A profissão que você exerce hoje estará presente no mercado até quando? Você já pensou sobre isso? Essa pergunta está longe de ser absurda. O futuro das profissões é uma incógnita. Há menos de três décadas, se um jovem alardeasse seu desejo de estudar informática, os pais procurariam persuadi-lo a investir em algo que garantisse um “futuro estável”. Nesse tempo nem se cogitava ter uma formação superior por meio de um curso à distância, com aulas realizadas via computador. Hoje, uma pessoa sem acesso à Internet é comparada a um homem primitivo. Não se tem ideia para onde a tecnologia nos levará, quais profissões surgirão e como as leis terão que se adequar às inovações. Mas uma coisa é certa. Nada jamais será como antes! Por isso a importância de um autoquestionamento: você tem competências compatíveis com essa nova realidade?
No filme norte-americano Homens de Honra, dirigido por George Tillman Jr., surge uma frase que me leva até hoje a uma profunda reflexão: “A história é feita por aqueles que quebram as regras”. E isso tem a ver com o que nos reserva o futuro. Um bom profissional se diferenciará cada vez mais pela capacidade de aprendizagem permanente, o olhar com lentes diferenciadas, pois o conhecimento e as informações técnicas e científicas crescem de maneira exponencial.
A cada cinco anos, a maior parte do conhecimento em qualquer campo técnico torna-se, se não obsoleto, defasado. Para traçar esse futuro, o governo britânico encomendou ao grupo Fast Future a pesquisa intitulada em português “A forma dos empregos que virão”, um estudo com 486 participantes de 58 países em 6 continentes, para elencar quais seriam as profissões dominantes nos próximos 20 anos. Essas mudanças são projetadas sobre o que já está acontecendo hoje. Urbanização intensa, aumento populacional e do número de idosos e a popularização da ciência ajudam a definir para onde irá o mercado de trabalho nas próximas décadas.
Você já ouvir falar em Eduardo Kruel? Autor do livro “Certificação Digital na Advocacia”, ele é atualmente um dos raros profissionais na área de Direito Digital no Brasil. O seu destaque na profissão aconteceu pela dupla formação em áreas distintas. É resultado da relação entre a ciência do Direito e a Ciência da Computação. Antes de fazer Direito ele já tinha graduação em tecnologia da informação e apesar de serem profissões antagônicas, deixou de lado o pensamento linear e abriu campo para uma especialidade que já tem e terá cada vez mais notoriedade.
Novas competências mudam relevâncias do mundo corporativo. O futuro profissional pertence aos que pensam no coletivo e sabem unir trabalho e satisfação. Mais cedo ou mais tarde, os robôs conquistarão o mundo, mas aqueles que souberem unir diferentes áreas do conhecimento para gerar novos serviços, passam a valer ouro. Os talentos, habilidades e competências de um profissional devem convergir para a busca de novas frentes de atuação, estabelecendo novos diferenciais, longe dos velhos paradigmas.
Já existem profissões na área da ciência, saúde, sustentabilidade e tecnologia apontadas como de grande importância nos próximos 20 anos. Entre elas estão desde Fazendeiros Verticais, Lixólogo e Consultor de bem-estar na velhice, a Guias turísticos espaciais, Fiscais de modificações climáticas e Nanomédico. Elas são o que podemos chamar de profissões disruptivas, que respondem de forma pioneira às necessidades de um mundo altamente inovador. Apesar de já terem uma definição das suas abrangências, a maioria dessas profissões ainda não tem uma formação específica. Os profissionais dessas áreas surgem da soma de suas expertises, de áreas diferenciadas, do olhar inovador e ações voltadas para as descobertas e novas soluções. Isso indica que os transgressores de velhos paradigmas serão, sem sombra de dúvidas, os que ocuparão espaço nesse universo de inovações. Agora… você faz parte desta realidade? Fique atento e concentre energias para reinventar e buscar novos mercados.
Participe da Conversa