A resiliência é uma importante habilidade de vida, que nos ajuda a enfrentar os desafios e nos possibilita uma rápida recuperação frente às situações adversas. Pessoas com um comportamento resiliente são mais capazes de perseverar mesmo diante de situações difíceis e frustrantes.
Em meu capítulo: “Criando filhos resilientes para que floresçam nas adversidades”, no livro recém-lançado: Coaching para pais vol. II, falo como os pais podem ensinar aos filhos este atributo tão necessário nos dias atuais.
Uma das preocupações com as novas gerações, é que estão se tornando cada vez mais frágeis e vulneráveis ao passar por decepções, frustrações ou quando precisam lidar com situações difíceis. Como pais, cabe a nós ajudá-los a desenvolver a musculatura necessária para passar pelas dificuldades e transformar as experiências negativas em aprendizados.
Precisamos ajudar nossos filhos a se adaptarem a diversas situações, a lidar com os riscos, a não terem medo de falhar e a ter determinação para que, mesmo enfrentando alguns obstáculos no caminho, consigam encontrar a força necessária para seguir adiante e perseverar.
Nossas crenças se desenvolvem por meio dos relacionamentos e das experiências que vivenciamos. Cada um de nós possui características e crenças que nos fazem enxergar o mundo e os desafios de forma particular. Podemos ter uma percepção diferente sobre uma mesma situação adversa.
Pessoas que possuem autoconhecimento, conseguem gerenciar melhor suas emoções, são mais autônomas e autoconfiantes. Não ficam tão suscetíveis a aprovação, recompensas e elogios. Possuem autocontrole, não são tão imediatistas, sendo mais determinadas e capazes de aguardar por resultados a longo prazo.
A resiliência se desenvolve por meio de um processo de aprendizagem. O comportamento resiliente pode ser aprendido, praticado e ensinado. Mas de que forma podemos ajudar nossos filhos a se tornarem mais resilientes?
- Estabelecer uma relação segura e acolhedora desde o nascimento;
- Ser seu melhor exemplo;
- Respeitar sua essência e não criar expectativas baseadas em nossas idealizações;
- Ensiná-los que é natural cometer erros e que podemos aprender com eles;
- Não criar expectativas de perfeição – não existem pais ou filhos perfeitos;
- No lugar de evitar que nossos filhos fracassem, devemos ensiná-los a lidar com os erros e aprender com as consequências das próprias ações;
- Em vez de nutrir o sentimento de culpa, devemos desenvolver maior conexão com eles;
- Ajudá-los a desenvolver uma mentalidade positiva.
O elo que construímos com nossos filhos desde o nascimento é o que definirá sua segurança, seu senso de autovalor e pertencimento. Irá influenciar suas crenças acerca da vida, de seus relacionamentos e de si próprios.
Além de amor, acolhimento, respeito e conexão, como pais, também precisamos ensinar habilidades de vida, discipliná-los de forma consistente, transmitindo regras e valores que desejamos que eles aprendam.
Ao invés de tentarmos eliminar os fracassos e decepções, devemos encorajá-los a lidar com eles através de uma mentalidade positiva. Ao proporcionarmos aos nossos filhos a oportunidade de superarem os seus desafios, eles serão capazes de encontrar seus próprios recursos para explorar seu universo com autonomia e coragem.
Danielle Gomes
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