Acordou cansada, com vontade de ficar mais alguns minutos na cama. Tinha ido dormir mais tarde na noite passada, pois os pensamentos não paravam um segundo e o sono não vinha. Mas foi só lembrar-se da quantidade de coisas que precisava fazer que deu um salto da cama e saiu já atrasada para os compromissos.
Tomou um banho rápido, não secou os cabelos e mal se maquiou como era de costume. Engoliu o café e quase ignorou o bom-dia que o marido carinhosamente lhe deu. Claro que não teve tempo para sorrir para o cachorro que ficou abanando o rabo na porta.
Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas ao seu redor. Sua agenda estava completamente lotada. Era muito importante começar logo e resolver seus problemas.
Na hora do almoço comeu um sanduiche rápido com um doce na sequência. Dias estressantes assim estavam cada vez mais comuns e o doce trazia uma sensação de relaxamento momentânea, digamos que já estava virando um vício. Seu colesterol estava alto e com grandes chances de ganhar uma diabetes de presente. Precisava fazer um check-up. Mas o ano novo estava chegando, deixou para depois. Sentiu uma tontura enquanto almoçava, porém achou que era cansaço.
Terminado o “almoço”, voltou ao trabalho e logo tinha outra reunião importante. Desceu as escadas correndo e quando chegou ao carro sentiu novamente o mal-estar. Uma forte dor no peito seguido de falta de ar. O carro desapareceu… A claridade da rua, as luzes, tudo foi sumindo diante dos seus olhos. Ao mesmo tempo em que foi se passando cenas do filme da sua própria vida em câmera lenta e as indagações junto com os arrependimentos. Queria voltar ao tempo e viver, ter mais uma chance e fazer muita coisa diferente… Queria muito… Mas não tinha mais tempo…
E você? Como tem aproveitado o seu tempo e com que intensidade você tem escolhido viver?
Antigamente acreditava-se que a felicidade dependia basicamente dos desígnios dos deuses. E essa concepção da felicidade imperou durante muitos séculos e em diferentes culturas. Sócrates teve uma grande contribuição para mudar essa ideia através do seu método de questionamento e tomada de consciência. Ele tornou essa busca da felicidade uma tarefa de responsabilidade humana e não apenas divina.
Segundo Stefan Klein, filósofo e físico alemão, no livro “A Fórmula da Felicidade” diz que o ser humano pode treinar para ser feliz. Somos capazes de exercitar a nossa tendência natural para os sentimentos positivos da mesma forma como conseguimos aprender uma nova língua. Aprender a controlar os estados de humor negativos e a viver com intensidade os momentos alegres tem um impacto favorável nas diferentes dimensões da realização humana.
Portanto será que toda essa correria está valendo a pena ou este é o momento para cuidar um pouco melhor de si mesmo? E como está a sua saúde? Leve em consideração as horas de sono adequado, alimentação balanceada, prática regular de atividade física e momentos de paz e relaxamento.
Para ter uma vida saudável e equilibrada, não existe muito segredo. O organismo pede tão pouco. Precisamos conciliar essas quatro atividades e adaptá-las de maneira equilibrada na nossa vida. O que você tem feito para aumentar o seu nível de saúde e deixar ele lá no alto? O que você tem feito para visualizar as possibilidades existentes na sua vida capaz de mudar esse jogo? Perceba a chance que você tem, neste momento com a leitura deste artigo, e coloque na sua cabeça que você pode mudar! Podemos realizar mudanças positivas à medida que o tempo vai passando. Todos os dias, ao acordar, podemos desenvolver uma motivação positiva sincera pensando: “Vou utilizar este dia de um modo mais positivo. Eu não deveria desperdiçar justamente este dia.” E antes de dormir fazermos uma análise de como foi o dia e o que pode ser melhorado, fortalecendo os aspectos positivos da nossa mente.
Perguntaram ao Dalai Lama, Prêmio Nobel da Paz de 1989, sobre o que mais o surpreendia na humanidade e ele respondeu: “Os homens! Porque perdem a saúde para juntar dinheiro. Depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem-se do presente e de tal forma que acabam por não viver nem o presente, nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… E morrem como se nunca tivessem vivido”.
Esse é um bom momento para fazer uma pequena pausa, olhar para dentro de si e entender melhor o que está acontecendo. Essa tomada de consciência é necessária para que você visualize suas capacidades e possibilidades e, se aproprie da parte que lhe cabe na sua jornada: escolhas, decisões e ações.
Deixo aqui minha sugestão de terminar seu ano fazendo uma lista de tudo que você tem para agradecer. Confesso que comecei a fazer, porém não conseguir concluir, pois todo o dia penso em algo a mais para acrescentar. É incrível a quantidade de pessoas, momentos, aprendizados, conquistas, sentimentos, emoções que temos para agradecer e o sentimento de plenitude que fica após essa entrega. E hoje acrescentei mais um: a oportunidade de estar aqui compartilhando este texto com você. Deixo aqui registrada a minha gratidão. Feliz Ano Novo. Feliz Vida Nova!
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