O Institute of Coaching, localizado em Boston-EUA, está promovendo de forma bastante ativa o seu próximo encontro, que envolve a apresentação de pesquisas desenvolvidas por profissionais de todas as partes do mundo. Eu tive o prazer de apresentar um trabalho em 2012, e foi um momento inesquecível. Quem quiser mais informações, acesse o link.
Quero trazer algumas das considerações mais recentes postuladas pelos especialistas do Instituto. Começo por abordar um tema relacionado com metáforas, base de meu artigo anterior. Cristina Gibson, professora da Universidade da Austrália Ocidental, publicou um artigo com Mary E. Zellmer-Bruhn: “Metáforas e Significado: Uma análise intercultural do conceito de trabalho em equipe”. A cultura impacta na vida organizacional de várias formas e, especialmente, aparece com força nos trabalhos em equipe. Ela explora as diferentes definições que as pessoas, ao redor do mundo, têm do trabalho em equipe, conforme indicado pelas metáforas que usam. As equipes dos EUA muitas vezes fazem referências esportivas, tendendo a ver o trabalho em equipe como análogo ao trabalho no campo de esportes.
Ali, frequentemente, as metáforas incluem declarações como “Jill é nossa grande estrela” ou “Meu líder de equipe age mais como treinador do que como arbitro”. Curiosamente, essas metáforas definem as expectativas de como as equipes serão gerenciadas, incluindo o escopo e os objetivos. As equipes esportivas, geralmente, têm um papel bastante restrito no escopo (posição do atleta no jogo), sendo que a associação é voluntária e os objetivos são claros, ou seja, sempre recai em ganhar ou perder. Nos EUA, as pessoas que descrevem suas equipes de trabalho com metáforas esportivas, tendem a esperar que os outros entendam facilmente essa linguagem, bem como as expectativas dos participantes.
Outro tema muito presente é o feedback. Leia qualquer texto popular sobree gerenciamento de pessoas e encontraremos uma seção sobre a importância do feedback, mas nem sempre há um adequado estudo de sua utilidade. Na verdade, quando usado de forma inadequada, o feedback pode prejudicar o desempenho do cliente, sendo fundamental ao Coach saber quando usá-lo e como usá-lo de maneira eficaz. Dessa forma, irá contribuir com as intervenções de Coaching e também fornecerá recursos úteis para os clientes executivos (que precisam fornecer feedback como parte de suas funções).
Evoluindo do Coaching Executivo para o de Negócios, tem-se uma metodologia muito usada para ajudar as organizações a alcançarem objetivos estratégicos, aprimorarem a capacidade de liderança e criarem mudanças culturais. Necessidades organizacionais mais amplas são colocadas à frente e no centro, e o Coaching é usado para ampliar as mudanças em toda a organização (ou, instituição). Embora haja clara sobreposição, esse enfoque amplo está em contraste com o Coaching Executivo ou de Liderança, que tem como alvo as necessidades de desenvolvimento do indivíduo.
Vale lembrar que, por definição, o Coaching de Negócios depende de um quadro de Coaches chamado de “Painel de Coaching”. Painéis excepcionais são aqueles cuidadosamente montados com perguntas afins ao caso em estudo e já respondidas, para que possam ser integrados em programas de desenvolvimento de liderança com o objetivo de direcionar capacidades específicas (por exemplo, autenticidade, formação de equipes, colaboração, inovação). Pesquisas mostram que o Coaching, como complemento ao treinamento de desenvolvimento de liderança, aumenta a performance.
Finalizando, eu sugiro que todos acompanhem esta apresentação de 2001 (mais de 1,2 milhão de acessos e legendas em português), em que o especialista John Wooden abordou, com profunda simplicidade, o conceito de sucesso e sua diferença com ser vitorioso. Ele insta todos nós a buscar o melhor em si próprio e compartilha o conselho que deu a seus jogadores na UCLA – Universidade da Califórnia. Vale a pena assistir, pois se os estudos acadêmicos tratam de “alta performance”, Wooden desmistifica a busca da vitória e do sucesso.
Link original: https://www.youtube.com/watch?v=0MM-psvqiG8
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