Pessoal, hoje é terça-feira de Carnaval e a agenda de postagens aqui no Espaço do Coach precisava ser mantida. Ou seja, com medo de ser demitido pela chefia e perder o contato com todos os leitores, eu precisava encontrar um tema que fizesse sentido e, ao mesmo tempo, fosse mais leve, alegre e até curioso, sob vários aspectos.
A minha escolha temática começou quando eu estava em um momento de lazer, e comentei com um grupo de amigos sobre o vídeo que recebi pelo whatsapp, mostrando cenas de Carnavais do passado. O debate desencadeou para uma calorosa troca de opiniões sobre o tipo de músicas e as letras, a certa ingenuidade nas festas, os bailes e as bandas, enfim, uma forma que era muito diferente de celebrar o reinado de Momo.
No debate entre amigos, consideramos que as letras das músicas do passado hoje seriam politicamente incorretas. As “coisas” pesadas e agressivas de hoje passam livremente pela aprovação popular, gerando rebolados e danças esquisitas, mas não têm sido alvo de ataques de quem quer que seja. O grupo que faz policiamento em muitas questões do ideário e do cotidiano, incluindo até as festas populares, prefere olhar para outro lado. Por exemplo, a última imbecilidade é criar polêmica sobre o fato de alguém se fantasiar de índio (ou fantasiar os filhos), como muitos ainda fazem. Inclusive, a atriz Paola de Oliveira recebeu críticas de que, ao se fantasiar de índia, estava fazendo indevida “apropriação cultural”. Veja aqui.
Outra coisa que os filmes antigos trazem são exemplos de uma realidade passada para quem quiser debater a questão do assédio sexual ou da paquera, tema que não sai do noticiário. Então, para provocar esses policialescos chatos de plantão, resolvi trazer aqui quatro filmes nacionais “da antiga”, que mexem com os corações dos mais velhos e podem servir de informação cultural para os mais jovens. Viajando no tempo (1952), quando o país tinha uma produção regular com artistas em início de carreira, a Atlântida lançou o filme Carnaval, tendo Oscarito, Grande Otelo e Eliana à frente do elenco. Clique no vídeo abaixo e veja essa obra que tem exatos 66 anos:
Link original: https://www.youtube.com/watch?v=_LilhNuHNW0
Voltando ainda mais no tempo, outra obra interessante para compor o Carnaval de quem não vai para a “gandaia” das ruas é o filme que marcou a carreira de Carmem Miranda (1941), com o título Uma noite no Rio. Clique no vídeo abaixo para assistir. Certamente, são conteúdos muito diferentes dos que os jovens estão acostumados, mas acredito que os filmes podem servir de estímulos aos profissionais e clientes da velha geração.
Link original: https://www.youtube.com/watch?v=8n7rEMN46ag
O terceiro filme, independentemente de qualquer vínculo com o Carnaval, tem uma história cultural que deve (vejam sentido afirmativo – deve) ser conhecido por todos. Ele é inspirado na mitologia (Orfeu e Eurídice) e foi ambientado no Brasil. Em 1960, recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro. Veja abaixo a obra premiada de Marcel Camus, Orfeu Negro.
Link original: https://www.youtube.com/watch?v=fWIwTOtvbSk
Inspirado em texto de Vinicius de Moraes, houve refilmagem nacional (com diferenças em roteiro), em 1974. Clique abaixo para ver:
Link original: https://www.youtube.com/watch?v=4fIbjaHFX-k
E assim, encerro com a torcida para que sua volta ao dia a dia, pós-Carnaval, seja muito feliz.
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