Geração Y, Millennials ou Generation Me (Geração Eu), nascidos entre 1980 e 1996, presentes ao mercado de trabalho, são os nativos digitais, nascidos na época pós “consumismo desenfreado”, cresceram em plena crise global, consomem de forma mais racional e provocam um repensar na face das velhas estruturas sociais, políticas e econômicas.
Querem ter bens de consumo, mas com menos dinheiro, se direcionam para a sua satisfação pessoal e o viver melhor dos seus sonhos.
A sua vida flui através das redes de amigos para contatos pessoais e profissionais. A economia global, abalada desde 2008, faz crescer a economia do “partilhar” e “compartilhar”, palavras chaves desta Geração.
Uma pesquisa da Universidade de Harvard mostra que 51% dos jovens entre 18 e 29 anos não apoiam o sistema Capitalista, como está concebido nos dias de hoje.
Com a era digital, empresas tiveram que mudar, adaptar seu principal segmento de mercado (IBM, Kodak…) ou foram extintas (Blockbuster…), e para esta nova geração, ainda há muito o que mudar.
As novas propostas de economia de partilha e disruptiva atuam diretamente no mercado tradicional da indústria, hotelaria e transporte, que precisam se adaptar às novas dinâmicas do carsharing, couchsurfing até ao coworking…
Os espaços físicos dos bancos se tornam obsoletos, existe uma evolução no e-commerce, os negócios migram para as soluções digitais…
Esta Geração utiliza a rede para um consumo racional, pesquisa de preços, troca de informações com amigos e tem menos compromisso com a fidelização.
Valorizam o ecossistema, selecionam os produtos que consomem no dia a dia, no que vestem, na higiene pessoal, na alimentação, preferem viajar e viver experiências ao “Ter por Ter” o que deixa de ter sentido.
Embora ditos “Narcísicos” (muitas selfies…), enxergam muito além do seu umbigo, lançam um olhar na defesa do Planeta, com ideais elevados para a sua manutenção e preservação.
Esta Geração tem um sentimento de necessidade de satisfação pessoal grande. Assim, sair de uma empresa que não permita o seu desenvolvimento ou que não oferece condições de uma vida satisfatória não os intimida.
Moram mais tempo com os pais, mas quando se sentem seguros embarcam em seu empreendimento individual, ou em novas experiências relacionais, que fogem aos velhos conceitos, mas que vão se solidificando pelos interesses comuns.
Qual é a empresa ideal para trabalhar?
- Empresas com foco no desenvolvimento de competências;
- Com um “pacote salarial” digno (valorizam os salários, mas principalmente os benefícios);
- Onde promovam a satisfação de seus profissionais;
- Onde os colaboradores percebam o real significado do seu trabalho.
O desafio das empresas para manter estes talentos é grande, embora muitas vezes estes sejam extremamente qualificados, também são impulsivos e insatisfeitos naturalmente, precisam sempre de desafios, não gostam de monotonias.
Para esta geração, existe mais vida além do trabalho, a sua lealdade pode ser conquistada através da promoção de oportunidades de desenvolvimento de competências, melhores ligações com seus mentores e maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
As empresas estão apostando na interlocução dos Líderes com seus liderados como forma de retenção de talentos, além de benefícios cotidianos, pois os custos de investimento em contratações e demissões pode ser muito elevado.
Algumas empresas já propiciam espaços de trabalho que atraem esses jovens talentos como Google, Facebook, DreamWorks, entre outras, pois mais difícil que contratar talentos desta Geração Millennials é retê-los.
O fato é que as empresas têm o desafio de desafiar estes jovens que ainda têm muito que aprender com a vida.
“Em nossas vidas, a mudança é inevitável. A perda é inevitável. A felicidade reside na nossa adaptabilidade em sobreviver a tudo de ruim” (Buda)
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