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O que é um Micro VC?

Apesar de altamente comentado nos dias de hoje, o Micro VC é um fenômeno relativamente recente no ecossistema de Venture Capital. E o que realmente diferencia ou o define das demais modalidades de investimento é justamente o estágio de investimento do negócio.

Os Micro VCs investem em startups que já receberam investimento anjo, mas que ainda não estão prontas para uma Série A.

Apesar de altamente comentado nos dias de hoje, o Micro VC é um fenômeno relativamente recente no ecossistema de Venture Capital. E o que realmente diferencia ou o define das demais modalidades de investimento é justamente o estágio de investimento do negócio. Aproximadamente 80% dos investimentos iniciais que microempresas de VC fazem são em empresas que ainda não receberam aporte “Series A”, enquanto VC tradicionais tendem a se concentrar em estágios mais maduros.

Sendo assim, podemos definir o Micro VC como empresas de Capital de Risco que investem dinheiro para apoiar startups em fase inicial com valores em estágio pré-seed e seed money. Diferente do investimento de risco “tradicional” o Micro (entre R$ 300 – 800 mil) é destinado a empresas que ainda têm de ganhar tração para atingir os próximos estágios. No Brasil a Bossa Nova Investimentos é um exemplo de Micro VC que tem se posicionado no mercado como referência justamente em função da sua atuação e seleção de startups com alto potencial de escalabilidade que precisam do aporte e orientação inicial para alavancar o negócio.

Note ainda que dentre os diferenciais, embora haja uma alta probabilidade de que a maioria dessas startups não vão sobreviver tempo suficiente para chegar a uma série de uma rodada de financiamento posterior, os Micro Venture Capital estão dispostos a fazer o investimento porque as startups geralmente já tem um produto no mercado e precisam encontrar o product-market fit (o ajuste do produto-mercado). Além disso, é importante ressaltar que quem investe através desta modalidade acredita que os poucos negócios bem-sucedidos compensam os que ficaram pelo caminho.

Mas aí você pode estar se perguntando: mas o que é essa tal fase semente? O investimento denominado no mercado como semente nada mais é do que a primeira camada de investimento acima do investidor anjo e antes de uma rodada grande (Series A) de um Venture Capital. E o papel dos Micro VCs é identificar oportunidades na fase de semente e usar várias estratégias para ajudar as startups a escapar do “Vale da Morte”.

O objetivo deste artigo é justamente diferenciar e mostrar como os Micro Vcs atuam no mercado porque ainda existe muita “confusão” em relação aos termos e suas respectivas aplicações. Outro ponto importante para se falar é o fato de que as Micros VCs coinvestem em rodadas com outras Venture Capital, fundos e até mesmo com Anjos.

Os Micro VCs se diferenciam através de suas especializações no mercado, ou seja, tem se tornado cada vez mais comum encontrar fundos voltados para um nicho específico de atuação tais como Urban.Us (investe em startups que tornam a cidade melhor), Bolt (busca startups focados em hardware), Boldstart (só está interessado em oportunidades de SaaS empresariais), Learn Capital (concentra-se em oportunidades de educação) e assim por diante.

Isso significa que a diminuição da quantidade de capital necessária para atingir o ajuste do produto-mercado também significou um aumento no número de empresas experimentando com produtos mínimos viáveis ​​e modelos de negócios. Na primeira fase do desenvolvimento da empresa, os investidores não podem facilmente diferenciar vencedores de perdedores. O fato é que como a maioria das inovações de mercado financeiro, micro capitalistas de risco surgiram para preencher uma lacuna no mercado de financiamento de estágio inicial que se abriu, como o custo de alcançar o mercado de produto caber em startups caiu. Essa mudança exigiu um tipo diferente de venture capitalista do que o tradicional VC.

Características dos Micro VCs

  • A grande maioria dos fundos são pré-série A (o que é chamado de semente hoje);
  • Podem investir em nome de Parceiros Limitados e Terceiros;
  • Geralmente são fundos que investem no máximo R$800 mil por startup;
  • Comumente são liderados por anjos bem-sucedidos ou empresários que realizam ou já realizaram gestão de outras empresas;
  • Os fundos de Micro VC ainda são esperados para render um mínimo de 3X líquido múltiplo sobre o capital investido, um número que é cada vez mais difícil fazer com um pool de capital diluindo rapidamente;
  • Embora existam casos importantes de Micro VCs que arrecadam fundos muito rapidamente (isto é, o fundo SaasTr), a tendência geral tem sido a de mais ciclos de captação de recursos;
  • Um recente estudo da Prequin observou que o ciclo médio de angariação de fundos para Micro VC é mais de 13 meses (com muitos chegando a 18 meses);
  • E embora o número de rodadas de sementes nos Estados Unidos caiu no terceiro trimestre de 2016 para pouco mais de 800 ofertas de sementes de 1000 + / trimestre do ano passado, as novas fontes de capital não são susceptíveis de secar em breve;
  • Ser um generalista é difícil no nível Micro VC, especialmente a partir da perspectiva de formar um processo consistente de escolher empresas (e ganhar os que você quer).
João Kepler Author
João Kepler Braga é um Empreendedor Serial; Especialista em Comércio Eletrônico, Marketing Digital, Empreendedorismo e VENDAS; Escritor e autor dos Livros: “O vendedor na Era Digital” e “Vendas & Atendimento”; Investidor Anjo, ex-conselheiro da Anjos do Brasil; Conselheiro da GCSM Global Council of Sales Marketing; Associado e Mentor na Seed Investimentos; Cotista e Mentor na Aceleradoras Start You Up e 85 Labs; CEO no Show de Ingressos que é a melhor Plataforma B2B de Event Ticketing Brasileira; Blogueiro e Colunista de diversos Portais no Brasil; Palestrante internacional; Premiado como um dos maiores Incentivadores do Ecossistema empreendedor no Brasil; Espalhador de Ideias Digitais e Melhores Práticas em Negócios.
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