Trabalhar em TI normalmente nos faz querer antecipar tendências, soluções e tudo o que for possível para estar sempre à frente dos problemas e ser requisitado pelas empresas.
Olhando pelo lado da profissão em si, isso acaba sendo uma característica legal, pois, de certa forma, faz com que os profissionais estejam sempre com as possíveis soluções dos problemas na palma das suas mãos.
Essa busca pelo resultado cria formas de pensar que antecipam os problemas por meio da criação de árvores de possibilidades e controles mentais que, no final, geram stress, ansiedade e uma carga emocional bastante densa e pesada nas pessoas.
Ao atingirem esse estado de pressão (e auto cobrança elevada), muitos profissionais de TI procuram o Coaching como válvula de escape e possibilidade de mudança de vida e até carreira.
Mas, ao lidarmos com geradores de soluções que estão acostumados a antever problemas, nós, como Coaches, devemos estar atentos a estes jogos mentais que buscam uma solução pela solução e não pelo real sentimento de busca pelo autoconhecimento. Eles podem esconder, por trás da agilidade e praticidade de uma solução rápida, uma pessoa que age por instinto e pelo costume do dia a dia, pulando de problema em problema e de solução em solução. Isso afeta diretamente o resultado do Coaching pois seria como querer o seu resultado (do Coaching) antes mesmo de tê-lo. Devemos estar atentos a isso.
Assim, o rapport cuidadoso e carinhoso deve estar verdadeiramente presente nas sessões de Coaching para que a pessoa real que seu Coachee é também esteja ali, e para que ele atinja em cheio a transformação para melhor ele tanto deseja e merece. É nosso trabalho estarmos conscientes e abertos ao desenvolvimento do nosso próximo para que ele fique à vontade e tenha o melhor de si na sua autoanálise.
Como fazer isso?
A resposta mora em cada um de nós. Ser Coach também é se autodescobrir constantemente. Que bom! 😉
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