Estava pensando outro dia: o que mais preciso para tomar o rumo que eu quero? Eu me dei conta de que já tinha tomado decisões importantes, avaliado o que teria que renunciar, compreendido os recursos que teria que ter, planejado os próximos passos e, mais importante, tinha clareza e um querer muito grande sobre para onde queria ir com minha vida. Isso tudo tomou um bom tempo, talvez um ano, talvez mais. O que faltava então para ir viver como eu queria?
Penso que às vezes as situações chegam a seu estado de prontidão simplesmente por que é sua melhor possibilidade. É como se tudo que você pudesse fazer já tivesse sido feito e essas coisas todas ficam aí, pairando sobre a cabeça. Mas elas não ficam à toa. Ficam à espera de uma atitude, algo que as transmute e, finalmente, as coloque em marcha, rumo a uma nova feição de realidade.
Você já deve ter passado por isso. Tempos de ruminação (ou seria reclamação?) sobre a infelicidade em seu emprego, cálculos aproximados sobre quanto custaria um sabático ou uma saída do trabalho, questionamentos sobre um relacionamento que parece trazer mais infelicidade do que sentido, pulgas atrás da orelha com amizades que não parecem mais ter liga. Geralmente eu faço a seguinte pergunta aos meus clientes de Coaching: se você já sabe de tudo isso, o que é então que você ainda está fazendo aí? No velho mundo, no que não te cabe mais (ou melhor, onde você não cabe mais?)?
Meu papel inclui apontar que há sempre um momento de passagem, em que temos dúvidas sobre o que fazer – ainda não estamos lá, no novo mundo que desejamos e sabemos ser possível, mas sabemos o que queremos. Visualizamos uma possibilidade, pensamos que há sim uma chance, mas aí bate o tal do… medo. É a principal razão para não seguirmos adiante, pelo menos no que eu venho observando na minha prática de trabalho. Mas o Medo sempre vai existir – e isso não é novidade. “Vai com medo mesmo”, eu digo. Os grandes saltos na vida se dão quando damos as mãos para esse cara e voamos juntos.
É claro, é importante reconhecer o momento de transição, avaliar prós e contras etc., mas tenha consciência de que isso tudo, se não acompanhado de uma ação constante, não vai fazer nada virar. Nunca vi alguém construir uma vírgula sequer só pela força do pensamento.
Então, me diga:
- Que situação você quer mudar, em qualquer área da sua vida?
- O que você reconhece que já fez e plantou?
- De que forma você pode contornar o medo?
Por fim, um toque: pode ser que você esteja com medo, mas muito, muito pronto.
Com amor e com alma.
Karinna
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