fbpx

O que aprendi no meu primeiro ano da faculdade

As pessoas. Todos os tipos de pessoas existentes. De todas as classes sociais, posições políticas e ideológicas, brancos, negros, histórias diferentes. E ter que lidar com as diferenças ou ficar sozinho no meio de uma multidão totalmente heterogênea.

Como último texto do ano, decidi falar um pouco de como foi vivenciar o primeiro ano da faculdade.

A primeira coisa que me marcou foi quando entrei no Campus da PUC e me vi totalmente perdida. Como uma criança que entra pela primeira vez em um parque de diversões gigantesco. Natural, já que foi o primeiro dia que entrei na Faculdade.

As pessoas. Todos os tipos de pessoas existentes. De todas as classes sociais, posições políticas e ideológicas, brancos e negros (muito mais brancos do que negros – o que choca a realidade da minha branquitude, refletindo a minha posição social como branca) e histórias diferentes.

Você vai se aproximar das pessoas que mais se parecem com você e depois ver que elas não se parecem tanto assim, vai lidar com essas diferenças muito mais fácil e melhor do que quando estava no Ensino Médio, já que todos à sua volta são diferentes, ou seja, não tem para onde você fugir. Ou você lida com as diferenças ou ficará sozinho no meio de uma multidão totalmente heterogênea.

Ser homossexual ou bissexual, ou usar drogas e beber não é nenhuma novidade ou algo que incomode ou que choque ou que vire assunto.

Ir mal na prova é mais comum do que ir bem, mesmo que você tenha estudado durante vários dias, mesmo sabendo a matéria de cor e salteado. Do mesmo jeito que não saber responder as questões é mais comum do que saber respondê-las.

As amizades que você fará muito dizem sobre sua personalidade como profissional.

Trabalhar em um período e estudar em outro é normal e cada vez mais frequente e necessário. Tanto para ter experiência na área e no mercado de trabalho de sua carreira, como também para pagar a faculdade para fazer alguma coisa da vida. Trabalhar enquanto estuda e estudar enquanto trabalha vai acontecer vários dias. Ter organização perfeita quando se trabalha durante a faculdade não é saudável. Caso  consiga, você não é uma pessoa normal.

Achar que a nota não vai ser suficiente ou que não vai conseguir passar também é prova de fogo de todo iniciante, a ansiedade e preocupação parecem insuportáveis, mas depois da décima vez já se acostuma e ri com os amigos dizendo: Cara, não vai dar.

Muita festa. Muita. Porém é tanta prova e trabalho que se você conseguir ir em uma, já está ótimo.

Assistir aulas à noite e pela manhã tem grande diferença. De noite a sala tem gente desde 17 anos até 50 e poucos. A experiência é riquíssima. Recomendo muito que você estude à noite.

Por fim, o primeiro ano é marcado pelo misto de sensações entre “o que eu fiz da minha vida a escolher este curso” e “não vejo a hora de começar o segundo ano”.

Boas férias, até ano que vem e não desistam.

Beatriz Alves Ensinas é Estudante de Direito na PUC-SP, estagiando na área e em São Caetano do Sul, São Paulo. Depois de três anos contribuindo na coluna “De adolescente para adolescente”, iniciada por ela e depois tendo a parceria de Bruno Sales, a partir de agora ela é responsável pela coluna “De Universitário para Universitário”.
follow me
Neste artigo


Participe da Conversa