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Para ser Coach precisa Ter coragem!

O Coach, assim como gestores, realizam atividades em contato e por meio de outras pessoas. Temos que nos relacionar, entender e principalmente comunicar e ouvir com empatia. Nossa comunicação verbal e não verbal têm que ser eficientes e isentas de julgamentos e de “problemas particulares”.

Quando faço a afirmação que para ser Coach precisa ter coragem, muitos colegas, principalmente os mais jovens, olham para mim com olhar estranho, que já traduzi de diversas maneiras: “Ele está querendo me impressionar”, “Ele está querendo se fazer de importante”, “ele sim, precisa ter coragem, afinal já não é jovem, deve cochilar nas sessões”, mas são poucos que se permitem um diálogo franco como quero ter com você agora.

O Coach, assim como os gestores, realizam suas atividades em contato e através de outras pessoas. Todos temos que nos relacionar, entender e principalmente nos comunicar e ouvir com empatia. Nossa comunicação verbal e não verbal têm que ser eficientes e isentas de julgamentos e de nossos “problemas particulares”.

Como Coach, já cometi o erro de não me perceber como realmente sou.

A maneira como me vejo e como me sinto interiormente é a que define a relação com o outro, em outras palavras: será também o pano de fundo que o coachee utilizará para se situar no processo em que está sendo conduzido.

Se eu não fizer uma faxina em meu interior, certamente colocarei meus juízos, preconceitos, crenças (sim também temos crenças) e minha audição seletiva ao “desserviço” do coachee. É muito importante que o Coach faça uma profilaxia em seu próprio eu, para que não contamine a sessão com sua falta de autoconhecimento.

Para fazer o meu trabalho tenho que estar bem comigo mesmo e, para isso, tenho algumas técnicas que quero compartilhar com você:

  1. Tenho uma conversa constante com um dos meus mentores. Respeito-os pela coerência e experiencia. Discuto casos, melhores práticas e principalmente o que me incomodou quando fiz a escuta empática, pois se incomodou é por eu ter algo guardado em mim que ainda não elaborei;
  2. Frequentemente faço uma avaliação 360º com algumas pessoas próximas e que sejam de minha inteira confiança. Normalmente estas pessoas também são meus mentores;
  3. Entendo que esta mentoria é de mão dupla, isto é, assim como sou auxiliado, também procuro auxiliar;
  4. E, finalmente, para que eu consiga manter uma atenção plena no coachee e para que aumente a minha sensibilidade e percepção, pratico Mindfulness aproximadamente 1 hora por dia, todos os dias.

É esta a razão de eu dizer que para ser Coach precisa ter coragem, coragem para se conhecer e se aprimorar, coragem para se capacitar continuamente, coragem para admitir que tenho falhas, pontos a serem melhorados, que não sou autossuficiente, que necessito de mentoria e amparo e, finalmente, a vontade política de auxiliar, mas auxiliar com excelência.

Cleyson Dellcorso tem formação em engenharia e filosofia e suas atividades estão relacionadas ao Coaching Profissional e Pessoal, além de atuar com Coaching de Casais. Seus atendimentos têm embasamento em uma metodologia própria com fundamentação filosófico / dialógico. Possui MBA pela UCLA (EUA), com foco em gestão de pessoas, é especialista em liderança pelo Haggai Advanced Leadership Institute (Singapura) e instrutor do mesmo instituto. É professor de liderança e motivação no curso de pós-graduação em gestão de projetos (PMI) do Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada do grupo IBMEC. Atua como Coach desde 2003 e foi um dos primeiros a se especializar no atendimento a Gerentes de Projetos. É diretor do INSTITUTO DE COACHING MAIÊUTICA desde 1999 e tem como área de interesse o estudo das Inteligências – Emocional e Espiritual. Cleyson Dellcorso é casado, tem três filhos e um neto e tem como hobbies – radioamadorismo, velejar e mergulhar.
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