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Um incrível debate em Coaching?!

Uma dúvida muito comum entre os Coaches, sejam novos ou já mais rodados na profissão: “Quanto devo cobrar?”. A disparidade confunde não só os profissionais, porém ainda mais os clientes, que não sabem relacionar custo e valor recebido.

No início deste ano, a ICF – International Coaching Federation publicou, em seu blog, um interessante artigo escrito por Lil LeBlanc, uma profissional altamente experiente em Recursos Humanos e líder na aplicação de Coaching para atividades internas do Baptist Health South Florida. Ela é formada em Economia pelo Boston State College, concluiu pós-graduação na Universidade de Massachusetts e, depois, obteve a certificação profissional em Coaching pela Universidade de Miami.

Em tom bem-humorado, ela comenta que parece haver um elefante esquisito em cada sala cheia de Coaches, sejam novos ou já mais rodados na profissão. O nome do elefante é “Quanto devo cobrar?”. A disparidade em taxas de serviço em Coaching confunde não só os profissionais, porém ainda mais os clientes, que não sabem relacionar custo e valor recebido. O artigo pretende explorar o assunto e sugerir alguns pontos de reflexão:

  1. Coaching ainda é mal compreendido, apesar de certos segmentos da sociedade incorporá-lo em suas operações cotidianas. A pessoa “média” que caminha a seu lado na rua, muitas vezes pensará no Coach em termos de esportes, nas artes ou como forma de consultoria. Portanto, a comunidade toda interessada em Coaching deveria promover continuada sensibilização do público em geral, como forma de acelerar a compreensão do que o Coaching é, e o que não é.
  2. Coaching remete a uma profissão com praticamente nenhuma barreira à entrada. Qualquer um pode chamar alguém, ou até mesmo se autoproclamar, um “Coach”. Não há nenhuma licença ou regulação necessária, inexiste exigência educacional. Qualquer um pode entrar no negócio de Coaching, simplesmente afirmando, “Ei, eu sou um Coach!”. A solução é a de promover a preferência a profissionais qualificados, com formação prática e teórica. Seria produtivo que instituições respeitadas introduzissem formas de credenciamento profissional para que se enfrentasse com mais clareza o debate sobre o custo-benefício.
  3. A formação em Coaching é bastante variada. Embora nenhum treinamento seja necessário para alguém ser chamado de Coach, há muitos programas de preparação técnica. Alguns nem chegam a um dia, enquanto outros são programas universitários intensivos e com requisitos rigorosos para a conclusão bem-sucedida. Há também programas que ficam entre o primeiro e o segundo caso. Novamente, solucionar isso caberá às instituições mais respeitadas, pois expandir o conceito e permitir comparações não parece ser complicado.
  4. Coaching é um processo “comoditizado”. David Peterson, diretor de Coaching interno no Google, fez uma observação crítica no 2015 World Business e Executive Coaching Summit. Segundo ele, “uma comoditização” incrível de preços praticados ocorre no grupo médio de Coaches. Para os que são competentes, sempre haverá boa compressão sobre preços e/ou taxas. E quem não é estrela do show aceitará pressão descendente.

Enquanto isso, o grande debate continua. Quanto cobrar por serviços de Coaching? Talvez a resposta esteja tão perto quanto o próprio espelho. Dê uma boa olhada e se pergunte: “O que eu estaria disposto a pagar pelo valor que eu irei criar aos clientes?”. Em seguida, defina seu ritmo, organize-se e … comece a trabalhar!

Mario Divo Author
Mario Divo possui mais de meio século de atividade profissional ininterrupta. Tem grande experiência em ambientes acadêmicos, empresariais e até mesmo na área pública, seja no Brasil ou no exterior, estando agora dedicado à gestão avançada de negócios e de pessoas. Tem Doutorado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com foco em Gestão de Marcas Globais e tem Mestrado, também pela FGV, com foco nas Dimensões do Sucesso em Coaching (contexto brasileiro). Formação como Master Coach, Mentor e Adviser pelo Instituto Holos. Formação em Coach Executivo e de Negócios pela SBCoaching. Consultor credenciado no diagnóstico meet® (Modular Entreprise Evaluation Tool). Credenciado pela Spectrum Assessments para avaliações de perfil em inteligência emocional e axiologia de competências. Sócio-Diretor e CEO da MDM Assessoria em Negócios, desde 2001. Mentor e colaborador da plataforma Cloud Coaching, desde seu início. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Marketing & Negócios, ex-Diretor da Associação Brasileira de Anunciantes e ex-Conselheiro da Câmara Brasileira do Livro. Primeiro brasileiro a ingressar no Global Hall of Fame da Aiesec International, entidade presente em 2400 instituições de ensino superior, voltada ao desenvolvimento de jovens lideranças em todo o mundo.
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