Você já refletiu acerca da sutil diferença entre se ocupar e produzir?
É comum nos depararmos com pessoas altamente ocupadas. Mas se avaliarmos de perto os seus resultados, boa parte destas pessoas certamente se ressentem quanto à sua entrega.
A que se deve esta frustração?
Nossa cultura promove uma confusão no entendimento sobre ocupar-se e produzir. Especialmente no campo profissional.
Ocupação são tarefas que precisam ser executadas, mas que não necessariamente fazem a vida progredir na direção dos objetivos traçados. Algumas ocupações são obrigatórias, e precisamos dar atenção a elas. Trata-se, por exemplo, das responsabilidades com a casa, refeições, pagar contas, dentre outras. Mas existem também as ocupações dispensáveis, como assistir tv, interagir em mídias sociais.
Produtividade, por outro lado, são tarefas diretamente conectadas às metas e sonhos. E cabe a nós decidir realizá-las com tempo suficiente, ou fazê-las às pressas, conforme não nos planejamos.
A falta de consciência acerca das próprias percepções leva muitas pessoas a entenderem que ocupar-se é algo bom. Mas se permitirmos que as ocupações obrigatórias tomem o nosso dia a dia, deixamos em segundo plano tarefas produtivas importantes e, via de regra, permitimos também um aumento de ocupações dispensáveis, como se estivéssemos compensando o desgaste.
O resultado é trabalhar sempre às pressas naquilo que é importante, comprometendo diretamente a qualidade e o gasto de energia envolvidos no resultado entregue.
Segundo Gerônimo Theml, especialista em produtividade, autor do livro “Produtividade para quem quer tempo”, um bom nível de produtividade requer maior investimento de energia com tarefas produtivas realizadas dentro do prazo estabelecido, seguido de poucas tarefas produtivas emergenciais, seguido então pelas ocupações obrigatórias e, só então, surgem as ocupações dispensáveis.
Uma excelente estratégia que pode contribuir para o aumento da sua produtividade é estabelecer blocos de produtividade na sua agenda. Dividir as tarefas por assunto e estabelecer períodos entre 2h e 4h para executá-las, evitando muitas interrupções ou distrações.
Também é válido exercitar a auto checagem. Para isso, você pode programar seu despertador para tocar de tempos em tempos para lembrá-lo de perguntar a você mesmo: O que estou fazendo neste exato instante me leva ao meu objetivo?”, exercitando assim sua capacidade de julgamento e tomada de decisão.
Apropriar-se do seu tempo, decidindo sobre ele, dizendo não a ocupações e distrações, certamente garante grandes resultados.
Seja dono da sua própria agenda, evitando assim tornar-se escravo da agenda das pessoas com quem convive.
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