O mundo evolui, novas tecnologias emergem a cada dia, o consumo é cada vez maior e o acesso aos bens de consumo mais e mais ao alcance de todos. A paleta de cores que há menos de meio século não tinha mais que sete cores básicas tem se multiplicado às centenas e milhares. Que digam as manicuras … os esmaltes deixaram de ser as cores palhas e vermelhas e, hoje, há de tudo: translúcidos, metálicos, decorados, e as unhas… postiças, de gel, de porcelana, de silicone…Mas, a maioria das pessoas ainda querem se casar. E, a grande maioria dos brasileiros, quer ter seu próprio negócio.
Até 1977, o regime de comunhão civil, que era só de comunhão universal, incorporou novas opções como comunhão parcial, união estável e os casais podem ser homem e mulher ou relações homo afetivas. Porém, o sonho de Cinderela continua vivo no inconsciente coletivo das meninas e mulheres brasileiras. E como é bom poder realizar um grande sonho … Mas, depois é preciso acordar e encarar a realidade. E a realidade envolve o dia a dia de atividades que persigam um sonho comum, que é o de uma vida longa com o nosso parceiro ou parceira, na construção de um patrimônio. Afinal, nos casamos com o desejo de vivermos felizes para sempre. Mas, o sucesso parece estar com aqueles que juntos encaram e enfrentam as dificuldades num processo contínuo de mudança e aprendizado. No livro, Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, o autor Gustavo Cerbasi, ressalta a importância do planejamento financeiro num casamento bem-sucedido.
E o que tudo isso tem a ver com empreendedorismo? As empresas também, assim como alguns casamentos, morrem antes de completar o primeiro ano ou os cinco primeiros, por falta de um bom planejamento. Qual o segredo do sucesso das empresas e casamentos de vida longa?
Até o dia 19/12/2009, quando foi criado o Empreendedor Individual, toda empresa só poderia ser criada se houvesse, pelo menos 2 pessoas, ou seja, assim como no casamento deveria ser criada uma sociedade. Normalmente, essas 2 pessoas se encontram, há um interesse de uma pela outra, elas começam a “namorar” e um dia decidem se unir. A sociedade é constituída porque um completa o outro nas suas “carências”, seja financeira, seja de competências técnicas, pessoais ou relacionais. É comum que uma pessoa muito boa tecnicamente, busque um parceiro/parceira que tenha um perfil mais comercial para alavancar o negócio e assim por diante.
O sucesso então, me parece, começa a ser traçado desde o inicio. É necessário que haja entrosamento, afinidade e diálogo. O inicio do namoro é o momento para as pessoas se conhecerem e quando há o desejo de oficializarem uma união é necessário partir para a fase do planejamento, de definir qual será o “regime” civil dessa união e qual o percentual de cada um. É aí que as duas pessoas devem discutir quando irão abrir o negocio (casar), quem serão os clientes (convidados), qual a localização (sua nova casa), quais os custos, quais as responsabilidades de cada um, qual o tamanho da empresa (número de filhos).
Em seguida, é importante que seja feito o planejamento estratégico da empresa (do casal e da família). Construir juntos a missão (o que queremos construir juntos, para quem e porquê), a visão (aonde queremos chegar e o que queremos possuir e adquirir e em qual prazo, como queremos ser vistos quando chegarmos ao fim de nossas vidas, quais são nossas aspirações), e os valores (no que realmente acreditamos e não devemos abrir mão; como passamos estes valores para nossos colaboradores/filhos).
Os sócios/o casal precisam então fazer o planejamento financeiro. Saber quais são as fontes de receita, suas despesas, como e quando irão investir. Se vão precisar de recursos de terceiros e onde vão buscar: empréstimos com familiares, empréstimos bancários, linhas de financiamento. Discutir conjuntamente as decisões e gerenciar os riscos são um saudável hábito para casais ou sócios de uma empresa. Em ambos os casos, a cumplicidade e o foco ajuntam substancialmente na consolidação da união.
Empreender é também, e talvez principalmente, gerar riqueza com valor e inovação. No casamento, assim como numa empresa, é preciso que essas duas pessoas cresçam, construam um patrimônio e inovem. Ah!!!! Inovem sempre. Que sejam criativos e implementem novas ideias de tempos em tempos. De olho na concorrência, é claro. Porque se você não inovar, seu concorrente certamente o fará.
Finalmente, o empreendedor, seja nos negócios, seja no casamento, deve ser uma pessoa que corre riscos calculados, que enfrenta os desafios, que cuida de sua imagem, que se atualiza e, acima de tudo, que é persistente, e até obstinado, e tente vencer todos os obstáculos sempre com muita determinação, paciência, respeito pelo outro e muito, muito amor.
Participe da Conversa