Considerando que todo Coach é, na sua essência, um microempreendedor, esta postagem vai gerar grande desafio para você. A empresa britânica SAGE fez uma pesquisa junto a seus clientes, em vários países (Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Singapura, África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos), e concluiu que os microempresários gastam, na média global, cerca de 120 dias úteis do ano em tarefas administrativas para comandar seus negócios (o brasileiro gasta 135 dias úteis). Os analistas quantificaram em cerca de R$ 80 bilhões o custo dessa baixa produtividade pela não aplicação de metodologias, recursos e processos mais modernos e adequados.
Em outras palavras, ainda que os problemas políticos e econômicos do país possam ser geradores de impactos negativos aos microempresários, parte substancial do problema reside na falta de conhecimento em como usar as facilidades digitais mais modernas (incluindo redes sociais e programas de computador). Aí está a principal barreira para eles superarem os desafios do mercado e abre grande oportunidade aos Coaches, quer como microempresários, quer no atendimento a demandas de clientes microempresários. Como se diz na gíria popular, certamente esse é um ambiente em que o estresse está “nadando de braçadas”, trazendo junto consigo uma lista (e custo$) de remédios para tentar reverter o quadro.
Fica então a sugestão do Coach aplicar com regularidade, tanto aos clientes, como para si mesmo, algum de vários exercícios existentes de Mindfullness, interpretado como um processo de “estar aqui e viver o agora”. Uma publicação científica inglesa divulgou, dois anos atrás, estudo em que a conclusão foi surpreendente: os resultados alcançados pela aplicação de remédios antidepressivos são bem parecidos aos conquistados por terapias baseadas em mindfulness (eu recomendo, a quem tem facilidades com a leitura no idioma inglês, que acesse e leia o artigo completo neste link).
Ou seja (e aí eu me incluo no time), todos nós somos obrigados a enfrentar de maneira firme e objetiva os desafios trazidos pelos clientes e as demandas pessoais de tempo e emoção para gerir a nossa própria vida (que nem sempre nascem por ações deliberadas nossas, mas muitas vezes são derivadas de ocorrências com familiares e amigos queridos, a quem dedicamos atenção e carinho). Não há aviso prévio e o problema exige de nosso corpo o racional em dia e a saúde forte. Resiliência é palavra muito usada como descritivo de uma postura adequada a tais situações. Mas fica a pergunta: como?
A expectativa mais básica de quem realiza um exercício de mindfullness é conectar “ação” e “pensamento”, de maneira que haja consciência plena da nossa presença no “aqui e agora”. Não é para “pensar” naquilo que está acontecendo, mas para viver o momento presente, como um presente, e sentir as próprias reações aos mais simples movimentos. A prática fará você se perceber por inteiro, mais seguro e “ligado” ao momento atual.
O exercício começa pela respiração (sinta o ar entrando e saindo, com as contrações voluntárias e involuntárias de seu corpo), passa pelo caminhar (como reagem seus músculos e as juntas do corpo, até mesmo aquela pequena dor que o incomoda vez ou outra), continua quando você bebe e come (com calma, exalte os sentidos do paladar e olfato) e, enfim, chega até o momento de dormir (que delícia de relaxamento…). Sinta sua presença no mundo e deixe que cada nível de consciência trabalhe a seu favor. Quando o comportamento automático for embora, aquele de comer pensando em outra coisa, assistir um filme cutucando o celular, de conversar com alguém sem prestar atenção, dirigir sem olhar para as árvores e as flores, enfim, então você internamente se encontrará em um ambiente apropriado a mudanças para melhor…
Que tal poder refletir no momento certo, aprender quando necessário e viver o cotidiano presente sempre? Vamos tentar?
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