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É preciso mudar!

Ouvimos tantas notícias ruins que nos acostumamos a conviver com a corrupção e a violência que passamos a não dar a devida e necessária importância ao assunto. Esse é o lado pernicioso do hábito, do costume de fazer as mesmas coisas repetidamente em uma rotina que pode nos faz perder a fé e a força para enfrentar esses males contemporâneos.

Confesso minha dúvida ao escolher escrever sobre esse tema, se utilizaria um ponto de exclamação ou de interrogação.

Na oscilação entre “! e ?”; ou seja: “É hora de mudar!!!” ou “É hora de mudar???”, decidi, pela urgência das situações externas e internas o quão é importante mudar agora, sem dúvidas ou devaneios filosóficos.

Assim, ao escolher É PRECISO MUDAR!, acrescentaria ainda: “Agora e Urgente!”, dada a insatisfação com tantas falcatruas que ocorrem em nosso sistema político e econômico, culminando em alta taxa de desemprego, tantos descalabros em corrupções que se perpetuam, mesmo diante de tantas denúncias e gente importante sendo denunciada, condenada e algumas presas, outras driblando as leis, tentando se safar com delações premiadas ou outras manobras.

Ouvimos tantas notícias ruins que nos acostumamos a conviver com a violência e corrupção que passamos a não dar a devida e necessária importância ao assunto. Esse é o lado pernicioso do hábito, do costume de fazer as mesmas coisas repetidamente em uma rotina que pode nos fazer morrer ao perdermos a fé e a força que temos que ter para enfrentar esses males contemporâneos.

Como mudar? Eis a questão!

Creio que as mudanças mais significativas começam com as mudanças internas, mesmo porque, acredito que estar vivo é evoluir, progredir, transformar, participar, fazer algo grandioso e significativo para si mesmo e para o mundo. Em outas palavras, ter a consciência da importância de acordar do entorpecimento gerado pelos hábitos e resgatar aquela pessoa sonhadora e cheia de vida para fazer algo importante para si mesmo e para os demais.

É fácil? Claro que não, pois se assim fosse, não veríamos tantas pessoas acomodadas em suas zonas de conforto, adormecidas ou mortas em vida, apenas reclamando do mundo, do governo, do sistema ou do tempo ou da falta de dinheiro ou de trabalho, sem nada fazer, sem ação.

Penso que pequenas ações podem mudar o mundo. Constato a cada dia que a palavra tem poder, nossas declarações fluem como verdadeiros tratados e direcionam nosso presente e o nosso futuro pelas afirmações feitas, retrato de nossas crenças e dos nossos condicionamentos.

Percebi que ao mudar a mim mesmo, contribuo de algum modo com as mudanças externas, quer seja agindo eticamente, combatendo corrupções, dando exemplos, inserindo informações e reflexões nas minhas palestras, esclarecendo pessoas menos instruídas, discutindo sobre os assuntos que precisam ser debatidos, apresentando propostas e soluções para os nossos representantes no cenário político, cobrando suas ações, denunciando suas falhas.

Quero compartilhar com você um fato que me fez pensar e processar algumas mudanças de atitudes e comportamentos, sugerindo a você também que faça o esforço necessário para se manter atento e consciente do que está fazendo atualmente da e na sua vida e revise o que poderá ser modificado para aproveitar melhor o seu tempo e ampliar a qualidade de vida que tem e terá até o último dia da sua existência.

Foi há algumas semanas, sábado à noite, com minha mulher e alguns amigos assistindo a uma peça de teatro, com a programação de irmos jantar após o teatro. Durante a peça, passei a me sentir mal, estômago ruim, uma leve queimação na garganta, uma sensação desagradável.

Ao sair do teatro, resolvi não ir ao jantar pois não estava me sentindo bem e me desculpei com os amigos que claro, entenderam a situação.

Indo para casa, minha mulher sugeriu que passássemos em um pronto socorro para ver do que se tratava e resolver o problema. Concordei e fomos para o Hospital Edmundo Vasconcelos. Já era madrugada, quando após a consulta e exames preliminares, o médico, Dr. Antonino disse que eu ficaria internado, devido a algum problema com o meu sangue.

