“Nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia….” Não faço ideia do que se passava na mente do compositor e cantor brasileiro Lulu Santos quando criou a canção “Como uma onda”, mas posso garantir que ela tem tudo a ver com os tempos de crise e incerteza que vivemos. As mudanças sociais, econômicas, políticas têm desencadeado um clima de incerteza numa proporção nunca vista antes. Ondas pequenas têm formado grandes Tsunamis. Antes de continuar, faço aqui duas perguntas instigantes:
- Você tem ideia de onde vão desaguar as carreiras tradicionais, os relacionamentos profissionais e os negócios daqui 5, 10 ou 15 anos?
- A sua atuação profissional, a sua carreira ou o seu negócio corre risco no contexto atual das inovações e mudanças aceleradas?
Estão aí questões para as quais não se encontram respostas seguras, mas que temos que pensar seriamente a respeito. Aliás, segurança é uma palavra cada vez mais fora do contexto atual. Mais que em qualquer outro tempo, temos que aprender, como malabaristas, a equilibrar diversos pratos ao mesmo tempo e lidar com as incertezas. Ao observar o cenário corporativo, tanto no Brasil, como no exterior, percebo que os anseios no mundo são semelhantes e as pessoas mais antenadas, dos mais variados segmentos econômicos – líderes, gestores, administradores e empreendedores – vêm se atentando à necessidade de reinventarem suas próprias competências e habilidades. Vou perguntar novamente: você consegue prever como estará a sua área de atuação profissional daqui alguns anos?
A ciência mostra que as mudanças constituem os seres vivos e aqueles que foram capazes de se adaptar garantiram longevidade à própria espécie. No que diz respeito à carreira profissional e à gestão de negócios, não tem sido diferente. Profissional com passado brilhante, mas sem atitudes inovadoras e ações criativas para o futuro, corre o risco de cair na teia do esquecimento. O movimento de mudança é irreversível e, cada vez mais, é necessário desenvolver competências e habilidades para encarar as adversidades.
Reclamar não vai mudar o rumo das coisas. Aliás, pode até piorar para o seu lado se essa for a sua opção. O negócio é agir de modo coerente, assertivo e consciente. O autoquestionamento ajuda muito nesse processo. Pense comigo e seja franco: as competências que você tem desenvolvido correspondem às necessidades do mundo moderno? Elas estão associadas ao seu repertório técnico para transformar ou manter-se um passo adiante na sua carreira e os seus negócios? Você está preparado para correr riscos?
Arriscar faz parte da composição do cenário atual. Os mais notáveis nomes que fizeram história não foram os que nunca se equivocaram, tampouco os que sempre ganharam, mas sim aqueles que foram capazes de enfrentar as adversidades para seguir adiante. É importante aprendermos a avançar em um propósito, independentemente das circunstâncias. Ao agir dessa maneira enfrentamos e superamos os medos, saímos da zona de conforto, e exercitamos nossas próprias competências. Encarar a adversidade é um desafio que nos fortalece e aumenta as chances de conquistas. Segundo o filósofo Horácio, “a adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.” Você já pensou sobre isso?
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