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Como ser um preparador emocional para o seu filho!

Ter uma percepção positiva de si mesmo é fundamental para que uma pessoa se sinta segura, tenha um desenvolvimento saudável, estabeleça bons relacionamentos, consiga se posicionar frente à vida e seja bem-sucedida.

Ter uma percepção positiva de si mesmo é fundamental para que uma pessoa se sinta segura, tenha um desenvolvimento saudável, estabeleça bons relacionamentos, consiga se posicionar frente à vida e seja bem-sucedida.  Como pais, queremos que nossos filhos se sintam amados, valorizados e seguros de si, mas muitas vezes não sabemos como ajudar a cultivar a sua autoconfiança. Ao se sentir acolhida, respeitada, apreciada e amada, a criança cria um reservatório de bons sentimentos que poderá acessar sempre que necessário.

Por mais bem-intencionados que sejam, os pais acabam fragilizando a autoestima dos filhos, colocando rótulos e criticando mais do que elogiando, usando mais palavras de proibição do que de incentivo, enfatizando mais os pontos negativos do que os positivos. Geralmente, nós damos atenção aos comportamentos que não queremos que nossos filhos repitam. As crianças gostam de receber atenção e poderão aprender de forma equivocada, que ao apresentarem um comportamento inadequado, recebem a atenção que desejam. Portanto, sempre que possível, evite dar atenção negativa aos comportamentos que você quer desencorajar. Os comportamentos que recebem atenção são justamente aqueles que serão repetidos.

As crianças prosperam quando recebem atenção positiva. A boa comunicação é a chave para construir a autoestima, bem como o respeito mútuo. Os pais devem passar instruções claras, estabelecer combinados que devem ser construídos de forma conjunta e transmitir as regras de convivência da família, especificando os comportamentos que são esperados e aqueles que são inaceitáveis, de acordo com seus próprios valores. Sempre considerando que criança possui comportamentos que são apropriados a cada fase de seu desenvolvimento. Dar espaço para que elas se manifestem é essencial para fortalecer a sua confiança e estimular seu desenvolvimento.

Acolher o sentimento da criança faz com que ela se sinta compreendida. Ao perceber os pais como aliados justos e confiáveis, ela se dispõe a buscar soluções para os problemas mútuos. Através do acolhimento você poderá ajudá-la a redirecionar seu comportamento para agir de forma mais apropriada. Ajudar a criança a encontrar soluções não significa dar respostas prontas. Devemos estimular para que ela chegue às suas próprias soluções, aprendendo a avaliar os prós e os contras de cada situação. Temos a tendência de falar simplesmente para a criança que ela não deve se sentir triste ou com raiva numa determinada situação. Isso não faz com que ela mude seus sentimentos. Falar por exemplo: “pare de chorar,” somente a deixa mais insegura.

Quando você ajuda a criança a expressar seus sentimentos de forma mais apropriada, além de preservar sua autoestima, faz com que ela busque novas soluções. Por exemplo: “Eu sei que você se sente triste quando seu irmão menor toma o seu brinquedo, mas não é certo você bater nele. O que você pode fazer da próxima vez no lugar de bater?” É importante que a criança saiba que ações contrárias ao que é permitido no sistema de sua família, terão consequências e quando ela se comporta mal, perde privilégios.

Ao corrigir um filho não devemos bater, humilhar, depreciar ou ser agressivos. Isso não ajuda a criança a compreender suas atitudes e a alterar seu comportamento, muito pelo contrário, ela pode até deixar de fazer algo por medo, mas não fará com que ela internalize o conceito para modificar o comportamento. Pode funcionar a curto prazo, mas não é educativo e não ajuda a criança a ter autocontrole. Ao corrigir com agressividade, a criança acaba focando no sentimento negativo pelos pais ao invés de avaliar seu próprio comportamento. Além disso, você ensina que esta é uma forma apropriada de resolver as coisas.

