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Processo do Coaching Filosófico (Parte II)

Esse processo nos ajuda a pensar e buscar respostas e os porquês das pessoas agirem como agem. Pensar é um processo de descobrir relações (pois tudo é resultado de múltiplas relações) e é também o processo de criar ou imaginar novas relações, se deseja um real diverso do que aí está.

Esse processo nos ajuda a pensar e buscar respostas e os porquês das pessoas agirem como agem.

Pensar é um processo de descobrir relações (pois tudo é resultado de múltiplas relações) e é também o processo de criar ou imaginar novas relações, se deseja um real diverso do que aí está.

“Pensar é fazer associações e pensar criativamente é fazer associações novas e diferentes”, ou seja, é um processo real de descobertas.

Afirmar isso é afirmar, primeiro, que pensar é o processo de descobrir relações existentes na realidade e de representá-las em nossa consciência: isso nos permite atinar com os significados ou os sentidos que, de alguma forma, estão dados na realidade.

Em segundo lugar, é afirmar também uma possibilidade especial do pensar: a de produzir ou criar novas relações e, portanto, a de os seres humanos poderem produzir novas significações ou sentidos para a realidade e, por conseguinte, para suas vidas, visto que fazem parte do processar-se da realidade e, nela, podem ser agentes transformadores.

Nesse processo vamos usar a metodologia de Lipman, em que ele diz que: pensar é de ordem superior, crítico e criativo supõe a utilização coordenada e integrada do que ele denomina como habilidades e que nós vamos denominar como competências do pensamento e que estarão divindades em quatro grupos: Competências de Investigação; Competências  de Raciocínio; Competências de Formação de Conceitos; Competências de Tradução, e dentro de cada uma dessas competências vamos, nesse processo, desenvolver as habilidade que formam o conjunto delas.

Lembrando que o processo do Coaching é um processo que atinge a realidade momentânea, ou seja, a realidade que se esteja vivendo no momento do processo, e como o próprio Lipman alerta para o fato de que as habilidades sempre ocorrem de forma integrada em cada contexto ou situação problemática em que são exigidas. Daí, segundo ele, que não é o caso de oferecer treinos relativos a cada habilidade, e sim contextos situacionais problemáticos no quais as habilidades são exigidas integradamente.

1o Grupo: Competência de Investigação:

Significado: Investigação é busca. É busca de soluções. É busca de saber como é, de saber como ocorre, de saber como se faz, de saber como se resolve um problema. É busca de explicações e é busca, também, de como fazer. É busca de saber como repetir o fazer, mas pode ser busca de saber como fazer diferente, de preferência para fazer melhor. Investigar é pesquisar.

Para ter competência de investigação, são necessárias, no mínimo, as seguintes habilidades cognitivas:

  1. Habilidade de observar bem: observamos utilizando nossos cinco sentidos (que chamamos de sentidos externos): sons com nossa audição; odores com nosso olfato; gostos com nosso paladar, texturas, calor firo, dureza, macio, resistência física, etc.; com nosso tato, luminosidade, figuras, formas, cores, perspectivas, etc., com nossa visão. Sentimos nossas afeições, nossas emoções, nossos desejos, os desejos dos outros, suas afeições, suas emoções, etc.

    Essa é uma habilidade que todos temos. Mas é possível desenvolvê-la mais e melhor, estimulando seu emprego em determinadas situações.

    Pergunta: Você é uma Pessoa que utiliza bem seus sentidos? Se sim, quando e como, se não quando percebe isso e como? E o que como você fará para desenvolver essas habilidades?

  2. Habilidade de saber formular questões ou perguntas substantivas: Com base nas observações, somos levados a indagar, a perguntar. Há sempre algo que dispensa nossa curiosidade, especialmente em situações embaraçosas. Perguntar, todos sabemos fazê-lo. O que nem sempre fazemos é formular “perguntas boas”, isto é, perguntas que desafiam nosso esforço de indagação, de busca pela resposta ou pela solução. Quantas vezes ouvimos alguém dizer: “Mas que pergunta boba!” O perguntar é o grande passo inicial de uma boa pesquisa e só é “precedido” pela observação.

