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Você conhece seu patrimônio emocional?

Agir envolve realizar tarefas as quais consomem recursos do nosso patrimônio. Formado por ativos, usamos como moeda de troca em uma situação remunerada. Mas você já pensou que nossas atitudes podem ser remuneradas com emoções?

Olá!

Tenho trabalhado nos últimos meses sobre o tema felicidade e trabalho, um pouco em decorrência do momento que vive o país, mas também em decorrência do pedido das empresas que compram palestras e querem falar do tema com seus funcionários.

Sempre digo que a felicidade não é um objetivo em si, mas uma soma de momentos onde uma igualdade se estabelece e queremos que o momento se perpetue. Esta igualdade é simples:

O que desejo = O que percebo

O que desejo são as minhas expectativas para o momento e a forma como eu espero que as coisas aconteçam naquele dado momento. O que percebo é a somatória dos meus sentidos (todos os seis), de acordo com o ambiente também naquele dado momento.

Se as duas coisas coincidem, minha expectativa está atendida, então, não tenho motivos para ficar triste, ou seja, fico feliz. Se estes momentos forem se somando mais e mais vezes posso dizer que estou passando por um período de felicidade.

Quando estas duas coisas não coincidem, eu preciso tomar uma decisão, pois minhas expectativas não foram atendidas. Posso tomar dois caminhos possíveis: vitimizar colocando a culpa em tudo e em todos ou assumir um papel protagonista, agindo para alterar o ambiente de forma que o que eu percebo fique igual ao que eu desejo.

Esta é uma receita clássica.

Agir envolve realizar tarefas e as tarefas em geral consomem recursos que são parte do meu patrimônio. Nosso patrimônio é formado de ativos como definem meus colegas economistas.

Sim, em outra vida e em outro século eu era economista.

Todos nós possuímos em menor ou maior nível os seguintes ativos:

  • Financeiros – dinheiro no banco e no bolso;
  • Físicos – Casa, carro, roupas e coisas;
  • Intelectuais – conhecimento, memórias, saber, histórias;
  • Relacionais – Pessoas que conhecemos e que nos auxiliam quando necessário;
  • Intangíveis – Nosso nome, reputação, crédito, imagem.

Estes ativos fazem parte do nosso patrimônio e podemos usá-los como moeda de troca em qualquer situação, ação ou iniciativa que envolva remuneração.

Podemos fazer algo para alguém e em troca aprender com isso. Neste caso adquirimos ativos intelectuais. Podemos trabalhar e receber em dinheiro e neste caso são ativos financeiros.

Simples, não?

Bem simples quando estamos falando de relações profissionais. Contudo, nem tudo na vida são relações profissionais, nem mesmo no ambiente de trabalho.

Com o passar do tempo e com o aprofundamento de meus estudos, pude perceber que existe uma outra família de ativos que não está listada de maneira clássica e são os ativos emocionais.

Sim, podemos ter nossas atitudes remuneradas com emoções.

Veja por exemplo, a relação estabelecida entre pais e filhos. Por mais polêmica que esta análise possa parecer, esta é uma relação de troca onde uma pessoa exerce o personagem pai ou mãe, entregando como produtos a proteção, orientação, sustento, segurança e etc. e recebe de volta (em condições normais) respeito, amor, dedicação, reconhecimento.

Nenhuma destas “moedas” está elencada entre as classes de ativos que citei anteriormente. Os chamados ativos clássicos, contudo, são parte integrante do nosso patrimônio.

  • Somos melhores quando somos mais reconhecidos;
  • Somos maiores quando somos mais amados;
  • Somos mais seguros quando somos apoiados.

Fora do ambiente profissional, o modelo de relacionamento permanece o mesmo, ou seja, as pessoas à nossa volta continuam sendo clientes dos personagens que executamos para elas e a moeda que estes clientes utilizam na “compra” destes personagens são os pequenos itens que formam nossos ativos emocionais.

Agora, a reflexão mais importante:

Estas moedas não se criam sozinhas. Elas somente podem ser entregues a outras pessoas quando temos em nossas poupanças.

Pense comigo: De que tamanho é o seu patrimônio emocional?

Edson Carli Author
Edson Carli é especialista em comportamento humano, com extensa formação em diferentes áreas que abrangem ciências econômicas, marketing, finanças internacionais, antropologia e teologia. Com mais de quarenta anos de vida profissional, atuou como diretor executivo em grandes empresas do Brasil e do mundo, como IBM, KPMG e Grupo Cemex. Desde 2003 está à frente do Grupo Domo Participações onde comanda diferentes negócios nas áreas de consultoria, mídia e educação. Edson ainda atua como conselheiro na gestão de capital humano para diferentes fundos de investimentos em suas investidas. Autor de sete livros, sendo dois deles best sellers internacionais: “Autogestão de Carreira – Você no comando da sua vida”, “Coaching de Carreira – Criando o melhor profissional que se pode ser”, “CARMA – Career And Relationship Management”, “Nut’s Camp – Profissão, caminhos e outras escolhas”, “Inteligência comportamental – A nova fronteira da inteligência emocional”, “Gestão de mudanças aplicada a projetos” (principal literatura sobre o tema nos MBAs do Brasil) e “Shé-Su – Para não esquecer”. Atual CEO da Academia Brasileira de Inteligência comportamental e membro do conselho de administração do Grupo DOMOPAR. No mundo acadêmico coordenou programas de pós-graduação na Universidade Mackenzie, desenvolveu metodologias de behaviorismo junto ao MIT e atuou como professor convidado nas pós-graduações da PUC-RS, FGV, Descomplica e SENAC. Atual patrono do programa de desenvolvimento de carreiras da UNG.
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