No dia seguinte, em caráter de urgência, fiz uma endoscopia. Constataram uma úlcera no meu estômago, e por isso, teria de fazer um tratamento urgentemente. Fiquei no hospital e na segunda feira, quando o Dr. Antonino me disse que eu ficaria internado por mais alguns dias, disse a ele que tinha uma série de compromissos profissionais e que precisaria sair o mais breve possível. Quando ele me fez uma pergunta, fiquei abalado: “Você prefere ir trabalhar ou morrer, se não se tratar direito?”.

Como consequência, fiquei vários dias no hospital, o que me fez refletir sobre a minha vida e como estava tão envolvido com hábitos e condicionamentos, sem consciência e de maneira inconsequente.

Pensei sobre a fragilidade da vida, no ritmo intenso das minhas atividades e do meu trabalho, a pouca atenção que dava a outros aspectos importantes, me alimentando sem critérios, muitas vezes ficando sem almoçar, comendo um sanduiche ou um salgado para não perder tempo e produzir e realizar mais coisas profissionalmente.

De que adiantava tudo isso, se em um simples click a chama da vida pode se apagar rapidamente?

Depois desse choque e dessas reflexões, decidi fazer algumas mudanças e, com humildade, fazer um recomeço para uma vida mais saudável e melhor, quer seja para mim mesmo ou para as pessoas com as quais convivo.

Iniciei com a arrumação de meu ambiente de trabalho, meu escritório que vivia desorganizado. Pus ordem na casa, arrumei gavetas e armários, eliminei objetos que estavam sendo guardados sem utilidade, apenas ocupando espaço. Mandei pintar e dar uma arejada no ambiente, tirei divisórias, reformulei políticas de trabalho, abri mão das pessoas que não estavam comprometidas com o trabalho, trouxe pessoas com garra, energia e vontade de trabalhar para ter resultados mais efetivos, melhorando desta forma, meu comportamento. Passei a ter mais tolerância, paciência, e a ouvir mais e delegar mais o que precisava e podia delegar.

Em casa, outras mudanças, a iniciar por abrir mão de roupas que não mais me serviam, sapatos que não mais usava, mandar consertar coisas quebradas, destinando mais tempo para o convívio com qualidade com os meus filhos. Continuei a ser pai, mas deixando um espaço maior para o papel do amigo presente, cuidando da saúde, fazendo um checkup, cuidando melhor da minha aparência, eliminando aquela barriguinha incômoda que me acompanhava há algum tempo, cuidando melhor de mim e das pessoas com as quais convivo.

O grande desafio foi ser congruente com aquilo que faço em relação ao que falo e prego em minhas aulas, palestras e cursos, como se fosse uma repaginada do meu eu, revendo crenças, atitudes e comportamentos.

Continuo com os meus projetos, alguns audaciosos, exigindo muito estudo e dedicação, mas caminho mais leve e pleno, certo de que as mudanças são possíveis e relativamente fáceis quando resolvemos mudar e partimos para a ação com determinação e vontade.

O que te proponho, considerando que tudo flui melhor, até lidar com os desafios e problemas do dia a dia, é que reflita e não espere um problema de saúde te obrigar a ficar alguns dias em um hospital ou esperar alguém importante morrer ou acontecer uma catástrofe para dar um sentido maior à sua vida. Faça as mudanças que precisa fazer na sua vida e, assim como eu estava procrastinando como se fosse viver eternamente. A vida acontece agora, nesse exato momento e finalizo deixando uma pergunta para te ajudar a pensar a respeito:

– É preciso mudar?

Se a sua resposta for sim, que complemente: Sim, é preciso mudar e agora!

Perceba os benefícios dessas mudanças e faça algo a respeito!

Reinaldo Passadori é fundador, palestrante e CEO da Passadori – Comunicação, Liderança e Negociação, especialista em comunicação e mestre em neuromarketing pela FCU – Florida Christian University. É idealizador e apresentador do programa Comunicação Executiva, no qual promove entrevistas e debates do mundo corporativo. Com 39 anos de história formou mais de 130.000 pessoas na habilidade da comunicação verbal, não verbal e liderança. É Autor dos livros Comunicação Essencial, As 7 Dimensões da Comunicação Verbal, Media Training e Quem Não Comunica, Não Lidera.
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