Diariamente somos surpreendidos por problemas cotidianos e eventos estressantes que nos perturbam por muito tempo quando não utilizamos uma estratégia de enfrentamento adequada. Por vezes nos tornamos reféns de estados emocionais desconfortáveis como ansiedade, preocupação e até mesmo a raiva. Isso acontece porque costumamos superestimar a situação e subestimar nossa capacidade de enfrentar e buscar a solução. Ficamos rodando em círculos, gastando energia e nos sentindo impotentes quando não arranjamos ainda mais problemas.
Então, aprender a lidar com o estresse requer considerar 3 variáveis:
- Problema cotidiano ou evento importante;
- Avaliar e dar a melhor resposta emocional possível (evitar superestimar o problema);
- Aumentar a capacidade de enfrentamento (evitar subestimar a capacidade de enfrentamento).
A boa notícia é que podemos agir de forma mais estratégica e inteligente em diferentes áreas nos negócios, esportes e na vida quando aprendemos a:
- Avaliar a situação de estresse como um desafio ou oportunidade;
- Acreditar que somos capazes de lidar com a situação;
- Utilizar técnicas e recursos para Resolução do Problemas.
Certa vez, quando fui ao Rio de Janeiro para uma série de palestras, após uma semana intensa, no sábado por volta das 19h quando cheguei ao check-in da companhia aérea para os procedimentos de embarque de volta a São Paulo, o atendente informa: “Sra. o check-in já está fechado e não poderá mais embarcar nesse voo”. Instantaneamente sinto a carga de adrenalina em meu corpo, como um calafrio na espinha. Frações de segundos me colocam em estado de confusão, ansiedade e preocupação. É em momentos como esse que nossa capacidade de raciocinar acaba perdendo para a forte descarga emocional. Portanto, se não tivermos uma estratégia de enfrentamento adequada, quem vai mandar é o impulso emocional e isso não é nada bom.
Para Dr. Goleman, a maior autoridade em Inteligência Emocional, maturidade pode ser definida como o intervalo entre o impulso e a ação. Como assim? Diante de uma frustração como perder o voo, assistimos cenas de total descontrole e agressividade. Isso significa o quanto podemos ser regidos por impulsos e não pela razão. Em vão, porque não vamos mais embarcar naquele voo. Portanto, é preciso acionar a razão para que possamos agir de forma criativa, buscando alternativas para sair o mais rápido possível de situações estressantes como essa.
É incrível como podemos deixar que pequenos problemas nos tirem do sério e nos causem grandes desconfortos. Por isso, a primeira dica para lidar de forma mais estratégica e inteligente com os problemas cotidianos é usar o que costumo chamar de “Régua dos Problemas”. Vamos lá… De 0 a 10, que problema você considera que seja o mais difícil de ser enfrentado? Algumas pessoas pensam em problemas de saúde, perda de um ente querido… E você? Que problema considera ser o mais difícil em sua régua?
Quando usamos a técnica da “Régua dos Problemas”, onde a perda de um voo ficaria em sua avaliação?
Outra técnica que nos ajuda a aumentar nossa capacidade de enfrentamento e, diminuir a importância do problema, é pensar o que essa situação pode representar em nossas vidas em um ano? Será que daqui a um ano esse problema ainda vai significar algo? É importante lembrar também que grande parte de nossos problemas diários são temporários. Por isso, desenvolver habilidades de Resolução de Problemas é como ler as instruções para usar um extintor de incêndios diante das chamas. E cada problema de baixo, médio ou mesmo de alto impacto, é uma oportunidade de aprender a praticar as habilidades de Resolução de Problemas.
E por último e mais importante temos a técnica de Resolução de Problemas em 5 etapas, que tratei no meu artigo “AUTOGESTÃO: Quem controla sua mente?”
Cada problema é uma oportunidade para exercitarmos e encontramos a melhor solução! Pense nisso!!!
Em nossos Projetos, Palestras, Cursos e Sessões de Coaching utilizamos a técnica Resolução de Problemas para tornar nossas ações inteligentes e conseguir resultados, excelentes. Saiba mais
Referências bibliográficas:
- A Mente Vencendo o Humor, D.Greenberger e C.Padesky, Artmed, 1995;
- Estratégias Cognitivo-comportamentais de intervenção em situações de crise, F.Dattilio e A.Freeman, Artmed, 2004;
- Manual de Terapias Cognitivo-comportamentais, K.Dobson, Artmed, 2006.
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