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Sinais que revelam quando um profissional ainda não está preparado para a liderança!

Estar em cargo de liderança e ser um líder são coisas completamente diferentes. Quando então uma pessoa, com uma “ficha impecável” do ponto de vista técnico, revela que ainda não está preparado para um cargo de liderança?

“Estar em cargo de liderança e ser um líder são coisas completamente diferentes”. Assim foi o inicio de um artigo da Exame.com dessa semana – (06.07.2016).

Muito comum a promoção de excelentes profissionais técnicos, acreditando que tornar-se um bom líder será simples consequência, um aprendizado “natural”.

Mas não é. E atualmente, diante das mudanças do mundo, da competitividade e das novas gerações, não ser um bom líder é perder, resultados e lucros.

Mas quando é que uma pessoa, com uma “ficha impecável” do ponto de vista técnico, revela que ainda não está preparado para ocupar um cargo de liderança, em qualquer nível da pirâmide hierárquica?

Existem muitos comportamentos que demonstram isso. Alguns são de fácil observação:

  1. Não sabe delegar: Quer fazer tudo sozinho. Não divide problemas, nem “glórias”. Apresenta tendência à centralização e, às vezes, ao autoritarismo; também adota um estilo de competição negativa (quando quer eliminar e não colaborar);
  2. Não tem controle sobre as suas emoções: Quociente Emocional baixo (falta de Inteligência Emocional,) ou seja, dificuldade para lidar com pessoas, conflitos, adversidades – fundamental no papel de liderança;
  3. Imaturidade: Atitudes infantis, tais como ficar sem se dirigir aos colegas por conta de divergências; fazer comentários indesejados ou indiscretos; atrair a atenção dos superiores principalmente em reuniões (impedindo colegas de se manifestarem); fazer brincadeiras “fora de hora” e outras atitudes que demonstram falta de maturidade e de postura ética;
  4. Incomoda-se quando colegas se destacam: Demonstra insegurança; tem medo de ser superado(a), ciúmes e mágoa;
  5. Costuma gritar com as pessoas: Quem grita demonstra necessidade de vencer a competição de qualquer maneira ou de se fazer ouvido. Clara evidência de falta de equilíbrio emocional, assim como carência de argumentação lógica ou técnica (falta de conhecimento). Provavelmente sua liderança será baseada no medo e ameaça, levando a um estilo autoritário, não recomendado aos líderes e sem nenhuma chance de ser aceito pelas novas gerações;
  6. Tem medo de falar em público: No livro “O Cérebro de Alta Peformance”, o autor define muito bem a importância de uma apresentação, tanto pessoal, quanto do trabalho a ser apresentado. Dificuldade para se falar em público limita uma das competências fundamentais de um líder: a “venda” e a capacidade de convencer, persuadir – um projeto, uma ideia, um objetivo atingido. Também demonstra insegurança e medo;
  7. Traços evidentes de carência de valores sociais: Vaidade, egocentrismo, arrogância, amoralidade, pouca ou nenhuma empatia, falta de visão de sustentabilidade.

Um líder deve apresentar-se como um visionário, que leva a equipe a desejar e comprometer-se com o resultado esperado, e como recompensa (além dos benefícios já consolidados), a realização por algo concluído, a satisfação por sentir-se parte de uma equipe que se desenvolve e cresce como profissional e como pessoa. Parte da sociedade que constrói.

Um líder aponta a direção, corrige o caminho, apoia e acompanha o trajeto. E comemora o resultado junto com a equipe.

Profissionais competentes podem e devem ser promovidos, mas necessitam de apoio, treinamento e acompanhamento para tornarem-se Líderes de Alta Performance…

Eline Rasera Author
Eline Rasera, Bacharel em Psicologia e pós-graduada em Recursos Humanos pela FGV- Fundação Getulio Vargas, é especialista em Psicologia Organizacional pelo CRP – Conselho Regional de Psicologia e Coach pelo ICI – Integrated Coaching Institute. Realizou estudos sobre “A Biologia do Observador e suas Crenças” na Escola Européia de Coaching em Lisboa; coordenou o setor de Gestão de Pessoas em empresas de grande porte por mais de 25 anos. Professora do curso de pós-graduação da FGV da área de Administração de Empresas e sócia diretora da Consultoria Anel Gestão de Pessoas.
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