No dia 01 de abril, lancei um desafio de 21 dias de autoconhecimento e autoestima para mulheres. Nestes 21 dias, desafio as mulheres a despertarem em si as virtudes das 7 deusas gregas que representam os arquétipos femininos.
Foi a médica e psiquiatra, Dra. Jean Shinoda Bolen, quem agrupou os 7 arquétipos femininos da mitologia grega em três categorias: As deusas virgens: Artemis, Atena e Héstia; as deusas vulneráveis: Hera, Demeter e Perséfone e a deusa alquimia ou transformadora que é Afrodite.
Na verdade, as deusas são a representação dos arquétipos femininos. O conceito de arquétipos surgiu em 1919 com o discípulo de Freud, Carl Gustav Jung. Segundo ele, os arquétipos são uma repetição progressiva de geração em geração. São crenças e comportamentos que armazenamos, o famoso Inconsciente Coletivo.
Os Arquétipos são fontes dos nossos padrões emocionais, de nossos pensamentos, sentimentos, instintos e comportamentos. Os arquétipos femininos estão muito ligados a tudo o que pensamos e como nos comportamos. As deusas gregas são a representação dos arquétipos femininos. O conceito de arquétipos surgiu em 1919 com o discípulo de Freud, Carl Gustav Jung. Segundo ele, os arquétipos são uma repetição progressiva de geração em geração. São crenças e comportamentos que armazenamos, o famoso Inconsciente Coletivo. À medida que conhecemos os arquétipos, conhecemos a nós mesmas.
O termo virgem nos arquétipos não está ligado à virgindade sexual. As deusas virgens têm como características serem mulheres independentes, que não pertencem ou são “impetráveis” ao homem, que não dependem da aprovação de um homem e se sentem meio que “autossuficientes”. Artemis e Atena são arquétipos de mulheres voltadas para o exterior e autorrealização. Já Hestia, voltada para o seu interior. Enquanto Artemis representa o corpo sempre em movimento, Atena a mente reflexiva, Héstia é o símbolo da introspecção e do coração, do que está no centro.
As deusas vulneráveis que são Hera, Demeter e Perséfone. Sao vulneráveis porque dependem de relacionamentos, estão e precisam estar ligadas a alguém. Hera representa a esposa, mulher muito ligada ao marido, ao companheiro. Demeter representa a mãe, extremamente ligada aos filhos. E Perséfone representa a filha ligada à mãe.
A deusa alquímia é Afrodite, a deusa do amor, e tem a consciência focada e receptiva. Alterna nas características e aquela que está ligada à beleza, atração erótica, sensualidade, sexualidade e vida nova. Afrodite á mulher que procura intensidade nos seus relacionamentos.
Hoje, quero sugerir que comecemos uma série de artigos, com o despertar de uma deusa por mês. Sugiro que comecemos com Atena que é filha de Zeus, o deus de todos os deuses, e não conheceu sua mãe, Métis. Segundo a mitologia grega, Atena nasceu da cabeça de Zeus e, por isso, já nasceu adulta. Atena é a deusa da sabedoria e das artes. É também o símbolo da guerra. Mas é uma mulher que luta com as armas da inteligência e da estratégia. As mulheres tipo Atenas são lógicas, estrategista, racionais, práticas, desinibidas, seguras, não se deixam levar por emoções e sentimentos.
O nosso cérebro possui dois hemisférios, o lado esquerdo, que bem a grosso modo, seria o que controla os pensamentos mais analíticos, mais racional, e o lado direito, o lado mais criativo, mais emocional. Somos pessoas saudáveis e inteiras. Portanto, temos um cérebro que tem estes dois lados que se completam. A primeira crença que devemos eliminar de nossas vidas é a de que mulher é emocional e homem é racional. Ambos, temos a capacidade de desenvolver as habilidades que quisermos.
Outra informação interessante é a de que o cérebro é responsável por todas as atividades que executamos no nosso corpo? Você sabia que antes de fazer qualquer movimento, em algumas frações de segundo o cérebro sabe qual será o movimento que você vai fazer? Um trabalho realizado em 2008, pelo psicólogo Benjamin Libet, em um experimento hoje considerado clássico, mostrou que uma região do cérebro envolvida em coordenar a atividade motora apresentava atividade elétrica uma fração de segundos antes dos voluntários tomarem uma decisão – no caso, apertar um botão. Estudos posteriores com voluntários corroboraram a tese de Libet, de que a atividade cerebral precede e determina uma escolha consciente. Isso quer dizer que se você tiver diante de um brigadeiro e de um bombom de morango, antes de escolher qual vai colocar na boca, o seu cérebro ja sabia qual você iria escolher.
Emoções e sentimentos são duas coisas diferentes. As emoções como medo, raiva, tristeza, alegria fazem parte da natureza humana e são essenciais até para a nossa sobrevivência. As emoções são inconscientes e involuntárias. Não podemos controlá-las. Se você vir o seu namorado ou marido beijando uma outra mulher, vai ficar com as pupilas dilatadas, sudorese, rubor na face, um aperto no coração… A partir dai, você pode sentir raiva, tristeza, nojo… Mas, o que você vai fazer com essas emoções e como vai transformá-las em sentimento é diferente. Você pode sentir uma vontade enorme de sair correndo, você pode sentir vontade de voar no pescoço daquele homem ou daquela mulher, você pode se aproximar elegantemente do casal e dizer elegante para o “bofe”: já vai tarde ou “quem gosta de carniça é urubu. Faça bom proveito, querida!”. Enfim, administrar nossos sentimentos e nossas ações é um processo de autoconhecimento, consciência e “inteligência” .
Eu vou te contar o que aconteceu comigo quando descobri que só tinha 5% da visão do olho direito causado por um descolamento de retina. Ao receber a noticia, fiquei obviamente triste e preocupada. Imediatamente, o médico disse que faria o mesmo exame no olho esquerdo. Ai, me disse que o olho estava muito saudável e a visão, ótima. Naquele momento, meu foco mudou completamente. Me senti feliz e grata demais por ter um olho saudável que me permite enxergar e realizar minhas atividades cotidianas sem dificuldades. Ou seja, ressignifiquei a minha realidade, ao meu ver com sabedoria. Entrei nessa guerra com um aliado que é o meu olho esquerdo saudável e lutei contra a revolta, a frustração, a tristeza que poderiam ter me abatido.
O nosso cérebro nos dá algumas frações de segundos para que possamos decidir como vamos agir. Por isso que sempre que vamos tomar uma decisão importante não devemos fazer por impulso. Se pararmos por um momento, respirarmos fundo e até interrompemos uma discussão para tomar uma água, muitas das nossas decisões seriam diferentes e mais acertadas.
O despertar de Atena é o despertar da consciência, da inteligência, da estratégia que nos ajuda a fazer as coisas com muito mais benefícios para nós mesmas. Bora despertar a Atena que ha em nós?
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