O que a Alemanha, os Estados Unidos e a Rússia têm para nos ensinar sobre a nossa personalidade?
Mudar o mundo pode ser visto de diferentes perspectivas, de uma forma nobre, idílica ou até mesmo egoísta. Mas ninguém contesta a sua intenção. Neste artigo vou debater só pela sua forma.
O Eneagrama estuda 9 perfis de personalidade, as suas formas de pensar, sentir e agir. E nesse sentido também 9 formas de transformar o mundo. Que mais não seja o nosso próprio mundo e dos que nos são mais próximos. Eu habitualmente digo que a Vida já era digna de nos ter sido concedida se conseguirmos mudar o nosso mundo e o que nos faz fronteira.
Muitas vezes calha em esquecimento quando se estuda os 9 perfis de personalidade, segundo o Eneagrama as 3 grandes energias que sustentam cada uma das formas de ver o Mundo.
No Eneagrama das personalidades há 3 grandes formas de ver o mundo e consequentemente de o transformar. Nós temos três grandes grupos que são os Mentais, os Emocionais e os Instintivos.
Desde sempre, com particular aproveitamento do mundo empresarial se valorizou pessoas com elevada capacidade mental. Essas pessoas fazem prevalecer as suas capacidades de lógica e planeamento. Na verdade, a sua energia base é alimentada pela dúvida. Essa dúvida é o grande combustível da necessidade de antecipação, por forma a garantir a sua segurança. O mundo, interior e exterior conquista-se pela antecipação de cenários e pela garantia de que tudo é previsto e seguro. O Medo é aqui a grande ameaça que faz mudar o mundo. No contexto mundial esse é o papel tantas vezes interpretado pela Alemanha.
Por outro lado, temos um outro grande mundo que são os emocionais. Em meados dos anos 80 as corporações norte-americanas confrontavam-se com o dilema de que pessoas que não tinham um elevado QI (Quociente de Intelectual) mostravam ter sucesso no mundo empresarial e de elevadas capacidades de empreender. A sua inquietação veio sustentar os estudos sobre na época os psicólogos e neurologistas estudavam da existência sustentada de uma Inteligência Emocional. Essa inteligência permitia aos seus detentores usar capacidades de motivação e envolvimento incomparáveis quando medidos com os das pessoas com elevado QI.
Na verdade, as pessoas com maior Inteligência Emocional (QE) conseguiam mais facilmente motivar, envolver e fazer com que outras pessoas conseguissem atingir novos patamares de performance, quando sobre seu comando. Uma nova era da liderança foi “validada”. Quando bem utilizada ela é motivadora, quando mal utilizada ela é manipuladora. A influência é a grande ameaça que faz mudar o mundo mudar. Os Estados Unidos e a sua forma de influência usam aqui a maior arma perante um mundo que não controlam, mas que influenciam de forma determinada.
Por último, ainda não muito conscientemente, aceita no mundo corporativo temos uma inteligência bem mais comum do que possamos imaginar. A Energia Instintiva. O mundo moderno ainda não lhe atribuiu uma sigla, mas poderíamos assumir que no futuro se poderá definir como (QK). Na verdade, essa energia faz prevalecer a ação perante o planeamento ou mesmo a influência. Todos nós usamos estas três energias no nosso dia a dia, ou até mesmo em nossas decisões.
O que questiono é, no seu caso, qual delas é soberana sobre as demais? Claramente e no caso dos instintivos é como se fossem dotados de um sentimento de certeza que faz agir como um impulso, como se essa certeza permitisse diminuir os demais restantes sentidos (mental e emocional). Várias regiões do mundo se têm assumido com esta energia dominante, ainda assim e, para o exemplo de influência mundial, poderemos considerar a Rússia e a sua forma de agir na política internacional como um bom exemplo na sua visão de “transformar” o mundo através da ação.
Como curiosidade assistimos nos dias de hoje a um presidente norte-americano, Trump (ver artigo da Cloud Coaching: “Todo o tipo 8 é como Donald Trump?”), com uma energia instintiva. O que pode prever desenvolvimentos “interessantes” de análise internacional sobre a sua ligação com o seu próprio povo, mais emocional, e com uma nação eterna rival, semelhante a si, mais instintiva. Costuma-se dizer que instinto reconhece o seu instinto… veremos.
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