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Como a Consciência Emocional nos ajuda no Processo de Supervisão em Coaching?

As emoções são frequentemente esquecidas quando falamos de supervisão e aprendizagem, e como a supervisão é uma experiência emocional, é essencial que saibamos o quanto as emoções estão presentes no processo.

Dando continuidade à nossa série sobre supervisão no mundo do Coaching, trago hoje alguns pontos sobre o que podemos aprender sobre a Consciência Emocional.

As emoções são frequentemente esquecidas quando falamos de supervisão e aprendizagem, e como a supervisão é uma experiência emocional, é essencial que saibamos o quanto as emoções estão presentes no processo.

Questões de feedback em supervisão, assessments, avaliações e relatórios de supervisão, para não mencionar disputas, conflitos e desentendimentos, muitas vezes não são consideradas na agenda de um processo de supervisão. Weisinger (1998) escreve sobre quando o feedback é dado de forma destrutiva, e a inteligência emocional nos ajuda a lidar com esses aspectos da supervisão.

Segundo (Orme, 2011) as mulheres têm mais consciência emocional que os homens, portanto, homens em particular precisam prestar mais atenção às suas habilidades emocionais e às dos outros para tomarem ações adequadas. Também sabemos que tanto os sentimentos, quanto a habilidade para expressá-los estão conectados ao estilo de educação recebida (isto é, meninos não choram).

Ampliando um pouco mais, temos a definição de Goleman (1996), registrada em seu livro Inteligência Emocional: “Inteligência Emocional é a capacidade de reconhecer nossos sentimentos e os sentimentos dos outros, para nos motivarmos e para melhor administrarmos nossas emoções e as de nossas relações“.

Um ponto de destaque, é o fato dos sentimentos nos ajudarem a nos mantermos em contato com nós mesmos e com os nossos valores e a linguagem emocional nos permite verbalizar nossos sentimentos e, portanto, geri-los de forma efetiva e construtiva. Uma vez mais lembro-me de Weisinger (1998) que sugere quatro (04) blocos para a “Alfabetização” emocional que precisamos para nos tornarmos bons supervisores:

  1. A habilidade de percebermos, apreciarmos e expressarmos emoções de forma acurada;
  2. A habilidade para termos acesso e gerarmos sentimentos sob demanda, quando eles podem facilitar o auto entendimento e os sentimento de outra pessoa. (Por exemplo nosso(a) supervisionado(a));
  3. A habilidade de entendermos as emoções e o conhecimento que delas derivam;
  4. A habilidade de regular as emoções.

Meu convite para você caro(a) leitor(a) é que reflita sobre isso e adote algumas ações para exercitar e desenvolver as habilidades aqui elencadas.

Agradeço se puder deixar um comentário.

Fonte: Livro – On Being a Supervisee – Creating Learning Partnerships 2nd. Edition by Michael Carroll  amp; Maria C. Gilbert

João Luiz Pasqual
Presidente da ICF Brasil (2016/2018)

João Luiz Pasqual tem mais de 40 anos de experiência profissional. Coach Executivo e de grupos. Foi por mais de 30 anos, executivo do mercado financeiro tendo ocupado posições de Diretor Executivo em diversos bancos (Sudameris, Banco Real, Unibanco, ABN AMRO e Santander), viveu na Europa por 8 anos e viajou para mais de 30 países. É conselheiro de empresas pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e foi Presidente da ICF no Brasil durante o exercício 2015/2018. É coach ICF – International Coaching Federation com a credencial Master Certified Coach (MCC), Mentor Coach pela inviteChange-USA e Accredited Coach Supervisor pela CSA – Coaching Supervision Academy – Londres. MBA pela FIA-USP e Mestrado em Consulting and Coaching for Change pelo INSEAD-Fontainebleau na França.
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