Se existe “magia” no Empreendedorismo eu acredito que esteja justamente no incompreensível.
Depois de muitos anos vivendo o empreendedorismo, posso dizer que conheço bem o modelo. Ao longo da minha vida, desenvolvi e empreendi em vários negócios, do mundo tradicional e digital, mas sempre motivado por uma vontade imensa de fazer mais, de conquistar. Tive fracassos e sucessos, experiências positivas e negativas ao longo desta jornada empreendedora.
Além disso, nesses últimos 8 anos, decidi parar de fazer novos negócios e começar a apoiar e investir em negócios de outros empreendedores porque poderia multiplicar meus resultados. A minha experiência prática como investidor Anjo me permitiu estar sempre em contato com centenas de empresas e empreendedores.
Acredito que isso me credencia para fazer esse resumo que, por enquanto, são apenas 26 constatações e revelações que os anos de experiência, os cabelos brancos, as porradas e os aprendizados, me trouxeram até hoje.
A relação abaixo, não segue nenhuma ordem lógica (ou cronológica):
- Empreender não é a única alternativa para o futuro;
- Empreendedor de Palco é aquele que nunca fez nada de concreto ou teve um CNPJ no seu nome e tenta ensinar aos outros o que nunca executou;
- O empreendedor não deve internalizar algum tipo de censura como culpa por um suposto fracasso, apenas ele deve entender que é o único responsável pelos seus atos, mais ninguém;
- O fracasso financeiro e pessoal, não é o “inferno” do empreendedor, até porque fracassar faz parte do aprendizado pessoal e crescimento profissional;
- Empreendedor tem “bom ouvido”, sabe ouvir e colaborar sempre que é demandado;
- Não se baseia apenas em um único livro, coach ou mentor para se influenciar, ele usa diversos argumentos e experiências de terceiros para trilhar seus próprios caminhos;
- Empreender nunca foi autoajuda, aliás nunca vi nenhum treinamento para empreendedor com a pegada: “Eu posso ou eu vou conseguir!” para obter consistência pessoal;
- O empreendedor que não se planeja ou não tem metas, não vai para o inferno, apenas não sabe para onde está indo e está mais sujeito a falhar;
- A pessoa pessimista não está sentenciada como condenado, acredito que cada um deve ter sua própria escolha e definição da sua vida, o problema é quando interfere ou atrapalha a vida alheia com seu modo de agir e pensar;
- Não existe nenhuma “salvação” para quem é proativo, colaborativo, criativo, engajado ou que “veste a camisa da empresa”, o que existe são atributos importantes para convivência corporativa ou de mercado. Quem não tem esses atributos não será demitido ou vai para o inferno;
- Não entendo o “Sair da caixa” como clichê ou uma fórmula catequética ou ideológica, acredito que é uma maneira de olhar o momento, o ambiente e o conjunto das coisas, por outras perspectivas, não somente a sua;
- No empreendedorismo as reuniões são abertas e geralmente não tem regras, algumas têm modelos como Design Thinking, Business Model Canvas e tantos outros;
- Para empreender, você não precisa nascer rico ou ter todo o dinheiro necessário, você não precisa largar seu emprego logo de cara, e claro, você não precisa se jogar de um penhasco;
- As ideias dos empreendedores nascem para atender a uma demanda às vezes ainda não mapeada. É como se você olhasse para onde todo mundo está olhando, mas enxergasse o que ninguém está vendo ou procurasse resolver um problema real;
- Empreender não significa apenas abrir um negócio. Nesse mundo, cada vez mais competitivo, com a falta de emprego e mudança dos empregos por conta da tecnologia, é natural que você busque alguma ideia inovadora e disruptiva, seja para se sustentar ou para fazer algo que ninguém mais faria;
- A definição de gente vitoriosa, não é somente “Gente Vitoriosa Cresce”, isso é uma constatação. Ser vitorioso não é somente ter dinheiro, mas ter resiliência sobre tudo o que acontece ao seu redor. Vitorioso é ser combatente e ser feliz assim;
- Os livros e métodos que existem não são únicos. Na questão do empreendedorismo, por exemplo, são vários, centenas de livros e artigos com ensinamentos de pessoas de fracassos e sucessos. Para o empreendedorismo, esses livros não são como bíblias, apenas tratam de experiências vividas por pessoas reais, boas ou ruins. São narrativas que as pessoas podem usar para se inspirar, para compreender como tudo funciona e, se quiserem, para servir de referência, nunca uma regra ou doutrina;
- Em relação ao Espírito Empreendedor, esse espírito diz respeito ao comportamento, ao mindset, à forma de lidar com sua própria vida, não são regras definidas ou proibições;
- Empreendedorismo para jovens, aprender desde cedo, não se trata de “hagiografias” na analogia com a vida dos grandes Empreendedores de sucesso nos livros para serem seguidas “cegamente”, se trata de mostrar aos jovens que existem oportunidades no mercado, além do emprego e na vida, além do ambiente em que ele vive;
- Erros ou má fé de empresários não são sinais de iniciativas empreendedoras, mas de exemplos que não devem ser estimulados ou seguidos. Mas se isso estiver em um livro como mérito, é, sim, um sinal de alerta;
- As biografias dos “grandes empreendedores” não devem ser confundidas com crenças mágicas ou um estudo a ser seguido. Não são da mesma forma, manuais do COMO fazer, como já disse, servem de inspiração ou orientação para quem precisa;
- O empreendedorismo começa com sonhos e com ideias, porém o seu talento para trabalhar e a sua capacidade de sonhar é que faz toda diferença;
- Ao longo dessa jornada, um dos diversos paradigmas quebrados é que a VIDA é DURA também com quem é DURO, não somente com quem é MOLE. Foi assim comigo!;
- Para começar a empreender em um negócio, você precisa ser um insatisfeito e incomodado, não no sentido negativo, mas no sentido de querer sempre o melhor. Sua insatisfação pode se transformar em um negócio;
- Se tá com medo, vai com medo mesmo, mas não se jogue de um penhasco sem paraquedas. O medo te sabota, sim, mas pelo menos te faz pensar. O único medo que deveríamos ter medo, mesmo, é do medo limitador;
- Se for empreender: No lado empresarial: comece pequeno, mas pense grande, seja arrojado e ousado de forma responsável, não infrinja leis e não se prenda apenas ao plano de negócios rígido e imexível. No lado pessoal e emocional: acredite, seja positivo, persista, tenha resiliência, espere firme a tempestade passar e não desista. Mas se for desistir, que seja de forma consciente.
Se existe “magia” no empreendedorismo, eu acredito que esteja justamente no incompreensível, por parte de quem não pratica. A questão é mais simples, vou resumir: Aprender; Servir; Ganhar; Colaborar e Compartilhar.
No loop: Aprender; Servir; Ganhar; Colaborar e Compartilhar. Eu estou compartilhando com vocês. Espero que seja útil.
Pode deixar sua mensagem com algumas outras constatações para aumentarmos essa lista de forma colaborativa.
Abraços e conte comigo em sua jornada empreendedora.
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