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Qual o propósito de sua vida?

O apego às pessoas, coisas e sistemas somente nos fragiliza. Nos sentimos um zero à esquerda sem um emprego. Se não temos convívio social, nos ressentimos de que não temos amigos. Mas eles foram cultivados? Dependemos de uma posição social de destaque para sermos felizes?

As pessoas geralmente entendem que uma vida bem-sucedida se resume a uma boa carreira e uma consequente boa posição profissional, à constituição de uma família, bens adquiridos como casa própria, carro, quem sabe, uma casa na praia ou na montanha para seu lazer, um conforto financeiro, saúde, bom convívio social.

Para diferentes pessoas, estes itens terão diferentes graus de importância, mas o fato é que dentro do senso comum, ser bem-sucedido é ter alcançado a maioria dos itens acima.

O que somente alguns percebem é que não devemos ter apego a nenhum destes itens, porque podemos perde-los a qualquer momento. Você pode ter uma boa posição profissional, até que seja mandado embora, receba uma gratificação da empresa e tenha que seguir sua vida sem ela. Sua família também é importante, claro! Mas muitos se esquecem que criamos os filhos para o mundo e que por isso uma ruptura não somente é inevitável como desejável.

Bens adquiridos nos trazem conforto, segurança, mas podem ser perdidos se dermos um mal passo, se não fizermos um bom planejamento, se a crise atual do país nos derrubar, por exemplo. E aí, nada mais de casa na praia ou na montanha, talvez os carros se reduzam a somente um, talvez a casa própria corra seu risco…

Meu intuito aqui não é pregar o pessimismo ou colocar em xeque tudo o que conquistamos e adquirimos na vida, pelo contrário. Devemos lutar por nossas conquistas e valorizá-las, apreciá-las. Mas devemos ter a consciência de que elas são passageiras.

O apego às pessoas, coisas e sistemas somente nos fragiliza. Nos sentimos um zero à esquerda sem um emprego. Se não temos convívio social, nos ressentimos de que não temos amigos. Mas eles foram cultivados? Dependemos de uma posição social de destaque para sermos felizes?

Um amigo sabiamente observou, ao trabalhamos a Roda da Vida dele: há algo que nunca perdemos – nossa capacidade intelectual. Podemos perder bens materiais, posições sociais, amizades fortuitas… mas nossa capacidade intelectual não se perde. O conhecimento e a experiência que vamos acumulando com o tempo nos fazem mais maduros, mais sábios, mais emocionalmente equilibrados para enfrentarmos as adversidades da vida.

E um ideal? Um ideal é algo pelo que vale a pena lutarmos. Uns se identificam com as causas ecológicas, outros com as causas políticas, outros com os problemas de saúde espalhados pelo mundo. Não importa qual sua causa, o importante é ter uma em sua vida. Ter algo pelo que lutar. Acreditar que pode fazer a diferença e fazer deste mundo um lugar melhor através de suas ações em direção ao que você acredita.

Se você ainda não tem um ideal assim, procure um, se informe, veja o que lhe agrada e o que lhe interessa. Sua vida vai ter mais propósito e significado e você perceberá que a luta por um ideal é o verdadeiro legado que deixaremos para os nossos filhos.

Patrícia Camargo trabalha com Coaching de Vida e é especialista em Coaching Afetivo. É autora do site www.coachafetiva.com.br e busca com seu trabalho proporcionar uma vida afetiva plena à todas as pessoas que a procuram. Realiza atendimentos presenciais em Campinas e Sorocaba e também via Skype para todo Brasil e para brasileiros residentes no exterior. É fundadora e curadora do Grupo de Estudos de Coaching & Desenvolvimento Pessoal de Sorocaba e co-autora do livro “Coaching : grandes mestres ensinam como estabelecer e alcançar resultados extraordinários na sua vida pessoal e profissional”. Formada em Administração de Empresas, atua também como Psicanalista Clínica e Conciliadora da Justiça Federal desenvolvendo um trabalho de pacificação da sociedade.
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