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Superação da Atração e Rejeição

Criamos prisões em nossa mente que acabam por nos fazer refém de nós mesmos. Confira um referencial que pode auxiliar muito nos processos de condução da mente e nos levar à maior liberdade.

O ser humano é bastante complexo em seus processos psicológicos. Criamos prisões em nossa mente que acabam por nos fazer refém de nós mesmos. Pensando nisso, decidi apresentar um referencial que pode auxiliar muito nos processos de condução da mente e nos levar à maior liberdade.

Um Mecanismo Mental

Num determinado instante em nosso processo de aprendizagem, formamos marcas mentais que nos levam a gostar de situações cuja sensação nos é agradável, e a rejeitar situações cuja sensação seja desagradável. Isto vem de nosso profundo impulso básico, que é buscar o que nos faz feliz e rejeitar o que nos faz infeliz. Então em nosso dia a dia ficamos oscilando na busca por sensações agradáveis e rejeitando as sensações desagradáveis. Até este ponto ainda não há um grande problema, pois a agradabilidade ou desagradabilidade surgem quase que naturalmente, embora seja um processo condicionado e existe por causa das marcas mentais e memórias profundas.

Os Cuidados

O grande cuidado que precisamos ter é evitar que uma sensação agradável se transforme em algo que desejamos nos apegar, nos fixar, querer ter a todo custo, ou manter se conseguirmos a posse do objeto da agradabilidade. Quando estes mecanismos de desejo e posse tomam conta estamos numa prisão. Portanto precisamos estar muito atentos para não cairmos na prisão que pode ser deflagrada a partir de algo ou uma sensação agradável.

Simplesmente podemos permanecer no aspecto agradável do momento, mas sem gerar apego, fixação ou desejos, pois quando estes se instalam corremos sérios riscos de sofrimento em função desta prisão mental. Veja que muitas pessoas estão presas a estas armadilhas da posse e apego e não o percebem. Portanto o desapego é muito importante, o não se agarrar a algo é fundamental. Quem treinar isto, estará num estado mental de liberdade.

Há dois grandes antídotos quando entramos na prisão do apego: o primeiro treinamento da generosidade para se opor ao apego. O segundo é treinar a mente para que ela não siga o pensamento ou impulso de apego ou de desejo. Os pensamentos de desejo e apego surgem, mas você não se prende mais a eles. Isto é obtido através de processos de meditação e treino da plena atenção.

O cuidado oposto é o mesmo: Quando surge algo desagradável, pode-se também permanecer na desagradabilidade, vê-la como um fato e não se sujeitar aos seus caprichos, ou seja, não rejeitamos a desagradabilidade. O desagradável em si não é bom e nem ruim. Assim, sem rejeição, não ficamos sujeitos ao ódio e nem aversão. Então, ao surgir o pensamento da aversão, ódio, afastamento, podemos também treinar a mente para não seguir estes pensamentos de aversão e ódio que surgem, não nos prendemos mais a eles.

Os antídotos recomendados são: o treinamento do amor e da aceitação de tudo como é. Se amamos, não rejeitamos nada e não temos mais possessividade de nada. O segundo antídoto é treinar a mente para que não siga os pensamentos de rejeição e aversão. Num primeiro momento isto parece até impossível, mas experimente ter uma atitude de neutralidade, tanto quanto ao que é desagradável tanto quando ao que é agradável. Você sentirá em pouco tempo uma leveza e profunda paz de não ser mais joguete destes impulsos. Você está livre da maior prisão mental, os apegos e aversões.

Entenda que quando atingimos este estado, não somos passivos e inertes, mas entramos num estado vivo e maravilhoso da mente. Na realidade, atingimos o centramento pessoal. No meio da tempestade e burburinhos do mundo e da mente, ficamos em paz, vivos e atentos, sintonizados no aqui-agora e no permanente frescor da mente. Mas caso você não consiga se centrar, aqui vai uma ajuda extra – entenda que aspectos agradáveis ou desagradáveis são passageiros, vem e vão, não são fixos. Portanto, aguarde e não os siga – que logo passam. O que pode ajudar muito é a prática da meditação, ou seja, é um treino da mente para nos manter no estado de liberdade inata.

Marcos Wunderlich é Empresário e Presidente Executivo do Instituto Holos. Pioneiro do Coaching e Mentoring no Brasil, é referência nacional em Formação e Instrumentação de Mentores e Coaches no Brasil com abordagem holossistêmica e complexa, tem mais de 30 anos de experiência profissional. Consultor, palestrante, Master Coach e Mentor de Executivos. Mentalizador do Sistema ISOR® um conjunto instrumental científico-pedagógico de Desenvolvimento de Pessoas e Organizações com base na moderna ciência e neurociência, na milenar sabedoria humana e nas inovações da administração. Filiado ao ICF – International Coach Federation. Consultor CMC – Certified Management Consultant credenciado pelo IBCO – Instituto Brasileiro de Consultores de Organização em convênio com o ICMCI – International Council of Management Consulting Institutes. Formado e pós-graduado na área tecnológica, tem várias formações no campo da Gestão e Humanidades,
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