    Pergunta: Você sabe fazer perguntas? Como sabe que sabe fazer perguntas?

  3. Habilidade de saber formular hipóteses: Saber formular hipóteses é o mesmo que saber pensar respostas possíveis às questões ou perguntas que temos ou que os outros nos propõem. É ser capaz de imaginar ou supor respostas. Saber pensar respostas possíveis ou plausíveis: isso significa ser capaz de pensar respostas ou soluções que tenham alguma chance ou possibilidade de ser respostas que vão resolver as questões ou os problemas postos.

    Pergunta: Você se considera um bom formulador de hipóteses?  Se sim, por quê? Se não por quê?

    Dê exemplos de sua performance nessa habilidade.

  4. Habilidade de saber buscar comprovações: A segurança de nossos saberes depende de quanto são comprovados. E é importante que o sejam, pois nós utilizamos para explicações, justificativas e para orientar nossas formas de agir. Saber buscar comprovações para nossas afirmações é habilidade que pode ser desenvolvida quando somos estimulados à verificação e averiguação dos fatos, à argumentação e experimentação, à constatação e exemplificação, etc.

    Pergunta: Você considera que tem essa habilidade? Por quê? E como pode comprovar isso?

  5. Habilidade da disposição da autocorreção: Uma vez avaliado que o caminho percorrido não comprovou o que foi afirmado ou o que foi imaginado, tem-se um desmentido da hipótese. Pode ter havido equívocos ou enganos tanto na afirmação inicial, na hipótese, quanto nos procedimentos de prova. É fundamental ter disposição à autocorreção; esse é um excelente caminho para a sabedoria, É o que se chama de “aprender com o erro”. Nesse sentido, essa é uma habilidade importante.

    Pergunta: Como você enxerga o erro? Como você trata o erro? Como você se sente quando vê que os outros erram? Como você lida com o erro? Você é uma pessoa tolerante ou intolerante? Por quê? Você se considera uma pessoa que tem paciência quando os outros necessitam de sua ajuda, mas tem dificuldade de entender suas colocações? Qual é o seu processo de autocorreção?

Conte-nos alguns momentos em que você utilizou essas habilidades?

No próximo artigo, vamos trazer a continuação desse assunto, trazendo o grupo 2 de competências.

⚙️ IZF Coaching
Iússef Zaiden Filho, Palestrante, Advogado, Professor, Filósofo, Sênior Coach, e Consultor Master of Science in Emergent Technologies in Education, pela Must University, Flórida, USA, Direito pela Universidade São Francisco, Licenciado em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano, MBA em Gestão de Processos Industriais-UNICAMP especializado em Desenvolvimento Gerencial, Negociação e Logística pela FGV-SP, Liderança pela FranklinCovey USA, Sênior Coach e Carreira, certificado internacional pelo ICI (Integrated Coaching Institute), Coaching de Excelência e Negócio, pela Academia Emocional, em Franquias pela Franchising University, Empreendedorismo pelo Empretec/SEBRAE, Agente do terceiro Setor, Escola Aberta do Terceiro Setor. Sênior Coach, advogado, filósofo, sócio proprietário da IZF Coaching e Desenvolvimento Humano, como consultor parceiro da Giovanoni Internacional Consultoria, Parceiro de Negócios com a YouUp e INV de Portugal com João Catalão e Ana Penin, Professor dos cursos de MBA, Franklin Covey School Brasil, Sustentare Escola de Negócios Joinville e Trecsson/FGV Escola de Negócios do Paraná, Colunista da Revista Coach Me, coautor do livro Empreendedorismo para Jovens, Editora Altas, Diálogos de Gestão, JML Editora, Fator E, Duna Wrietrs e participações nos livros Ferramentas de Coaching, edição Portuguesa e Atitude UAU me, edição Brasileira, todos dos autores João Alberto Catalão e Ana Penin. Foi consultor da FranklinCovey Brasil e Triad PS, por mais de 10 anos, e presidente do IMTEF Instituto Meus Tostões de Educação Financeira) OSCIP, e da ONG Embaixadores da Prevenção Trabalhou, durante 25 anos em duas grandes corporações, como a Johnson & Johnson e Unilever.
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