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10 Cuidados para o Correto Uso do DISC (parte II de II)

Você trabalha com ferramentas de análise de perfil comportamental, como o DISC? Então confira a 2ª parte do artigo sobre os cuidados para o uso correto do DISC.

10 Cuidados para o Correto Uso do DISC (parte II de II)

10 Cuidados para o Correto Uso do DISC (parte II de II)

Dando continuidade à parte I deste artigo, hoje vamos aos demais cuidados para usar corretamente o DISC.

Confira os cuidados para usar corretamente o DISC, a saber:

CONFIAR EM TUDO O QUE ENCONTRA

Utilizar as informações disponíveis na internet e redes sociais, partindo do princípio de que estão corretas, sem questionar a origem destas e a formação técnica e a experiência prática de quem as divulga, é colocar-se potencialmente em situações constrangedoras com o seu cliente e no mercado onde atua.

NÃO CHECAR E ATUALIZAR O PRÓPRIO MATERIAL

Periodicamente não checar e atualizar os materiais que utiliza para apresentações, workshops e sessões de orientação é expor-se desnecessariamente ao erro. Principalmente quando se utiliza mais de uma fonte de informação ou se recorre a prestadores de serviço, sem a devida formação e base conceitual para a elaboração desses materiais.

NÃO INVESTIGAR OS FORNECEDORES

Não questionar a base científica dos instrumentos que utiliza, inclusive quando estes dizem ter um avanço ou algo que os da concorrência não possuem, aumenta as chances de seu cliente fazer perguntas que você não saberá como responder. Para cada afirmação do fornecedor de ferramentas de assessment, deve haver um documento que sustente ou comprove o que está sendo dito. Isso é principalmente importante quando se trata de afirmações relativas à confiabilidade do instrumento.

TRANSFERIR CONHECIMENTO

Não usar o dicionário da ferramenta é receita certa para fazer interpretações equivocadas. Muitas vezes uma mesma palavra pode ter interpretações diferentes, conforme a metodologia de assessment utilizada. Por exemplo: ao falar, podemos separar o conteúdo da forma, pois uma pessoa pode trazer um conteúdo objetivo (oposto de harmônico), porém pode se expressar de maneira mais suave e branda (oposto de objetivo, na dimensão comportamental).

VISÃO RASA DO SER HUMANO

Limitar o entendimento de uma pessoa à leitura de um gráfico aumenta as chances de que suas sessões de orientação com base em um gráfico DISC sejam baseadas em achismos ou adivinhações, sem qualquer fundamentação técnica. Toda ferramenta de assessment possui os seus limites, ou seja, não irá responder a todas as perguntas relativas à pessoa analisada. Saber os fundamentos e o propósito de uma ferramenta contribuirá para saber quais são esses limites.

DECISÕES PRECIPITADAS

Tomar decisões de contratação, promoção ou demissão apenas com base no gráfico DISC abrirá as portas para as decisões erradas. O que uma pessoa entrega como resultado é derivado de uma série de variáveis, as quais ainda podem ter diferentes pesos em uma decisão, conforme o contexto. Em outras palavras, além de um gráfico DISC ter limites no que se refere à compreensão de quem é uma pessoa, esse gráfico pode ter mais ou menos importância em uma decisão, dependendo da situação.

QUERER MUDAR O GRÁFICO NATURAL

Querer mudar o gráfico DISC natural de uma pessoa, ao invés de ensiná-la a exibir comportamentos que não são naturais a ela, pode mais prejudicar do que ajudar uma pessoa. O objetivo não deveria ser mudar a pessoa, mas sim contribuir para que ela se conheça, se aceite, se ame para então adicionar o que falta e possa ser relevante aprender. O foco não deveria ser mudar a pessoa, mas sim acrescentando habilidades, preservando o que a pessoa já tem.

Todos nós, em maior ou menor grau, lidamos com pessoas, seja com familiares, amigos ou companheiros de trabalho; dessa forma, entender de gente deveria ser imprescindível para todos, para o bem de cada um de nós. Essa é uma viagem com algumas certezas: de que vale iniciar, de que devemos dar um passo por vez e de que não há um momento para terminar.

Até a próxima!

Gostou do artigo? Quer saber mais sobre o uso das ferramentas de análises comportamentais e como usar corretamente o DISC? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Alexandre Ribas
https://www.linkedin.com/in/perfilalexandreribas/

Confira também: 10 Cuidados para o Correto Uso do DISC (parte I de II)

 

Alexandre Ribas começou a trabalhar com consultoria e treinamento há mais de 20 anos. Atualmente é presidente da TTI Success Insights Brasil e membro do Advisory Council da TTI Success Insights, nos EUA, empresa presente em mais de 100 países. Possui uma vasta rede de contatos, com consultores e coaches bem-sucedidos, em diversos países. No Brasil, através da TTI Success Insights, atende mais de 200 consultores, coaches, palestrantes, treinadores e head hunters, por ano. Também pratica consultoria, através da sua empresa Venko Consulting, a qual teve início em 2002. Empreendedor desde 1998, atualmente possui cinco empresas em atividade. Sua formação acadêmica passa pela Universidade Mackenzie, UFPR, FIA-USP e Harvard. Também possui diversos cursos de formação em Coaching, PNL e desenvolvimento de pessoas. Foi o primeiro brasileiro a obter a formação completa, em turmas abertas, pela então ASTD, em HPI – Certificate in Human Performance Improvement. Possui três livros publicados, sendo eles “Manual Definitivo DISC”, “DISC – tudo o que você precisa saber, mesmo” e “Manual Definitivo Motivadores”. Escreve artigos desde 1998.
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