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8 Tipos de Mesada e Como as Crianças podem Aprender Educação Financeira com elas

Descubra como 8 tipos de mesada podem ensinar educação financeira de forma prática, divertida e significativa, ajudando crianças a desenvolver responsabilidade, propósito, inteligência emocional e hábitos saudáveis com o dinheiro.

8 Tipos de Mesada e Como as Crianças podem Aprender Educação Financeira com elas

8 Tipos de Mesada e Como as Crianças podem Aprender Educação Financeira com elas

A educação financeira, muitas vezes negligenciada no ambiente familiar, é uma ferramenta poderosa para preparar as novas gerações para um futuro financeiro equilibrado e consciente. Tradicionalmente, a mesada tem sido um recurso utilizado por pais e responsáveis para introduzir as crianças no universo do dinheiro. Contudo, a maneira como ela é administrada pode fazer toda a diferença no desenvolvimento de habilidades financeiras essenciais.

Eu defino a mesada como a entrega periódica de uma quantia, em dinheiro ou não, que uma pessoa doa para outra. Porém, para que ela seja realmente educativa, devemos usá-la de maneira estratégica. A mesada pode ensinar valores essenciais, como planejamento, responsabilidade e consumo consciente, ajudando as crianças a desenvolverem uma compreensão sólida do valor do dinheiro.

Ressalto que a mesada permite que os jovens experimentem, de maneira controlada, o mundo financeiro, cometendo erros que, por sua vez, servem de aprendizado. Ao dar uma quantia fixa aos filhos, os pais possibilitam que eles enfrentem a realidade das finanças pessoais, compreendendo, desde cedo, a importância de tomar decisões responsáveis sobre o dinheiro.


Modelos de mesada que podem acontecer


1. Mesada Voluntária:

Em muitos lares, os pais começam a oferecer uma quantia de dinheiro esporádica às crianças, geralmente entre os 2 e 3 anos de idade. Esse gesto inicial, ainda que informal, estabelece o primeiro contato das crianças com o conceito de dinheiro e seu valor. Embora essa prática seja comum e funcione como uma introdução, ela precisa ser estruturada à medida que a criança cresce.


2. Mesada Financeira:

A transição para um sistema de mesada mais estruturado acontece quando a criança passa a receber uma quantia fixa mensal. Este modelo visa ensinar como planejar o uso do dinheiro, dividindo-o entre consumo imediato e a realização de objetivos de médio e longo prazo. Para isso, é fundamental que os pais façam um diagnóstico das despesas da família para determinar o valor apropriado e orientar seus filhos sobre a importância de poupar e definir prioridades.


3. Mesada de Terceiros:

Quando familiares, como avós, oferecem mesadas ou presentes em dinheiro, surge a dúvida sobre como esse montante deve ser alocado. Em vez de ser usado de forma impulsiva, como muitas vezes ocorre, é essencial que os pais ensinem as crianças a destinar parte do valor recebido para objetivos futuros. Essa prática não só educa sobre o uso de presentes financeiros, mas também fortalece o conceito de poupança.


4. Mesada Econômica:

Para famílias que enfrentam limitações financeiras, a mesada econômica surge como uma alternativa eficaz. Em vez de focar em dar uma quantia fixa, os pais podem ensinar as crianças a economizar por meio da conscientização sobre o desperdício de recursos cotidianos, como água, energia e alimentos. A redução de desperdícios se torna uma forma de gerar economia para alcançar objetivos mais valiosos.


5. Mesada Empreendedora:

Este tipo de mesada estimula as crianças a criarem suas próprias fontes de renda, incentivando a inovação e o empreendedorismo. Seja por meio de um pequeno negócio ou atividade criativa, como a venda de artesanato, essa prática permite que as crianças aprendam a gerar recursos de forma autossustentável. Além de ensinar o valor do trabalho, elas também desenvolvem a habilidade de administrar seus próprios ganhos.


6. Mesada Ecológica:

Em um mundo cada vez mais preocupado com questões ambientais, a mesada ecológica visa integrar a educação financeira com a preservação do meio ambiente. A ideia é que, ao ensinar as crianças sobre o impacto financeiro de ações cotidianas, como o desperdício de recursos naturais, elas possam adotar comportamentos mais sustentáveis e compreender que o uso consciente dos recursos pode gerar benefícios a longo prazo.


7. Mesada de Troca:

Inspirada na prática do escambo, a mesada de troca permite que as crianças participem de uma economia circular, trocando bens e serviços com amigos e familiares. Essa prática ensina sobre negociação e valor de mercado, além de incentivar a reutilização de produtos e reduzir o consumismo.


8. Mesada Social:

Por fim, a mesada social ensina a importância de compartilhar e ajudar ao próximo. Ela oferece uma oportunidade para as crianças compreenderem que o dinheiro pode ser usado não apenas para satisfazer necessidades próprias, mas também para contribuir com causas sociais e ajudar quem precisa.


Cada tipo de mesada descrito reflete diferentes aspectos da cultura familiar e das necessidades financeiras. Não importa se a família segue um modelo ocidental ou adota práticas inspiradas em outras culturas, o que importa é o aprendizado que a criança adquire com o uso do dinheiro. A mesada não deve ser apenas uma forma de distribuição de recursos, mas uma ferramenta poderosa para preparar as gerações mais jovens para um futuro financeiro saudável e equilibrado.

É importante que os pais e educadores compreendam o impacto de suas escolhas financeiras sobre os filhos, pois, além de ensinamentos práticos, eles também transmitem valores culturais e sociais que influenciam diretamente o comportamento financeiro futuro das crianças.

A educação financeira infantil não deve ser vista como uma obrigação, mas como uma oportunidade de ensinar a crianças e adolescentes como lidar com o dinheiro de maneira consciente e responsável. Ao implementar diferentes tipos de mesada, adaptados às necessidades de cada família, pais podem garantir que seus filhos cresçam com uma mentalidade financeira mais equilibrada, sabendo a importância de poupar, gastar de forma inteligente e, principalmente, tomar decisões financeiras com responsabilidade.

No futuro, os filhos poderão utilizar os ensinamentos de suas famílias para construir uma vida financeira mais segura e sustentável, o que contribuirá não apenas para o bem-estar individual, mas também para o fortalecimento da sociedade como um todo.


Gostou do artigo?

Quer saber mais sobre o tipo de mesada mais adequado para ensinar seu filho a lidar com o dinheiro de forma consciente e responsável? Então, entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder!

Um grande abraço,

Reinaldo Domingos
https://www.dsop.com.br

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Reinaldo Domingos está à frente do primeiro streaming de educação financeira DFlix e do canal Dinheiro à Vista. É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira e o livro Empreender Vitorioso.
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