2025: Transformações Globais e Oportunidades para um Futuro Sustentável
2025 chegou e com ele, ansiedade, dúvida e questionamentos: E se conseguíssemos transformar esse novo ano em acesso para um futuro diferente daquele que todas as projeções apresentam?
Eu sei, é difícil, temos cenários que já são praticamente irreversíveis, mas qual é a alternativa? Deixar de sonhar e de lutar por um futuro melhor? Não, não acredito nisso. Acredito em continuar as batalhas que já estamos travando – e que não são poucas – e entrar em outras, que também merecem a nossa atenção.
Em 2024 foi editado a 19ª. edição do The Global Risks – Report 2024 do Fórum Econômico Mundial, que aponta os grandes riscos que temos pela frente: Eventos Climáticos Extremos, A Desinformação gerada pela IA, e a Polarização Social e/ou Política.
Nada vai impactar mais a economia e a sociedade em geral do que esses riscos, já pensou nisso? Em compensação estamos falando pouco sobre isso, seja porque alguns realmente não se importam ou porque outros acham que já não há mais nada a fazer.
Eu escolho o otimismo. Um otimismo realista, que fique bem claro, porque sei ou pelo menos tenho ideia do tamanho das dificuldades, mas também acredito que temos as ferramentas e o conhecimento para construir um futuro mais inclusivo, resiliente e inovador.
Vamos explorar um pouco mais: Nada é mais urgente do que a questão dos Eventos Climáticos Extremos e a oportunidade para a sustentabilidade? Claro, para mim, mais que oportunidades, são necessidades absolutas, mas talvez, com o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, as organizações finalmente se conscientizem da urgência em integrar a sustentabilidade em suas operações.
Em 2025, a adoção de tecnologias verdes, como energia renovável e soluções de economia circular, precisa acelerar.
Empresas podem liderar iniciativas que vão além da redução de emissões, como projetos de restauração ambiental e educação comunitária, práticas que não apenas mitigarão riscos, mas também criarão novos mercados e empregos em setores sustentáveis.
Só para dar um exemplo, está aumentando o número de empresas que trabalham com a reciclagem total do lixo eletrônico. Um notebook, por exemplo, é desmontado e todos os seus componentes, plástico, metal, metais nobres, como ouro e prata, presentes nas placas são reaproveitados. É uma ação que além de ajudar o meio ambiente, também gera empregos.
A Diversidade e Inclusão precisa ir além do discurso.
E sim, eu sei do movimento contrário que grandes empresas estão adotando, especialmente nos Estados Unidos. Mas Diversidade e inclusão não são apenas pautas sociais; são vantagens competitivas, são saídas para uma cultura mais inovadora. Estudos mostram que equipes diversas tomam decisões melhores e inovam mais.
Em 2025, seria ótimo ver empresas terem esse entendimento, intensificando seus compromissos com a equidade, indo além de metas numéricas para criar ambientes verdadeiramente inclusivos, com iniciativas de mentorias cruzadas, programas de desenvolvimento para grupos subrepresentados e políticas de remuneração justa sendo os pilares dessa transformação. O impacto positivo inclui maior retenção de talentos e uma conexão mais forte com consumidores que valorizam a responsabilidade social.
O impacto das novas tecnologias e a Inteligência Artificial vão continuar a transformar o mercado de trabalho.
A IA vai continuar a redefinir processos e modelos de negócio, mas em 2025 podemos focar no uso responsável e ético dessa tecnologia. Essas ferramentas vão ser importantes para personalização de experiências do cliente, previsão de demandas e automação de tarefas repetitivas.
No entanto, o maior valor será em liberar os humanos para tarefas criativas e estratégicas. É essa integração que pode fazer a diferença. Empresas que investem na requalificação de seus colaboradores garantirão uma transição mais suave, transformando o receio da substituição por máquinas em uma colaboração produtiva entre humanos e IA.
E aí, até como resultado dessa integração, teremos o impacto nos modelos de trabalho, onde a flexibilidade precisará ser o fator principal.
A pandemia redefiniu o trabalho e modelos híbridos e remotos se tornaram uma realidade, mas temos visto um movimento de regresso aos modelos 100% presenciais, liderados por alguns dos empresários que são referência para muitos.
O que se pode dizer é que esse movimento contraria muitos estudos que apontam ganho de produtividade em modelos híbridos. E sem contar que tirar de casa alguém que se acostumou às vantagens de trabalhar sem ter que enfrentar o trânsito, é garantia de insatisfação. Aqueles que podem, optam por empresas flexíveis. E esses, normalmente, são os maiores talentos.
Líderes bem-sucedidos serão aqueles que promovem uma cultura de pertencimento, independentemente da localização de seus times.
O design de espaços de trabalho flexíveis e a busca por bem-estar corporativo estarão no centro dessas estratégias. Mas ainda estamos no meio desse processo, o que exige inovações em gestão de equipes e ferramentas de colaboração. Além de investimento em pesquisas também, que possam fornecer dados cada vez mais concretos sobre a eficiência de cada modelo.
Por fim, temos um desafio global, mas que em cada lugar é percebido com as suas características locais: a polarização da sociedade.
Opiniões, sejam elas sobre o que for, têm criado abismos entre pessoas. Mas e se, para diminuir as distâncias, as empresas agissem como pontes? Seria muito utópico pensar nelas exercendo esse papel, atuando como agentes de união, promovendo diálogos construtivos e campanhas educativas?
Talvez, mas mesmo empresas que adotem posturas neutras, mas proativas, podem ajudar a construir pontes ao oferecer espaços para debates respeitosos e ao apoiar iniciativas comunitárias. Como bônus, essa abordagem fortalece a reputação corporativa e demonstra liderança consciente.
Como todos os anos, 2025 reserva oportunidades únicas para aqueles dispostos a inovar e se adaptar. Mas e se dessa vez nós abraçarmos a mudança com coragem, investindo em soluções que beneficiem tanto as empresas quanto a sociedade?
Um novo tempo está começando e podemos sonhar e trabalhar para transformar esse sonho em realidade.
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Quer saber mais sobre como as empresas podem atuar como agentes de transformação em meio aos desafios globais de 2025, como sustentabilidade, diversidade e inteligência artificial? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.
Marco Ornellas
https://www.ornellas.com.br/
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