Influenciada pelo aumento da informalidade, a taxa de desocupação do país caiu 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em abril, e fechou o período de maio a julho deste ano com taxa de desemprego de 12,8%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na quinta, dia 31 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra que o país ainda possui 13,3 milhões de desempregados.
Os dados representam queda de 5,1% no número de trabalhadores desempregados frente ao trimestre anterior (menos 721 mil pessoas).
É uma boa notícia, apesar de que não dá para ficar eufórico. Como venho dizendo nesta coluna, a retomada do emprego será lenta. As empresas estão se adaptando e continuam funcionando com ritmo menor e com menos gente.
Uma boa notícia! Algumas agências de empregos já começaram a seleção de candidatos para vagas temporárias de fim de ano. A escolha dos profissionais foi antecipada em dois meses. A expectativa é de oferta 18% maior do que no Natal de 2016.
O trabalho temporário, principalmente em tempos de crise, passa a ser alternativa para profissionais que desejam rever a própria carreira e experimentar uma atividade diferente das anteriores. A perda do emprego obriga as pessoas a, efetivamente, repensarem e reverem suas vidas profissionais.
Essa ruptura cria a oportunidade para avaliar o emprego temporário como uma alternativa interessante e de valor. O trabalho temporário, regido pela lei nº 6.019/74, é diferente daquele terceirizado. Visa atender à necessidade transitória de substituição de um profissional regular e permanente da empresa ou ao acréscimo extraordinário de serviço.
O que mudou por meio da portaria 789 de junho de 2014, é que esse profissional pode trabalhar como temporário de três até nove meses, com a possibilidade de contratação efetiva. Assim, avalie com mais atenção as oportunidades temporárias. Aproveite para demonstrar o seu potencial para contribuir com o crescimento da empresa, destaque-se positivamente, demonstrando interesse pelo negócio.
Qualifique-se para a posição, busque cursos na Internet, seja interessado, maximize sua contribuição. Essas atitudes são válidas para todos os trabalhadores, mas são ainda mais oportunas para quem busca a efetivação.
Além das vagas temporárias, o empreendedorismo é uma outra alternativa e a possibilidade de realizar o sonho do negócio próprio sem burocracia e com baixo custo, pois hoje há a possibilidade da regularização do empreendedorismo individual através do MEI.
Perto de completar 8 anos de existência, a figura jurídica do MEI – Microempreendedor Individual, ultrapassou a marca de 7 milhões de inscritos e continua sendo considerado o maior programa de formalização do mundo.
O modelo brasileiro tem servido de exemplo para outros países devido às facilidades de abertura e baixo custo tributário. De acordo com pesquisa feita pelo Sebrae sobre o perfil do MEI, realizada entre fevereiro e março deste ano, mais de 70% dos empresários entrevistados afirmaram que a formalização contribuiu para que eles passassem a vender mais e propiciou melhores condições de compra.
Outro fator que nos chamou atenção foi que metade dos MEIs era de empregados com carteira assinada antes de se formalizarem como empreendedor, o que pode ser um bom indicativo de que muitas pessoas que ficaram desempregadas viram o empreendedorismo como forma de obtenção de renda.
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