos.

Pessoas com elevada “Inteligência Sistêmica”, apresentam uma visão diferenciada do mundo, principalmente do universo corporativo. Independentemente do tipo de negócio, setor ou segmento, o pensamento sistêmico define um olhar por inteiro, unindo mundo, processos, pessoas e negócios.

“Pessoas que pensam de maneira sistêmica vislumbram um mundo mais amplo de possibilidades de  conexões do que pessoas que pensam de forma linear e mecânica… Evitam projeções fatalistas e imaginam um modelo capaz de integrar vigor econômico com crescimento sustentável, incluindo nessa equação não só a vida das pessoas, mas a longevidade do planeta.” (Stella Freitas)

Diante desse conceito, os líderes de hoje são importantes, não só para os resultados do setor,  para toda a organização, para uma sociedade e para o planeta. Esses, “encaram desafios, precisam lidar com mudanças constantes, novas tecnologias, as diferentes gerações mudando agora a cada 10 anos” (Jornal do Globo). Tudo isso em uma mesma equipe. Além disso, perceber o movimento do mercado, da economia e cuidar do planeta.

Há pouco mais de um ano, a especialista Juliane Yamakoa escreveu um artigo sobre “os pontos de maior relevância para os líderes nos próximos anos”. São eles:

  • Retenção, planejamento e treinamento: crise e período de desenvolvimento são movimentos  constantes em nossa economia. Não perder talentos estratégicos para o negócio em períodos de crise, garante a volta à alta produtividade com o retorno financeiro em momentos de pico da economia. “ O ideal é focar na descoberta de habilidades, dando apoio aos funcionários para que expressem e explorem seu potencial.”, completa Juliane.
  • Flexibilidade: tornar possível algumas condições que permitam aos funcionários que possam equilibrar sua vida profissional e pessoal com qualidade. Isso pode ser fator de peso para funcionários se manterem motivados.
  • Investimento em Tecnologia: mesmo que as novas tecnologias (inseridas dia a dia no mercado) não sejam facilmente absorvidas, principalmente para gerações mais antigas (Baby Boomers por ex.), “logo terão que entender que o investimento em tecnologia vai além do seus interesses e necessidades pessoais.”
  • Novos mercados: Visão de futuro alinhado com prioridades e interesses corporativos para programas e planos de desenvolvimento e aumento de produtividade.

Portanto, um modelo de liderança que consegue abordar organização, pessoas, mercado, tecnologia,  e ainda ser modelo de “ser humano” em relação a valores, meio ambiente, e vida com qualidade, certamente será mais eficiente e satisfeito na vida profissional e pessoal.

Quando os profissionais entenderem as vantagens de tudo isso, quando não mais resistirem às mudanças (inexoráveis da vida), certamente se beneficiarão com uma vida mais saudável e prazerosa.

Eline Rasera Author
Eline Rasera, Bacharel em Psicologia e pós-graduada em Recursos Humanos pela FGV- Fundação Getulio Vargas, é especialista em Psicologia Organizacional pelo CRP – Conselho Regional de Psicologia e Coach pelo ICI – Integrated Coaching Institute. Realizou estudos sobre “A Biologia do Observador e suas Crenças” na Escola Européia de Coaching em Lisboa; coordenou o setor de Gestão de Pessoas em empresas de grande porte por mais de 25 anos. Professora do curso de pós-graduação da FGV da área de Administração de Empresas e sócia diretora da Consultoria Anel Gestão de Pessoas.
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