Conhecer outros métodos para corrigir comportamentos inadequados pode ser um grande alívio para os pais que desejam disciplinar, mas não sabem como fazer de forma diferente. Ao corrigir a criança, foque no comportamento específico, crie o hábito de focar na atitude, evitando críticas aos defeitos e cuidando para não rotular.  Ao invés de falar: “Você é muito preguiçoso”. Procure dizer: “Filho, eu preciso que você me ajude arrumando seu quarto”.

Para corrigir um comportamento inadequado, como alternativa disciplinar, os pais poderão tirar algo que tenha valor para a criança como consequência. A criança bateu no colega, você pode explicar que por seu comportamento ela ficará sem jogar vídeo game. Neste caso não se deve substituir por outra coisa equivalente, que possa ser tão bom ou melhor, caso contrário, não surtirá o efeito desejado. Não deve ser excessiva e deve ser realizada em seguida ao fato ocorrido. Cuidado para não estabelecer algo que não poderá cumprir.

A permissividade por sua vez não corrige comportamentos inadequados, que devem ser redirecionados por aqueles que são os responsáveis em conduzir a educação da criança. Achar que elogiando tudo que o filho faz ajudará a construir sua autoestima, é algo equivocado. Os elogios generalizados podem deixar a criança passiva e dependente da opinião alheia. O elogio para ser efetivo, deve ser específico e dirigido a um comportamento que a criança teve: “Parabéns! Você foi muito bem na prova de matemática!” ao invés de ser feito de forma vaga e genérica: “Você é muito inteligente!”. Procure elogiar o esforço e o empenho da criança. Quanto mais específico você for com essa descrição, mais provavelmente ela repetirá esse comportamento.

O reforço positivo ajuda a valorizar e incentivar o comportamento que os pais desejam reforçar na criança e deve vir logo depois do comportamento realizado: “Estou muito feliz por você ter guardado seus brinquedos, parabéns!” “Que bom filho, hoje você conseguiu tomar banho no tempo que precisava e conseguimos chegar no horário. Por isso, você terá mais 30 minutos para brincar agora”. A criança se sente bem ao saber que seus esforços estão sendo reconhecidos. Já as barganhas são prejudiciais e devem ser evitadas. Não devemos condicionar a criança a ganhar uma recompensa por algo que deveria ser natural: “Filho, se você guardar seus brinquedos, vai ganhar moedas para colocar em seu cofre.” Este tipo de conduta faz com que a criança passe a exigir privilégios que muitas vezes não podem ser concedidos.

As práticas disciplinares devem ser orientadas pelo afeto, baseadas em explicação e reforço positivo, favorecendo o desenvolvimento de uma criança segura e com bom ajustamento para enfrentar situações diversas. Ao compreender que suas atitudes produzem consequências no mundo, a criança poderá modificar seu comportamento através do autocomprometimento e aprender importantes habilidades como resiliência, responsabilidade, determinação, positividade e foco na resolução de problemas

Formação em Psicologia, MBA em Gestão em Pessoas e Especialização em Docência;Facilitadora de Relacionamentos Familiares;Educadora Parental de Disciplina Positiva;Coautora do livro Coaching para Pais – Estratégias e Ferramentas para Promover a Harmonia Familiar. Vol 1 e 2.Colunista das revistas Cloud Coaching e Coach Me.Certificações:Coaching pelo Instituto Brasileiro de Coaching – IBC (SP);Leadership and Coaching pela Ohio University College of Business (USA),Mentoring pelo CAC – Center for Advanced Coaching (USA),Practitioner SOAR – Soar Advanced Certification Program pela Florida Christian University (USA),Coaching para Pais pela Parent Coaching Academy – PCA (UK),Kids Coaching pelo Instituto de Coaching Infanto Juvenil – ICIJ (RJ),Bases do Desenvolvimento Infantil: Apego, Vínculos e Intervenções – USP (SP),Educadora Parental pelo Positive Discipline Association – PDA (USA).Mentoring, Coaching & Advice Humanizado ISOR – Instituto Holos – (SP)Tem como missão, favorecer o desenvolvimento integral do indivíduo e da família, valorizando seu potencial para que conquiste uma vida com plenitude e equilíbrio de forma sustentável.
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