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Paralisou? Pode ser excesso de… excessos!

Um turbilhão de conhecimentos, de informações, de análises pode ter na verdade uma função, que é de criar barulho interno suficiente para não escutarmos o que de fato importa para nós.

Tenho uma amiga que me conhece muito bem e de vez em quando ela me pergunta: “será que um dia você vai conseguir parar de pensar tanto?”. Confesso que o combustível intelectual é sedutor para mim. Estar entre pessoas que admiro e que sabem muito de várias coisas, frequentar a pós-graduação (te contei disso?), pesquisar, ir atrás de novos autores, fazer mil aperfeiçoamentos e cursos, estar sempre em processos de autodesenvolvimento – tudo isso me faz me sentir em constante estado de aprendizado. Mas quer saber? Isso também cansa.

Como sei que cansei? (e esse é o ponto que quero compartilhar com você). Para mim é quando se dá essa exasperação, esse excesso de análises de possibilidades. É como se eu estivesse de frente para várias portas, sem saber bem para onde ir. Qual delas abrir? “Ah… não sei. Acho que vou fazer mais um curso para saber ou esperar tal coisa acontecer. Ou vou ler mais um pouco ou conversar com fulano ou vou atrás de… sei lá, me perdi”. Pois é, aqui que é o ponto. Este transbordamento é paralisante! Não dá para saber o que fazer primeiro, nem que passo tomar depois. Então para tudo mesmo, por que o recado é outro: esse turbilhão de conhecimentos, de informações, de análises pode ter na verdade uma função, que é de criar barulho interno suficiente para não escutarmos o que de fato importa para nós. 

E como saber para onde ir, ou escutar o que importa? Me parece que há alguns caminhos possíveis, mas compartilho uma trilha que venho testando: Começar com uma consulta interna, uma reflexão sobre o que se quer conservar. Tudo se transforma em torno do que se quer conservar. Em outras palavras: o que você quer de verdade?

Entender que o tempo das respostas não é necessariamente o tempo cronológico: há o chamado tempo Kairós. É esse o tempo da criação, da nossa essência, do nosso rio particular. Ele tem seu ritmo. Ele não é tão intenso quanto o tempo do relógio preconiza. Mas ele traz as respostas – a seu tempo.

Depois de entender qual o tempo do seu tempo, acione a sua escuta. Afine seus ouvidos, deixe-os flexíveis que é para se escutar, para ouvir os rumores que vêm da sua própria alma. Ela fala nas entrelinhas, nas pequenas coisas que nos deixamos sentir como verdadeiras e vibrantes. Ela se comunica nas pequenas coisas que amamos fazer. O que você vem escutando?

Com isso tudo, a noção do tempo Kairós, a possibilidade de ampliar sua escuta e de encarar suas reais motivações, quem sabe você consegue saber melhor qual seu próximo passo?

Com amor e com alma,

Karinna

Karinna Forlenza é Coach e Advisor Bilingue, aprendiz de artes plásticas e mãe presente. Adora ajudar as pessoas a se realizarem profissionalmente e potencializarem o seu melhor por meio do empreender com sentido. Além de atendimento individual, facilita workshops para empresas como Braskem e GoOn Risk e co-conduz o curso Transformação Empreendedora, na HSM. Com quase 20 anos de carreira como executiva em instituições de diferentes portes como Rogatis Family, Vivo, Instituto Vivo, Instituto Ethos e Lloyds Bank, especializou-se em lidar com gestão estratégica aplicada à complexidade dos aspectos humanos e sociais. Graduada em Administração de Empresas pela FAAP, possui extensões e cursos pela IEDE Business School – Universidade Européia de Madrid, Fundação Dom Cabral, FGV e Universidade de São Paulo, além de certificação em Biologia Cultural pela Escuela Matríztica do Chile e em Coaching Ontológico.
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