Desenvolvido por Richard Bandler e John Grinder, o Metamodelo é um modelo que identifica padrões de linguagem problemáticos ou ambíguos. Ele identifica (através de perguntas esclarecedoras) distorções, omissões e generalizações comuns que, normalmente, confundem o significado original do que se pretende comunicar. Ele pode ser usado para reunir informações, esclarecer significados, identificar limitações e ampliar opções de escolha.
Veja alguns exemplos de generalizações, distorções e omissões na comunicação empresarial e como elas podem ser transformadas a partir do metamodelo de linguagem:
- “A equipe não fez o que precisava ser feito.”Esse é um exemplo de omissão e pode ser melhorado com uma pergunta que irá recuperar a informação omitida, como por exemplo: O que exatamente a equipe precisava fazer? E aí sim, detalhar os pontos que a equipe precisava fazer, como por exemplo: A equipe precisava entregar o relatório semanal de atividades, efetuar a compra dos materiais de produção e elaborar o manual de atendimento ao cliente.
Na comunicação acima, o comunicador poderia ter se perguntado antecipadamente o que a equipe deixou de fazer e só então formular a frase sobre especificamente os itens que o grupo precisava realizar.
Outro ponto importante a ser analisado é se realmente NENHUMA pessoa da equipe fez o que precisava ser feito. Esse tipo de pensamento pode causar muitas injustiças, pois alguém pode ter se esforçado e feito o seu melhor, porém como era um trabalho em equipe, seu esforço não foi identificado.
- “O cliente não está satisfeito com o nosso trabalho.”Essa é uma distorção onde a pessoa que diz a frase afirma saber que o que a outra pessoa está pensando ou sentindo. Pode até ser verdade, mas cabe aqui especificar com perguntas como: Como, especificamente, você sabe que o cliente não está satisfeito com o nosso trabalho?Assim como no outro exemplo o comunicador pode fazer essa pergunta para si mesmo antes de soltar a frase ao seu interlocutor e quando for comunicar a insatisfação do cliente pontuar exatamente o que o deixa insatisfeito.
- “A secretária nunca atende o telefone”
Esse é um exemplo de generalização. Essa situação pode ter ocorrido uma ou duas vezes e a pessoa generaliza. As generalizações costumam conter as palavras: sempre, tudo, todos, ninguém etc.
Aqui a situação pode ser resolvida com um contraexemplo: “Nunca?” ou “Já houve alguma vez que você ligou e a secretária atendeu o telefone?”
Existem diversos exemplos onde o metamodelo pode contribuir na melhora da comunicação empresarial, através dele é possível ter uma melhor compreensão do modelo de mundo de cada um dos envolvidos e obter desses a resposta certa para diferentes questões. Dentro do metamodelo é importante evitar os “porquês”, pois o objetivo não é justificar, mas sim entender melhor os processos, obter mais informações e compreensão.
Que tal prestar mais atenção na comunicação diária tornando-a muito mais clara e eficiente?
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