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Você é Coach ou é um empreendedor?

Se mesmo empresas qualificadas muitas vezes erram, os cuidados do empreendedor devem ser ampliados. Como o Coach pode consolidar o seu domínio da técnica com a formação do empreendedor bem sucedido?

Li recentemente um interessante texto em que o autor debatia a questão do profissional independente e sua vocação ao empreendedorismo. Percebi que valia a pena lançar esse mesmo tema em debate aqui neste espaço, pois os nossos amigos Coaches precisam sempre exercitar o lado de “negócios” em paralelo aos aspectos “técnicos e metodológicos” do Coaching, o que também é importante.

Aqui vale a brincadeira da “coisa” (uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa). Ou seja, uma coisa é estar à frente do Coachee e saber conduzir o processo de Coaching de forma a construir o caminho para a meta negociada. Outra coisa é ter uma relação negocial com o público de interesse, construindo imagem, posicionamento, marca pessoal e portfólio de clientes. Para isso também existem técnicas e os passos exigem planejamento e execução consistentes.

Se mesmo empresas qualificadas muitas vezes erram, ao liderar o próprio negócio os cuidados do empreendedor ficam ampliados. Como o Coach pode consolidar o seu domínio da técnica com a formação do empreendedor bem sucedido?

Para começar, a falta de informação somada ao despreparo é mortal, levando qualquer um ao fracasso. Parte superior do formulário

Para tPara conquistar  Para conquistar dinheiro, satisfação, reputação e, até mesmo, ser dono do seu horário, o Coach deve ter um ritual dedicado ao exercício do empreededorismo, sabendo que vai haver situações desconfortáveis, para não dizer desanimadoras. Mas nenhum fato deve ser mais forte do que o sonho de solidamente construir a carreira. Hoje há livros, cursos e até profissionais (Coaches especializados) que ajudam um Coach a ser um empresário bem sucedido.

Algumas características são fundamentais e resumem os caminhos sustentáveis para o profissional sair vitorioso em sua saga empreendedora. Ele deve estar disponível ao cliente e aos parceiros, ter visão integrada de seu negócio (funções e processos), motivar-se mesmo diante de dificuldades, ter o corpo saudável e a mente afiada, ser idealista e nunca irrealista, compreender problemas complexos e consolidar planejamento e estratégia para várias ideias simultâneas quanto aos seus negócios, ter senso de urgência e, não menos importante, aprender a controlar o estresse, a ansiedade e manter a estabilidade emocional.

UFA! Tudo isso parece fácil, quase que motivando o Coach a só estar diante de seu Coachee fazendo o atendimento, fugindo desse jogo empresarial que parece uma medusa pronta a atacar. O importante é “quebrar a própria crença limitante” que pode ocorrer e “ganhar confiança ao conseguir desenvolver o perfil empreendedor”.  À medida que o dia a dia evoluir positivamente, com mais clientes, é até possível haver uma crise para o Coach empreendedor vencer (é o caso clássico em que outros Coaches também atuam). O empreendedor tende a centralizar tudo e vira um gargalo, se não instituir instrumentos de controle e uma disciplina rígida de horários e responsabilidades.

Enfim, entre os limites extremos do técnico puro (ainda que competente Coach) e o empresário arrojado (dando prioridade ao negócio e não ao cliente) há um largo espaço a ser preenchido e que terá validade inquestionável (seja com ligeiro desequilíbrio para um lado ou outro). Então, tomo a liberdade de apresentar o meu modelo DIVO, que já comentei em palestras, como forma de um Coach pensar seu negócio, mantendo prestação de serviços com qualidade.

Tudo começa com o D, de Determinação (indo além da vontade e do propósito, mas entendido como determinar a ação, o que se quer construir). A letra I diz respeito à coleta e tratamento de Informação, que gera forte interação com o passo anterior, voltado à ação. Ou seja, a informação obtida pode interferir na ação prevista e esta pode exigir nova informação. Não se criará aqui a sofisticação do plano de negócio, mas sim a visão integrada entre o que se pretende construir e o que o contexto viabiliza (ou não). Em qualquer empreendimento é fundamental ter bem claro qual o Valor agregado (letra V) que se gera ao cliente (simplificadamente, em que nossa oferta será diferenciada e melhor que a dos concorrentes). Finalmente, a letra O significa a Operacionalização, isto é, quando se coloca em prática o conjunto de ideias e ações que se consolidaram a partir desse exercício de planejamento para o empreendedor.

E você, sentiu correspondência do modelo DIVO com seu cotidiano de Coach empreendedor? Que tal praticar?

Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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