Você está suficientemente preparado para encarar tempos de incertezas? Como você prevê a sua condição profissional daqui a três, seis e dez anos? Se não pensou sobre isso ainda é extremamente relevante que você passe a se questionar sobre qual o seu nível de competência e preparo para os novos cenários que vêm se descortinando no mundo corporativo.
Conheci uma secretária executiva que considerava a sua carreira profissional estável e nula a possibilidade de se desligar da empresa, até que, certo dia, presenciou a demissão de uma companheira da mesa ao lado. A colega de trabalho também se considerava segura na sua posição! Aquela experiência foi uma surpresa e também um choque. Sua intuição alertou que ela poderia ser a próxima e, por isso, decidiu encarar estrategicamente o seu desligamento da empresa. Ao invés de ficar remoendo a iminente demissão, abriu um leque para novas oportunidades. Dois anos depois foi demitida, mas não ficou assustada. Já tinha delineado um novo estilo de vida, longe das agitações e pressões vividas nas duas décadas de experiência naquela organização. Que bom seria se a maioria dos profissionais se detivessem em ações e experiências de vida e autodesenvolvimento alinhados aos novos tempos.
Um currículo farto de experiências acadêmicas deixou de ser fator decisivo para a decolagem de uma carreira ou negócio. As mudanças aceleradas têm condicionado um novo ritmo e exigido a prática de competências comportamentais. Prevalecerá o profissional que estiver preparado técnica, emocional e habilidosamente para os desafios. E qual deve ser o caminho para ser bem-sucedido em tempos de incerteza? A resposta é planejamento.
A falta de atitudes estratégicas e a sustentabilidade de uma carreira profissional são contraproducentes. O ponto nevrálgico dessa questão é que muitas pessoas deixam de analisar e buscar novas possibilidades simplesmente porque acham trabalhoso ou até por comodismo. Com essa ideia, perdem a oportunidade de vivenciar novas escolhas, ter contato com novos conhecimentos, explorar novas possibilidades. Se antes já era preocupante uma atitude passiva com a carreira e a vida, hoje, a velocidade das mudanças não permite mais essa brecha.
Que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, quase uma guerra diária, já não é novidade. O que pode ser preocupante para muitos profissionais são as previsões de pesquisadores e cientistas sociais que anunciam o desaparecimento de 70% dos empregos atuais nos próximos 20 anos. Conseguirão manter-se ativamente no mercado os profissionais que se dedicarem à criação de ações estratégicas e flexíveis que envolvam autodesenvolvimento contínuo e um novo olhar para as oportunidades. O mundo está em constante evolução e isso nos leva a processos de reciclagem e atualização constantes. Quem não tiver um posicionamento claro de seus pontos fortes e fracos, além de uma direção que faça sentido à sua vida, estará fadado à extinção.
A descoberta e o desenvolvimento de novas habilidades são primordiais para concorrer no mundo corporativo. Embora todas as pessoas tenham a sua cota de oportunidades, nem todas têm empreendido os próprios talentos para se manterem necessárias e assediadas no mercado. A vida é um mar de oportunidades, um oceano de possibilidades, mas, também, um universo de incertezas. Conquistará ou manterá o seu lugar ao sol quem estiver mais bem flexível e preparado para os cenários que vêm surgindo.
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