Você acha que já chegamos no ápice da era tecnológica ou digital ou pós-industrial e que muito pouco pode ser inventado, criado, lançado no mercado? Ou é daqueles, que como eu, não sabe bem o que ainda pode lhe surpreender em termos de tecnologia, mas percebe que a era tecnológica e a era digital transformaram as sociedades mundo afora e há uma outra demanda nos ambientes corporativos e até familiares?
Do que exatamente estou falando? Da era pós-digital ou pós-industrial e da nova era, que é a era da Humanização, e, naturalmente, do Feminino. Há alguns anos, uso sempre em minhas palestras um vídeo da Johnny Walker, intitulado Androide, que me toca muito porque é um Androide que sonha em Ser Humano.
Link original: https://www.youtube.com/watch?v=I1N0D_uC3k0
Ao final do vídeo, o Androide diz: “Eu posso alcançar a imortalidade, basta não me desgastar. Você também pode alcançar a imortalidade. Basta fazer uma coisa notável”. Portanto, se você não é um dos raros gênios da humanidade, o que pode fazer que seja notável na sua vida e na vida de pelo menos mais uma pessoa? Qual é o seu legado? Como as pessoas se lembrarão de você?
A tecnologia da informação nos “empanzina” de conteúdo. O tempo é cada vez mais curto porque a velocidade com que tudo chega a qualquer lugar é absurdamente rápida. Vivemos um momento em que praticamente todos os serviços podem ou poderão ser substituídos por máquinas. Já fazemos reclamações nos serviços SACs para máquinas, pagamos estacionamento para máquinas, compramos carros sem precisar ir na concessionária, podemos ser submetidos a cirurgias à distância e uma máquina faz praticamente todos os procedimentos de um médico. Em países mais desenvolvidos, todas as compras de supermercado são feitas numa máquina e há até processos de divórcios amigáveis sendo feitos totalmente por uma máquina. Até namoros e sexo são feitos com apenas um celular na mão. Em contrapartida, os consultórios de psicólogos, psiquiatras, coaches, terapeutas, yoguis, etc. estão lotados. As pessoas estão cada vez mais deprimidas, ansiosas, angustiadas, solitárias e carentes de amor, cuidado e atenção.
Então, o que estou querendo levar você a refletir comigo é: estamos chegando na saturação das relações mecanicistas e os grandes conflitos humanos serão os emocionais e existenciais? Se a minha empresa ou o serviço que presto está tão robotizado quanto o do meu concorrente, qual será o meu grande diferencial? Eu, por exemplo, que sou professora de inglês, vou continuar a ser contratada se há inúmeros aplicativos que também ensinam inglês? Qual o meu diferencial, que não o humano? Dar aulas de inglês vai muito além de transferência de conteúdo. Entender as crenças, as ansiedades, os desejos, as inteligências, os traumas, os valores, os objetivos de meu aluno e ajudá-lo a enfrentar seus desafios são a verdadeira chave do sucesso do seu aprendizado.
Estamos vivendo uma era em que as pessoas desejam e pagam por um serviço ou profissional que lhes entenda e lhes faça sentir únicas, bem cuidadas, valorizadas, aceitas. E não importa se estamos falando de clientes interno ou externo. Os colaboradores de uma empresa, assim como os consumidores, têm a mesma demanda. Eles também quando se sentem únicos, cuidados, valorizados, aceitos geram “receita” e lucro para a instituição. Neste aspecto, é urgente que estejamos atentos para nos adaptarmos à essa era que exige que sejamos mais Humanos.
E o que exatamente é ser Humano? E o que isso tem a ver com o Feminino? Ser humano exige de nós que desenvolvamos habilidades e características que nos são únicas e próprias como empatia, resiliência, humildade, estética, intuição… que são predominantemente do feminino. O feminino que segundo o psicólogo, Carl Gustav Jung, não está presente somente na Mulher, mas que no homem é o componente da sua psique, é o Anima, a alma feminina. Nesta perspectiva, o Coaching é um grande aliado no que diz respeito ao desenvolvimento de pessoas e no despertar humanístico através do autoconhecimento, do reconhecimento de talentos, das práticas de empatia e um novo olhar ao outro e às diferenças, agregando valor e potencializando competências.
O futuro já pode ser vivido hoje quando estivermos atentos às pessoas, quando nos preocuparmos verdadeiramente com o bem-estar das pessoas, quando entendermos que pessoas felizes, valorizadas, realizadas são o grande e maior ativo de qualquer empresa e de qualquer sociedade. Portanto, o gestor/a gestora de sucesso é e será aquele preocupado(a) em investir no seu capital humano.
“E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que este.” (Marcos 12:31)
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